JÓIAS DO TITANIC EM EXPOSIÇÃO

JÓIAS DO TITANIC 

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Em 16 de Agosto de 1987, este lindo anel de ouro de 18 kilates, com uma safira azul, envolto em diamantes e pérolas estava numa pequena mala de viagem em couro que foi recuperada dos escombros do RMS Titanic. Com ele nesta mala estavam outros 15 artefactos de valor inestimável, incluindo diamantes, safiras, pérolas e jóias de ouro que pertenceram a alguns dos passageiros mais ricos do Titanic.

Anel de ouro de 18 kilates,
com platina e 75 diamantes.

Protegidas pela bolsa de couro, estas jóias permaneceram em bom estado, apesar de estarem a quase 4 mil metros de profundidade durante 75 anos. As peças foram então separadas e enviadas para exposições em três cidades distantes, mas agora voltam a estar reunidas até 31 de Maio como parte da exposição Titanic: The Artifact Exhibition que se encontra em Las Vegas no momento. Recordo que esta mesma exposição já esteve em Lisboa em 2009. Pode rever o nosso post aqui. 

Além de apresentar o relato da descoberta e recuperação destas jóias, a exposição tenta também descobrir a história por trás de algumas destas peças. 

Pendente com 74 diamantes,
possuiria ainda 9 pérolas que se perderam.

Embora as jóias tenham sido encontradas juntas num saco, Misty Talson, secretário geral da Premier Exhibitions, disse que isso não quer dizer que as jóias sejam todas de uma pessoa apenas. É muito provável que esta bolsa de couro contendo estas jóias fosse o saco do comissário. Quando o navio começou a afundar, as senhoras de primeira-classe reuniram-se no balcão do comissário de bordo para pedirem os seus valores de volta. O comissário pode ter tirado o saco do cofre para poder devolver algumas das peças desse lote aos seus proprietários... as que agora temos em exposição, nunca tiveram oportunidade de serem reclamadas.

Pin de ouro
com cabeça de raposa de
algum cavalheiro
de primeira-classe.

Entre as peças está uma corrente de ouro de 15 quilates contendo vários amuletos de boa sorte, incluindo um porco, um trevo e uma estrela com um diamante rosa e uma inscrição "Esta é a tua estrela da sorte." Sendo uma corrente de boa sorte, é difícil não deixar de pensar sobre o que terá acontecido ao seu dono.

A Premier Exhibitions está a fazer uma investigação para tentar encontrar os passageiros que foram donos destas jóias. Por exemplo, um colar com uma pepita de ouro, pode ter sido um presente do marido da passageira Margaret "Molly" Brown, que tinha uma mina de ouro no Colorado.

Botões de punho
 com diamante e ouro de 18 kilates

Uma das poucas peças que se sabe actualmente o seu dono, é um relógio de bolso que pertenceu ao passageiro de segunda classe Thomas William Solomon Brown. O proprietário de uma cadeia de hotéis de 60 anos de idade que não sobreviveu ao trágico naufrágio. O relógio foi recuperado e devolvido à sua filha Edith em 1993. Edith Brown Haisman, também estava a bordo do Titanic, mas junto com a sua mãe sobreviveram ao naufrágio. Quando Edith faleceu em 1997 com 100 anos de idade, doou o relógio à Premier Exhibitions.

Relógio de Thomas Brown

Na exposição, por exemplo, também é explicado o fenómeno da jóia em forma de diamante azul chamada "Coração do Oceano" dado ao personagem Rose, interpretado por Kate Winslet em 1997 no filme Titanic. O "Coração do Oceano" não existe - foi criado para o filme. No entanto, a exposição explica que esta peça ficcional pode ter sido baseada num colar de diamantes e pérolas de 750,000 dólares comprado em 1909 por um magnata chamado George Widener para sua esposa, Eleanor. Os Wideners eram passageiros do Titanic. Eleanor sobreviveu, mas o seu marido George e seu filho Harry não.

O evento também disponibilizará réplicas de algumas das peças em exposição, incluindo um anel de diamante em forma de pêra ladeado por dois diamantes redondos, disponível para compra na loja de souvenirs habitual desta exposição, por preços bem mais em conta que o colar dos Wideners.