Titanic de James Cameron de 1997 é sem dúvida o filme mais completo e pormenorizado sobre o naufrágio que mais emocionou o mundo. O realizador de Abyss, Aliens, não se preocupou com dinheiro para fazer o seu filme mais secreto com o nome ficticio de «Planeta Gelo», na verdade Titanic por pouco não se tornou num fracasso ainda na sua própria rodagem. Valeu a Cameron desembolsar mais dinheiro do seu próprio bolso para realizar o filme. Para fazer Titanic, conhecido ainda como «Planeta Gelo», Cameron mandou que se fizesse um modelo real do Titanic, à escala de 9/10, ou seja 90% do tamanho real do navio em 1912. Enquanto que o original teria 270 metros, o de Cameron tinha cerca de 230. Segundo ele, não havia necessidade de o fazer à escala real, já que depois nas montagens eles o fariam parecer realmente de tamanho como o de 1912.
Se Cameron pecou em colocar menos tamanho no seu Titanic, ele exagerou noutros pontos, num filme que ele queria que fosse tão real, tão pormenorizado e até mesmo perfeito, encontramos exageros que, em meio à Ciência e Natureza Humanas, são tidos como erros. De facto Cameron realmente acertou ao filmar o choque com o icebergue, a ordem dada para estibordo foi realmente aquela. Isso valeu um erro crucial em Titanic de 1953 em que vemos o icebergue mais branco que a noite batendo no lado bombordo ao contrário do que realmente aconteceu. Cameron colocou o seu icebergue escuro, azul, pois era um tipo de icebergue que não possuia muitas bolhas de ar, o que os torna mais escuros, e foi assim que o viram em 1912. Quanto à sua forma, foi baseado numa foto da época tida como o icebergue que vitimou o Titanic.
Na noite de 14 para 15 de Abril de 1912 não havia Lua. A noite estava escura e só o Titanic brilhava. Cameron pediu a ajuda do ilustrador Ken Marshall e seguiu os desenhos do seu livro para algumas das cenas. Contudo, Marshall ficou muito chateado com Cameron, pois este exagerou e muito na luminosidade do Titanic à noite, enquanto este afunda. Podemos ver que não só o convés está demasiado iluminado do que na realidade foi, como também uma luz azulada vinda de um ponto paralelo ao navio se encontra a iluminar todo o navio (vejam as sombras no casco enquanto os botes descem). Pouca gente percebeu isso, mas o erro está lá bem claro.
Outro pormenor é quando as pessoas ficam na água. Cientificamente a água estaria a 2 graus negativos. Se analisarmos fisicamente Jack Dawson, um jovem rapaz de 20 anos, aspecto magro, vemos que ele não seria diferente dos também muitos outros figurantes do filme e mesmo dos passageiros de 1912. Uma pessoa fisicamente como Jack, morreria em 10 ou 20 minutos. Quando a temperatura do corpo desce, a nossa massa muscular e gordura contrai-se, aquilo a que chamamos de tremer de frio, que na verdade é uma forma do corpo originar calor e Jack não é tão gordo nem musculado assim. Também convém verificar que na água como ele esteve, o seu discernimento humano em essas condições adversas, não seria tão claro como é demonstrado no filme enquanto ele fala com Rose. Outro erro, é o facto do oficial Lowe ter levado lanternas para procurar sobreviventes, segundo se consta históricamente, eles foram com pequenos candeeiros, quase completamente às escuras.
Para o fim fica a dúvida de todos, dados ciêntificos dizem que o navio não subiu tão alto de popa como vemos em todos os filmes. As pessoas que se atiraram do convés, saltaram do equivalente a um prédio de 10 andares de altura, e bater na água é como bater num chão de cimento. Ainda para mais com coletes colocados, muitos passageiros morreram da queda ao quebrar o pescoço, pois se não agarrasem o colete com as mãos, este ao bater na água teria tendência a emergir e seu corpo a ir mais fundo, o que se reflecte numa fractura da espinha e consequentemente a morte.
Eu não dúvido da ciência, mas também não posso dúvidar do que os passageiros realmente viram, e o que eles viram foi um navio enorme iluminado, se elevando de popa aos céus e pessoas que se atiravam ao mar e que gritaram na água por muito tempo.
7 comentários:
Nossa demais o post.
Eu de fato não percebi a luz contra os botes ao descer.
Com relação à altura da popa, acho que Cameron está certo na altura, ou pelo menos quase certo, sei lá, afinal mesmo a ciência fica difícil provar determinada ação.
Para sabermos o certo, só mesmo refazendo toda seqüência, e isso é impossível, hehehehe.
Parabéns Mário, muito show o post.
Sou eu de novo, hehehehe...
Fui rever a cena do choque com o iceberg no filme de 1953 e de fato acima da linha d´água ele bate do lado estibordo, mas abaixo da linha d´água o choque se dá a bombordo, super interessante essa sua observação.
Gostei do texto... eh muita coisa pra minha cabeça, mas numa coisa eu concordo: o da noite estar muito claro, pra uma noite sem lua! mas tmbm.. entendo o motivo: o filme fikaria muito escuro e seria ruim pros telespectadores... nesse ponto o erro eh perdoavel.
MEU AMIGO LEMBRE.SE K ESTA A FALAR DE UM FILME K RELATA UMA HISTORIA DE AMOR ENTRE DOIS JOVENS E K TEM COMO SUPORTE A VIAGEM IMAUGURAL DO TITANIC E NAO DE UM DECOMENETARIO A RELATAR O K SE PASSOU... COMO TODOS OS FILMES TENHEM CENAS K NAO SAO REAIS...EU GOSTEI MTO DO FILME E TENHO O DVD POIS ACHO K ESTA MUITO BEM FEITO... NAO SEJAMOS TAO NEGATIVOS.
obrigado pelo documentário jose carlos, eu também tenho o dvd e adoro o filme, contudo o que escrevi foi baseado no que vi e ouvi num documentario sobre o filme como as criticas de marshall sobre a iluminação e alguns caprichos de cameron, a minha opiniao sincera é o último paragrafo, eu acredito no que os passageiros dizem ter visto e foi nisso que cameron se baseou acima de tudo e apoio! se quiser estabelecer um contacto para falarmos mais sobre o tema teria muito gosto. grande abraço.
this is a great scene from a great movie i just love it and i think it was the best movie i have ever seen and ever made in Hollywood.
Hi, thank you for your comment! where are you from?
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