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quarta-feira, maio 31, 2006
terça-feira, maio 30, 2006
Helena Watts: Menina tímida e gentil. Vive escorada pelos cantos em festas e reuniões, sem muitos amigos. Está indo de encontro a sua mãe que está na Bolívia. E nesta viagem aprenderá a viver um grande amor.
Gabriel Van Shellster: O caçula da família. Reservado e muito rebelde desde pequeno ele terá que lutar para sobreviver a aldácia de sua mãe e a uma enorme tragédia.
Francis Henderson: Menina pobre. Possue um pai inescrupuloso, capaz de até fazê-la mal. Francis vive metida em discuções sérias com seu pai e terá que lutar muito por um grande amor.
William Cannes: Jovem pastor. Vive a ajudar os outros, mas ele conhecerá que há muito mais do que uma bíblia e um rosário, um amor impossível.
Minah Mabbah: Rica e mimada, além de muito esquisita. Esta é Minah noiva de Arthur. Vive implicando com os outros por seu ciúme incontrolável pelo noivo. Fará de tudo para que não o perca.
Amanda Van Shelstter: Rica, poderosa, mas muito arrogante. Vive atordoada, paranóica e amarga logo após o suicídio de seu marido. Quando resolve pegar no pé de alguém vai até o fim. Criou os dois filhos Arthur e Gabriel com a maior rigidez. Fará de tudo para se ver livre de qualquer um que trace o seu caminho.
Seal Henderson: Homem incrédulo, pai inescrupuloso, ser inojável. Seal é o pior ser que já traçou o caminho de do Pastor William. Mas apesar de todos esses sérios defeitos é amado por sua filha. Fará de tudo para eliminar seus oponentes. Mantém um romance secreto com uma dama da alta classe.
Sarah Khalil: Judia, aparentemente uma mulher de respeito, posses. Ela vinha de Israel fugida do padrasto que tentou se aproveitar dela. Mas Sarah vai revelar ser muito mais do que um poço de castidade.
Beatrix Slavier: Mãe dedicada, amada, respeitada. Ela luta ao lado do marido para ser feliz apesar das dificuldades. Adora sua filha Bárbara, e sente por não ter tido outros filhos.
Andrew Slavier: Pai idolátravel. É o herói para sua filha Baby. Ele é engenheiro e vai ajudar a por acima um dos maiores e mais luxuosos navios da história.
Francesca Vidall: Cantora de classe. Cantou muito nas óperas de Paris, mas um belo dia um desses teatros pega fogo e ela é obrigada a tentar a sorte em outro lugar.
Paul Gwen: Cantor da terceira classe. Defenderá seu amor por Francesca até as últimas conseqüências.
Suzy Miller: Bisneta de dois sobreviventes do naufrágio do Titanic.
Alex Small: Neto de personagens de nossa história na época do Titanic. Viverá um grande amor a bordo de um navio de expedição marítima.
segunda-feira, maio 29, 2006
Capítulo I – A Construção
Capítulo II – Titanic, o Luxuoso Navio
Capítulo III – O Embarque
Capítulo IV – Cherbourg
Capítulo V – Os Van Shelstter
Capítulo VI – Amor a Primeira Vista
Capítulo VII – O Encontro
Capítulo VIII – Jogos no Porão
Capítulo IX – Chá, Doces e Risadas
Capítulo X – A Ameaça
Capítulo XI – Jantar de Aniversário
Capítulo XII – Francesca
Capítulo XIII – Vamos Dançar?
Capítulo XIV – Pesadelo
Capítulo XV – A Tentativa
Capítulo XVI – Seduzida
Capítulo XVII – O Iceberg
Capítulo XVIII – Todos ao Convés Superior
Capítulo XIX – Mulheres e Crianças Primeiro
Capítulo XX – O Desertor
Capítulo XXI – A Briga
Capítulo XXII – Seqüestro
Capítulo XXIII – Condessa de Rothes
Capítulo XXIV – A Busca
Capítulo XXV – Uma Desgraça
Capítulo XXVI – Guggenhein
Capítulo XXVII – Entregues ao Senhor (Near My God To Thee)
Capítulo XXVIII – A Última Chance
Capítulo XXIX – Fim
Capítulo XXX – Desespero
Capítulo XXXI – Resgate
Capítulo XXXII – Reencontro
Capítulo XXXIII – New York
Capítulo XXXIV – O Casamento
Capítulo XXXV – A Gerra
Capítulo XXXVI – Jessop
Capítulo XXXVII – Expedição
Capítulo XXXVIII – Novo Titanic
Capítulo XXXIX – Homenagem
Capítulo XL - Ano Novo, Vida Nova
domingo, maio 28, 2006
Baby, como ela era carinhosamente chamada por sua mãe, cresceu no luxo, era inteligente e sagaz. Ela teve uma educação muito rígida, cheia de mimos. Por ser filha única recebia toda a atenção para si.
Seu pai era engenheiro naval, já projetara muitos navios para a Cunard Line. Mas por muitas injustiças ele foi dispensado dos projetos que estava a realizar para a empresa. Sua família começou com o tempo a sofrer as conseqüências. Dez anos se passaram, era aniversário de nossa menina. O festejo não estava de muito agrado, a falta de dinheiro não permitia que sua festa fosse tão elegante como as outras. Presente, uma mera boneca de pano, que era para sustentar a vontade de brincar algumas vezes até que enjoasse da mesma.
Mas verdadeiro foi o presente que seu pai recebera, uma grande notícia veio aos ouvidos do patriarca da família. Ele foi convocado pela White Star Line, empresa de navegação, para participar da construção de três novos navios. Os navios seriam semelhantes no tamanho, na potência, no conforto e no luxo. Eram eles: Britannic, Olympic e o mais famoso de todos, Titanic.
(Andrew relembrando e contando o acontecido à família)
Nos escritórios da White Star Line, J.P Morgan e J. Bruce Ismay reunem os sócios e empresários interessados para uma reunião que decidiria o futuro das construções dos navios.
J.P. MORGAN
- Estamos reunidos esta noite, para decidirmos que esse projeto que tanto nos alegra será mesmo realizado.
ISMAY
- E que realmente iremos construir três navios de luxo, velocidade e conforto. Semelhates entre si. O senhor Thomas Andrews dos estaleiros de Harland & Wolf em Belfast estara encarregado desde a projeção até a supervisionação da construção dos navios.
(rindo)
- E para seu auxílio, contratamos um outro engenheiro naval, que antes trabalhara para a Cunard Line, nossa rival e, que agora veio nos ajudar nesse expledoroso projeto.
J.P. MORGAN
- Gostaríamos de lhes apresentar o senhor Andrew Slavier que agora trabalhará a partir de hoje conosco.
Aplausos.
ISMAY (Cochichando à J.P. Morgan)
- Hehe... E os dois têm nome em comum... Andrew...
Ele ri do detalhe. Todos brindam.
(...)
A família toda vibra com esta maravilhosa notícia. O resto do aniversário de Baby foi alegre graças a esta novidade. Ela estava muito contente por seu pai.
Algum tempo depois, começam a construção do Titanic nos estaleiros de Harland & Wolf.
Algumas informações sobre a maquinaria e a potência do Titanic: “Imediatamente após as salas de caldeiras, prosseguindo para a popa do navio, se encontrava a maquinaria motriz. Na primeira sala, maior e com pouco menos de 21 metros, ficavam os motores alternativos; na segunda, ao longo de 16 metros, situava-se a turbina. Os dois motores alternativos, de quatro cilindros e de expansão tripla, foram construídos nos estaleiros Harland & Wolff. Eles punham em funcionamento as duas hélices laterais e, em ação combinada, desenvolviam uma potência de 30.416 cavalos de 75 rpm, capazes de impelir o navio para frente a uma velocidade de 21 nós.
Na segunda sala de máquinas, uma turbina Parsons, de 427 toneladas, acionava a terceira hélice central, aproveitando a pressão baixa do vapor dos motores principais. Com a soma dos 16.222 cavalos da turbina, o transatlântico podia atingir uma velocidade de 24 nós, que, todavia não eram suficientes para superar os navios rivais da Cunard. Tanto nos motores alternativos como na turbina, o ciclo percorrido pelo vapor em todo o aparelho era o mesmo. Enquanto funcionava, uma determinada quantidade de água se convertia em vapor na caldeira, onde havia adquirido uma certa energia térmica, graças ao calor produzido pela combustão.
Ao mesmo tempo, um peso equivalente de vapor saía da caldeira e, por meio de tubos bem isolados para reduzir ao mínimo a dispersão de calor, chegava ao motor, onde, agindo sobre os pistões dos motores alternativos ou sobre os motores da turbina, realizava seu trabalho.” *
* trecho retirado do site de meu amigo Mário.
sábado, maio 27, 2006
O Titanic está pronto. Possui os mais belos requintes para agradar a realeza. Suítes no estilo Elizabetano, Luis XV. Quartos muito confortáveis para a primeira e segunda classe, e até na terceira classe há acomodações melhores do que em outros navios. Uma grande e opulenta escadaria, com quatro andares, nos leva ao convés D onde a nobreza é recepcionada à sala de jantar, onde desfrutam de muitas delícias. Banhos Turcos, criado para relaxar. Piscina para os mais afins. Restaurantes, dentre eles o Palm Court, o mais freqüentado. O Café Parisiense, baseado nos cafés servidos nas ruas de Paris. Biblioteca. Sala de fumantes. Convés para jogos, passeio, e descanso. Além de um grande ginásio, com aparelhos rústicos que serviam para exercitar nas horas vagas. Dentre muitas outras regalias.
Era 20 de Março do mesmo ano, e Andrew Slavier recebe outra notícia. Mas esta já se tornaria uma outra surpresa, para sua família saber no momento certo.
Alguns dias depois...
ANDREW
- Beatrix, Bárbara, aprontem-se. Estamos com uma viagem marcada de volta a América.
BEATRIX
- O que? Está falando sério Andrew? Vamos voltar a morar em minha cidade natal.
ANDREW
- Sim querida. Lá nossa vida melhorará.
BARBARA
- E quando será papai?
ANDREW
- Nossa viagem para o novo mundo está marcada para daqui a uma semana, por isso aprontem-se, pois vamos viajar no Titanic.
sexta-feira, maio 26, 2006
MENINO
- Papai este barco é grande mesmo, nós não vamos nos perder lá dentro?
HOMEM (Rindo)
- Pode deixar filho lá devem ter orientações para nos guiar pelo navio.
MÉDICO
- Aqui senhor! Abra a boca. Hum nada.
- Agora você pequeno!
(pensando)
- Não... Vocês estão em ordem, prossigam.
HOMEM
- Obrigado doutor!
No porto de Southampton, pessoas estão aguardando para embarcar no Titanic. As carruagens da nobreza, ou até mesmo carros luxuosos vem trazendo os imponentes passageiros da alta classe. As malas, caixas com alimentos, bebidas e requintes foram embarcados antecipadamente. Um cineasta amador registra cada momento do embarque dos passageiros até a partida do navio.
CINEASTA (orgulhoso)
- Essa viagem vai ficar para a história!
Perto da rampa de embarque, três amigas conversam antes de embarcar.
- Quer dizer que você também vai trabalhar no Titanic?
SHEILA
- Sim, vou ser camareira de uma senhora da primeira classe, coitada ela já está velhinha e viaja só.
MARY
- Eu e Violet vamos ser companheiras de quarto, não é mesmo Violet?
JESSOP (sorrindo)
- É sim Mary... hehe
O Titanic assoa o apito. Sheila leva um susto.
SHELIA (pulando)
- Minha nossa que soar!
JESSOP (sartirizando o susto de Sheila)
- Hehe... Acalmem-se meninas não se afobem, acho melhor embarcarmos.
ANDREW
- Vamos senhor! Nós temos de chegar a tempo ao terminal de embarque. Está em cima da hora já.
MOTORISTA
- Sossegue senhor Slavier já estou parando o carro logo.
Mais que depressa eles ainda conseguem embarcar. Foram os últimos, mas tiveram sucesso. Tiveram de embarcar nas docas, pois no terminal principal já não era mais possível.
- Ufa! Quase que não chegamos. Estou morta de cansada.
(Sentindo-se tonta)
- Nossa!
BEATRIX
- Querida o que foi? O que está sentindo?
BARBARA
- Não, nada mamãe. Apenas um mal-estar.
Na recepção do convés D, nossa família pega o elevador que os levará ao convés B, onde estão localizadas suas cabines. Estes ficariam hospedados nas cabines B 18 e B 20.
O grande navio, parte então para sua grande jornada. As cordas do ancoradouro são liberadas. São ativadas as máquinas. As caldeiras são alimentadas constantemente. O povão lá fora se despede de seus entes queridos, crentes de que estarão indo pra uma vida melhor.
MULHER IRLANDESA
- Adeus! Adeus!
HOMEM IRLANDES
- Se Deus quiser vamos para uma vida melhor na América.
O navio já começa sua viagem com um inevitável fato, no porto de Southampton, de onde está a partir, quase se choca com um cargueiro, o New York, que por ali passava. Mas não sofreu muitos danos porque passou raspando em 30cm. Seguiram viagem para França.
quinta-feira, maio 25, 2006
Também se encontravam a bordo do Titanic o senhor e a senhora Isador Istraus, donos da loja de departamentos de Macy’s. Coronel Archibald Gracie IV, muito amigo de Isador Istraus, por muitas décadas. A fabulosa Condessa de Rothes, acompanhada de sua prima Gladys Cherry e de sua empregada Roberta Maioni. Além do arquiteto principal Thomas Andrews, e o acionista principal da White Star Line, Joseph Bruce Ismay. J. P. Morgan o diretor da companhia não embarcou na viagem por problemas pessoais.
O navio parte então para mais uma etapa de sua viagem inaugural. O destino agora é Queenstown, na Irlanda. Em meio a este pequeno percurso de Belfast, Southampton a Queenstown, ocorreu outro acontecimento. A antepara na caldeira 5 é danificada por um incêndio irrompido na carvoaria, pouco antes da partida do navio em Belfast. Foguistas e maquinistas ainda tentavam conter a inundação.
Com o final da crise, e a submersão de boa parte da fortuna dos Van Shelstter o patriarca John se suicida, pois ficara muito depressivo com a situação. Ele deixa um filho adolescente como chefe da família. Jonathan cresce depressivo, atordoado e, este também se suicida em 1900, arruinando ainda mais a fortuna.
Jonathan deixa dois filhos, Arthur e Gabriel. A esposa dele, viúva, Amanda Van Shelstter criou os filhos com o maior rigor, mas certamente não os amou o bastante, pois o mais novo Gabriel, ficou revoltado com ela.
Mas voltando a viagem. Os Van Shelstter embarcam, e ficam instalados no convés A, cabines A 12, A 14, A 16.
A comissária de bordo Violet Jessop, que também tinha noções de enfermagem é chamada para atender Gabriel. Ele está com febre alta.
JESSOP
- O que é que o moço tem?
AMANDA
- Ele está assim desde que saímos de casa. Mas deve ser mais uma birra de sua parte.
ARTHUR
- Mamãe! Deixe de lorotas. Moça ele está com febre, tem como você ver o que ele tem até que achemos o médico do navio?
JESSOP (sorrindo)
- Claro! Deixe comigo.
No convés A, na popa, um homem tira uma foto de um menino brincando com seu pião.
quarta-feira, maio 24, 2006
Capítulo VI – Amor a Primeira Vista
Na manhã seguinte, Gabriel desce para tomar café no convés D. Ele se encontra melhor, tudo não passará de uma mera gripe. Ele olha ao seu redor procurando alguém conhecido, alguém de sua idade. Eis que avista uma moça de grande porte, elegante, mas tímida. Helena Watts era a filha mais nova do Duque Edoard Watts, ela estava viajando sozinha para encontrar sua mãe na Bolívia. Ele se interessa por ela.Um amor à primeira vista.Ele decide lhe chamar para a sua mesa.
GABRIEL
- Com licença senhorita. Vejo que está um pouco solitária consigo mesma. Vejo também que já lhe faço companhia antes mesmo de conversarmos, pois estou isolado do mundo como você.
HELENA
- Claro! Estou precisando mesmo de companhia para conversar. Estou a viajar sozinha neste navio, aliás, me acompanha apenas uma criada de meu pai, mas ela é muda.
Os dois começam a rir da situação da pobre criada. Sorriem como se conhecessem há anos. O jovem moço então toma a liberdade de fazer um convite a jovem.
GABRIEL
- O que acha senhorita...
HELENA (sorrindo)
- Pode me chamar apenas de Helena. Vamos deixar estas formalidades.
GABRIEL (suspirando)
- Claro! Helena.
- O que você acha de ir comigo hoje à tarde ao convés de jogos?
HELENA (pensativa)
- Mas fica perto da terceira classe...Seria deselegante que fossemos até lá nos misturar.
GABRIEL
- Como você disse, esqueçamos as convenções!
GABRIEL/ HELENA (rindo)
- Hahaha.
No camarote dos Slavier, Bárbara e seus pais tomam café. Logo depois Baby sai para tomar ar no convés e ler um pouco.Ela vê no corredor o comissário com um buquê de rosas, mas passa adiante. O casal ouve bater em sua porta.
- Entrega para senhora Slavier.
Beatrix vai atender a porta.
BEATRIX (surpresa)
- Flores? Obrigada.
Ela recebe um ramalhete de flores. Há um bilhete que diz.
“Flores, alegram nossa vida, receba estas como prova do meu amor”.
Assinado: S. H.
ANDREW
- Flores, querida, pra você? Quem cospe na minha cara mandando flores para minha esposa na minha cara?
terça-feira, maio 23, 2006
por Jefferson Krüger
ROBERTA
- O que deseja senhor?
ARTHUR (todo galante)
- Hum... Condessa, bela como sempre.
CONDESSA DE ROTHES
- Bondade sua Arthur.
ARTHUR
- Nos vemos mais tarde no jantar? Soube que teremos uma festa de aniversário. Você sabe quem iremos felicitar esta noite?
CONDESSA DE ROTHES
- Claro! Iremos sim. Hoje é aniversário da filha de uma amiga minha.
- Mas onde está sua noiva, Minah?
ARTHUR
- Ah! Ela está trancada naquele quarto. Parece uma lagarta em seu casulo negro, esperando para se tornar uma mariposa.
- Hahaha... Ah Arthur você é uma graça.
ARTHUR
- Bom. Mas eu queria mesmo era perguntar se sua criada sabe onde posso achar o salão de jogos da terceira classe.
ROBERTA
- É fácil, é só descer ao convés inferior por estas escadas ali à frente e achará rápido.
ARTHUR
- Muito obrigado.
ROBERTA
- Mas que mal lhe pergunte. O que o senhor deseja lá?
ARTHUR
- Ah... Gabriel resolveu desobedecer à mamãe. Foi ter suas aventuras às escondidas.
Todos riem da situação.
ARTHUR
- Bom. Tenho que ir agora. Muito obrigado e até mais.
No convés dos botes, Seal lê seu jornal sentado numa espreguiçadeira. A sua frente está a passar uma senhorita judia, Sarah, ele se encanta com ela e sorrindo a chama.
- Olá! Qual sua graça?
SARAH (desconfiada)
- Pra que deseja saber senhor?
SEAL
- Acalme-se não se aflija, só gostaria de saber o nome de tal anjo de candura.
SARAH (sorrindo)
- Me chamo Sarah.
Indo-se.
SARAH (piscando)
- Sarah Khalil. (com sotaque judeu)
SEAL (sussurando pra si)
- Prazer, Seal Henderson. (erguendo o jornal)
Ao descer as escadas, Arthur tropeça no último degrau e acaba por cair em cima de uma bela moça que ía distraída lendo seu romance de folhetim.
BARBARA
- Mas... O que pensa que está fazendo?
- Por que não olha por onde anda?
ARTHUR
- Você é que é distraída.
BARBARA
- O senhor é que é muito do grosso.
ARTHUR
- E você é uma menina mimada.
Baby hesita no próximo xingamento. Os dois continuam caídos no chão. Ele por cima dela. Arthur fica parado, perplexo com tanta beleza.
BARBARA
- Olha vamos deixar pra lá. Esqueçamos o ocorrido.
- Vamos levante-se!
- Qual seu nome?
ARTHUR
- Van Shelstter, Arthur Van Shelstter.
BARBARA
- Eu me chamo Bárbara Slavier, mas me chame de Baby.
ARTHUR (admirado)
- Baby é... Me chame de Arthur.
No convés superior, uma moça está debruçada no alambrado. Ela os observa por um momento e depois sai correndo.
- Maldita!!!
segunda-feira, maio 22, 2006
HELENA
- Nossa como é pesada essa bola!
Ela tenta jogar a bola pelo pátio, mas acaba se desequilibrando. Gabriel a segura em seus braços.
GABRIEL
- Vá com calma senhorita Helena. Vejamos o que posso fazer.
Ele pega a bola.
HELENA
- A tá, até agora a pouco não sabia nem pegar na bola direito e acha que vai fazer uma bela jogada. Vamos lá bonitão quero ver se acerta a bola.
Ao mesmo tempo no corredor da terceira classe, Seal volta para sua cabine e avista uma porta entreaberta. No quarto está a cantar uma bela voz. Ele curioso dá suas espiadas.
SEAL (ao avistar algo interessante)
- Hum!
Ele avista uma moça se trocando, ela coloca sua meia calça e se prepara para sair. Ele se esconde no corredor transversal e espera. Ela apaga a luz e sai. (mostra-se apenas as pernas dela) Ele vai atrás dela.
Ela desce para o porão do navio, e percebe que está sendo seguida. Então decide ir mais afundo, ela vai direto para a sala de cargas, próximo a sala das caldeiras. Seal continua a seguir. Ela decide se virar. (agora é mostrado o rosto da mulher)
SARAH (nada surpresa)
- Quem eu vejo a me seguir! Eu já o esperava.
SEAL (surpreso)
- Olhe só, não me surpreendeu quando a vi vestir uma meia calça e uma langerie de luxo.
(pegando na perna de Sarah)
- Dê onde são estas? (se referindo as langeries)
SARAH (se insinuando)
- Venha cá pode ser que eu te conte!
(* a langerie usada por Sarah Khalil era produzida por Lady Lucille Duff Gordon)
Ele a beija loucamente. E a encosta na porta que leva as caldeiras. Ela começa a se entregar aos desejos do malvado senhor. A porta se abre e eles quase caem.
SARAH
- Espere, eu ao menos sei quem você é...
SEAL (calando-a com um beijo)
- Deixemos as formalidades, isso não interessa no momento, não acha bem?
Ela delira nos braços de Seal, que a encosta sobre o alambrado. Ela queima sua coxa na grade quente, mas a luxúria era tanta que ela não sentiu nada.
SARAH
- Você é um velho muit...
SEAL
- Perverso... Eu sei. (beijando-a novamente)
Mas o que estava ocorrendo lá embaixo, ela parecia ser uma moça de respeito, acuada e fugida de seu padrasto. Na verdade a senhorita Khalil era uma prostituta fugida de Israel, sua terra natal, perseguida por um gigolô que alegava ela ser propriedade dele. Mal sabia ela que ali no navio, seria vítima de coisas muito piores do que alegação de propriedade.
IMAGEM
Mas voltando aos jovens amantes. Esses estão a jogar um jogo mais inocente...
Gabriel então se prepara para jogar a bola. Ele escorrega na areia e cai de bunda no chão.
HELENA (rindo)
- Pois é posso ver que você conseguiu jogar a bola... hahaha... No seu pé.
GABRIEL (sorrindo e envergonhado)
- Você vai ver senhorita Helena vou te pegar, você terá que rir mais do que isso.
Ele então corre atrás de Helena, a pega pela cintura e começa a fazer cócegas nela. Os dois se divertem muito juntos. Nem parecem mais aqueles garotos solitários de antes, agora eles tem um ao outro como companhia. Eles nem percebem, mas o tempo correra rápido, já estamos na parte da tarde. Arthur aparece no portão da terceira classe.
ARTHUR (sorrindo)
- Posso ver que já encontrou companhia.
(para Helena)
- Qual sua graça?
HELENA
- Helena Watts.
ARTHUR
- Encantado. Meu nome é Arthur, sou irmão desse garotão aí. (sorrindo ainda)
GABRIEL (para Helena)
- Gostaria de vir comigo hoje à noite ao jantar de aniversário da senhorita Slavier?
- Soube que teremos até uma cantora.
HELENA
- Claro, estarei lá.
ARTHUR
- Como soube desse aniversário?
- Eu estava te procurando justamente para lhe comunicar esse evento de hoje.
GABRIEL
- Não se fala em outra coisa nesse navio. As senhoras passam comentando a festa de hoje à noite.
ARTHUR
- E perdão como você disse que era o sobrenome da senhorita?
GABRIEL
- Slavier, Bárbara Slavier.
ARTHUR (sorrindo)
- Baby...
No convés superior, o comissário de bordo bate à porta da Condessa de Rothes. Quem atente é Roberta. Ele pisca pra ela.
COMISSARIO
- Condessa trouxe alguns bombons para a senhora, é um presente do navio.
Ela recebe e agradece. Ele sai.
CONDESSA DE ROTHES
- Roberta pegue meu casaco, vou tomar chá com minhas amigas. Aproveito e levo esses bombons pra comermos lá.
ROBERTA
- Tudo bem senhora.
Roberta pega o casaco e a Condessa sai. Logo depois, o comissário entra na cabine e tranca a porta.
ROBERTA (sorrindo)
- Meu Deus!
Ele a pega pela cintura e a abraça com fervor. Então ele a deita em cima da mesa da sala de estar. Os dois trocam beijos e abraços.COMISSARIO (gritando)
- Eu amo você.
Inacreditável. Ele trouxe os doces apenas para que a Condessa se fosse e ele pudesse ficar a sós com a criada, e viver um romance açucarado com ela.
domingo, maio 21, 2006
CONDESSA DE ROTHES
- Safado, ele pensa que me engana. Subornou-me com estes bombons apenas para ter momentos a sós com minha criada.
Risos.
LUCILLE
- Podia ter nos avisado. Eu poderia ter mandado uma de minhas novas langeries para apimentar a relação dos dois pombinhos. Hahaha
Mais risos.
MADELINE (para Beatrix)
- Então hoje teremos um jantar em comemoração ao aniversário de sua filha Baby.
BEATRIX
- Oh sim. Os preparativos no salão de festas já estão sendo feitos.
- Eu quero ver todas as minhas amigas presentes.
LUCILLE
- Conte conosco querida.
BEATRIX
- Desculpem-me, mas agora tenho de procurar por minha filha. Fiquei de combinar o resto dos preparativos com ela. Até mais meninas!
ISMAY
- Capitão, se quisermos bater o recorde da velocidade do Olympic e chegar em Nova York na terça à noite, devemos então aumentar a potênia.
No outro lado do salão, Ida Istraus toma café com seu marido, Isador e Archibald Gracie.
ISADOR
- Bons tempos aqueles... Eu conhecia seu pai desde nossa época de juventude. Mas naquela horrível guerra da Secessão ele acabou morrendo deixando você órfão ainda pequeno. É uma pena Archibald, você e seu pai não terem se conhecido um pouco mais.
ARCHIBALDE GRACIE
- Lamento muito por isso também Isador.
IDA (para o garçom)
- Poderia nos trazer mais biscoitos?
(para Gracie)
- Estes são meus favoritos. Eu costumo fazê-los para meus netinhos.
ISADOR
- Realmente querida são bons, mas nem se comparam aos seus.
Isador beija Ida na testa. Molly Brown aparece e se junta a eles.
MOLLY
- Olá queridos.
(para Ida)
- Precisamos qualquer hora trocar umas receitas Ida. (sorrindo)
ARCHIBALD GRACIE
- Desculpem senhoras, eu e Isador vamos ao salão de fumar, fazer uma jogatina. Hehe
IDA (para Isador)
- Não vá beber demais Isador...
O Titanic segue rumo ao seu inevitável futuro.
Baby está exercitar-se no camelo elétrico, ela acha muito gostoso os movimentos daquela máquina.
BARBARA (rindo)
- Upa! Daqui a pouco saio cavalgando pelo navio.
Do outro lado do ginásio está Minah Mabbah. Ela olha a sua volta e vê Baby.
MINAH (falando baixinho)
- Você!
Ela se aproxima de Baby. Está tentando se tornar “amiga” dela.
MINAH
- Olá soube que estão organizando um aniversário no salão de festas. Gostaria de saber quem é a tão felicitada desta noite.
- Ela deve ser uma pessoa muito querida pelos outros. Pra ter uma festa num navio tão luxuoso como esse.
BARBARA
- Desculpe não me apresentei ainda. Meu nome é Bárbara Slavier. A festa é pra mim. (sorrindo)
MINAH
- Sério? Que interessante. Coincidência eu perguntar justo a aniversariante.
Minah já tinha obtido informações sobre Baby.
BARBARA
- Coincidência mesmo.
- Mas qual é o seu nome mesmo?
MINAH
- Ah sim. Meu nome é Minah Mabbah.
As duas saem do ginásio e caminham pelo convés em direção a popa.
BARBARA
- Viaja sozinha senhorita Minah?
MINAH
- Não estou viajando com meu noivo, meu futuro cunhado e sua mãe.
BARBARA
- Legal. Eu viajo com meus pais.
Minah faz-lhe um convite.
MINAH
- O que você acha de irmos ver a piscina? Ainda não tive a oportunidade de conhecer.
BARBARA
- Claro! Adoro ver o movimento do pessoal na piscina.
Andrew Slavier vai a sala do oficial que cuida do registro de bagagens, lista de passageiros, etc. Ele foi saber de quem veio as flores, enviadas à sua esposa pela manhã. O oficial checa a lista de passageiros, o nome com as iniciais S. H.
OFICIAL
- Henderson. Seal Henderson.
ANDREW
- Gostaria que você verificasse na lista de presentes, pra quem realmente ele enviou essas flores, não acredito que seja pra minha esposa.
OFICIAL
- Claro senhor. Vejamos.
- Realmente houve um engano. Essas flores eram pra outra senhora. Na verdade sua esposa ia receber outra coisa. Um presente que ela dará para a filha no aniversário.
ANDREW
- Desculpe o transtorno. Obrigado.
Seal está andando no convés A em direção a proa, e em sua direção vem Sarah vestida castidamente. Ela passa por ele e finge que não o conhece. Ele dá um tapa na bunda dela.
SEAL
- O que foi menina, não me conhece mais não?
SARAH (irritada)
- Olha aqui, não posso dar bandeira sobre minha vida por aí. Meu passado não pode ser descoberto, senão ele vem atrás de mim.
SEAL (curioso)
- Ele quem?
SARAH (dando um tapa em Seal)
- Me esqueça seu cafajeste!
Ela dá um tapa no rosto dele e sai correndo. Ele vibra com esse tapa.
SEAL (admirado)
- Uau!
Na piscina, encontram-se Benjamin Guggenhein e sua amante Madame Aubert, estão tomando um drinque à beira da piscina. Baby e Minah aparecem por lá.
- Um brinde a nossa estada nesse belo navio.
MADAME AUBERT
- Então vamos aproveitar querido. Pena que quando chegarmos a Nova York teremos de nos separar por um tempo. Você voltará para sua esposa e nos veremos pouco.
GUGGENHEIN
- Relaxe querida. Vamos aproveitar.
MINAH
- Bom vamos ao verdadeiro motivo pelo qual eu me aproximei de você.
Sem pestanejar Minah vira e da um tapa na cara de Baby. Sem entender muito o porque do tabefe ela retruca.
BARBARA
- Eu gostaria de uma explicação para tal ato Minah.
MINAH
- Ah você quer uma explicação é? Toma sua vagabunda.
Ela dá outro tapa.
MINAH
- Fique longe do meu noivo!!!
BARBARA
- O que?
Baby pega uma taça de champagne e joga o líquido na cara de Minah. Esta a pega pelos cabelos. As duas caem dentro da piscina e começam a se digladiar lá dentro. Minah tenta afogar Bárbara.
MADAME AUBERT
- Veja Bem aquelas duas se matando na piscina.
- Alguém separe essas duas, elas vão se matar.
Um oficial pula na água para separá-las. Benjamin Guggenhein também pula.
GUGGENHEIN
- Acalmem-se garotas.
Elas são retiradas da piscina. Recebem toalhas para se secar.
MADAME AUBERT
- Meu Deus. O que deu em vocês meninas? Duas moças da alta sociedade se pegando em público. Vocês parecem gatas selvagens.
O oficial leva Baby para seu camarote. Madame Aubert leva Minah para o camarote de Amanda.
No camarote dos Van Shelstter.
AMANDA
- O que aconteceu Minah? Por que está toda molhada?
MADAME AUBERT
- Amanda segure essa sua nora. Ela e a filha dos Slavier se pegaram dentro da piscina.
(sussurrando)
- E a propósito, acredito que o assunto seja Arthur.
AMANDA
- Deixe comigo. Resolverei esse assunto.
No camarote dos Slavier, Bárbara chora.
BEATRIX
- Hei, hei o que foi querida?
BARBARA
- Aquela tal de Minah, veio pra cima de mim dizendo algo sobre eu dar em cima do seu noivo. Nós duas começamos a brigar e caímos na piscina, ela começou a me afogar.
BEATRIX
- Esqueça isso meu amor, aquela moça é uma maluca. Olhe aqui o que eu tenho pra você.
Beatrix lhe apresenta um pacote. Parece um presente.
BEATRIX
- Isso mesmo é um presente. Eu pretendia dar-lhe apenas no jantar, mas achei melhor agora. Abra vamos ver se gosta.
BARBARA (beijando sua mãe)
- Obrigada mamãe!
sábado, maio 20, 2006
IMAGEM
Baby está maravilhosa. Ela provoca inveja a muita moça. Os rapazes ficam vidrados com tanta beleza. Ela desce pela suntuosa escadaria da primeira classe, fixando ainda mais sua beleza e o seu brilho.
Chegando ao convés D, Baby é recepcionada com a Valsa Blue Danube de Strauss, interpretada pela banda do navio. Os primeiros a cumprimentá-la foram os Astor.
J. J. ASTOR (beijando a mão de Baby)
- Minhas felicitações senhorita Bárbara.
MADELINE (beijando o rosto)
- Feliz aniversário querida.
MOLLY
- Parabéns querida.
(sussurrando)
- Com toda essa beleza você ganhará logo um bom partido pra casar. (risos)
BARBARA
- Assim espero Molly.
MOLLY
- Venha qualquer hora me visitar querida.
Ida e Isidor Istraus se aproximam. Ida trás dois presentes.
IDA
- Este é para você Bárbara e este outro é para você Madeline.
MADELINE
- Obrigada Ida, não precisava.
IDA
- De nada querida, eu fiz com o maior gosto.
Madeline ganhara um conjunto de roupas de bebê que a própria Ida tricotou desde o inicio da viagem. Baby ganhou um belo xale de lã, também tricotado pela senhora Istraus.
CONDESSA DE ROTHES
- Minhas felicitações, muita saúde pra você.
BARBARA
- Muito obrigada Condessa.
Logo quase todos os convidados chegaram. Mas eis que surge uma pessoa por quem Baby esperou a noite toda.
ARTHUR (suspirando)
- Feliz aniversário... Baby.
Ele pisca pra ela.
Gabriel avista no meio da multidão a senhorita Helena. Ela está a conversar com Molly Brown.
GABRIEL
- Com licença posso roubar a atenção dessa moça um momento.
MOLLY (gargalhando suavemente)
- Claro meu garanhão.
Helena e ele vão conversar. Amanda se aproxima de Baby pra cumprimentá-la.
AMANDA (com ar de falsidade)
- Bela festa menina. Meus parabéns.
Todos se preparam para jantar. O garçom serve salmão, logo mais ele vem com um prato de lagosta.
THOMAS ANDREWS (para Beatrix)
- Uma bela festa senhora Slavier.
BEATRIX
- Realmente eu quis que minha filha tivesse o melhor esta noite.
ARTHUR
- Realmente senhora Slavier, sua filha merece toda consideração.
AMANDA (cutucando Arthur por debaixo da mesa)
- Chega! (sussurrando)
Está na hora do brinde. O garçom trás champagne.
ARTHUR
- Um brinde a bela senhorita Baby. Nossas felicitações pelo seu aniversário.
Arthur olha a bela aniversariante admirado. Minah olha irritada. Amanda desaprova a atitude do filho, mas não diz nada. Todos cantam parabéns para Baby, esta fica extremamente emocionada.
Capítulo XII – Francesca
Eis a hora. As luzes se apagam. Ficam apenas as luzes centrais do salão. Wallace Hartley e sua banda começam a tocar. Logo surge uma bela voz ao fundo. É ela a bela... Francesca Vidall, cantora que viaja a bordo do navio.Ela começa a cantar uma bela seqüência de músicas. Entre elas esta:
I stand at your gate and the song that
I sing is of moonlight
I stand and I wait for the touch of your hand in the June night
The roses are singhing a Moonlight Serenade
The stars are aglow and tonight how their light sets me dreaming
My love, do you know that your eyes are like stars brightly beaming?
I bring you and sting you a Moonlight Serenade
Let us stray till break of day in love’s valley os dreams
Just you and I, a summer sky, a heavenly breeze kissing the trees
So don’t let me wait, come to me tenderly in the June night
I stand at your gate and I sing you a song in the moonlight,
A love song, my darling, a Moonlight Serenade
(Instrumental)
Ela era encantadora, voz angelical, encantava a todos do navio, principalmente os homens, que a desejavam.
Francesca Vidall, 25 anos, ainda muito jovem. Viaja sozinha desde Cherbourg, onde embarcou. Ela cantava nos teatros franceses, era seu ganha pão. Mas o teatro pegou fogo e ela resolveu ir embora para a América tentar uma nova carreira por lá.
Todos estavam encantados com sua formosura. Arthur não tirava seus olhos de Baby que brilhava mais do que uma jóia naquele vestido branco. Não resistindo à tentação ele resolve convidá-la para dançar.
ARTHUR
- Olá senhorita Baby me daria a honra desta contra dança.
BABY (envergonhada)
- Gostaria muito Arthur. Achei que não pediria nunca.
Ele sorri e a leva para o centro do salão onde também se encontram outros casais, entre eles, Helena e Gabriel. Minah morre de raiva de Arthur e Baby e jura vingança.
MINAH (irritada)
- Isso não vai ficar assim... Baby! (em pensamento)
FRANCESCA
- Vou cantar essa música dedicada aos amantes.
Minah sai da festa às escondidas.
sexta-feira, maio 19, 2006
SEAL
- O que deseja senhorita?
MINAH
- Desejo vingança!
SEAL
- Então veio ao lugar certo, entre.
MINAH (com nojo do local)
- Com sua licença.
Francis Henderson observa-a entrar na cabine. Ela escuta a conversa pela porta. Assustada ela sai correndo. Enquanto isso, na primeira classe a festa rola solta, mas Gabriel nota que Minah sumira, e decide procurá-la. Gladys Cherry se esbalda de dançar, ela que já havia tomado umas e outras.
FRANCESCA
- Desejo-lhe senhorita Slavier que não seja apenas este um dia de felicidade, mas que todos os dias de sua vida sejam repletos de alegria, saúde e amor. Espero poder prestigiá-la com minha música em outras ocasiões de sua vida. Parabéns!!!
Ela vai embora e Wallace Hartley e sua orquestra continuam a tocar, agora música suaves e instrumentais, apenas para o pessoal relaxar.
FRANCIS (chorando desesperada)
- Socorro!!! Alguém, por favor, me ajude.
- Socorro!!!
WILLIAM
- Meu Deus o que ocorreu aqui senhorita?
- Deixe-me ajudá-la. Venha apóie-se em meus ombros.
FRANCIS
- Com cuidado eu acho que machuquei o braço.
WILLIAM
- Qual seu nome minha jovem?
FRANCIS
- Francis Henderson, senhor.
WILLIAM
- Prazer, pastor William Cannes.
O jovem pastor a leva para sua cabine e chama Violet Jessop para fazer uns curativos. Enquanto isso na cabine dos Henderson, Minah termina a negociação com Seal sobre o veneno.
MINAH
- E você acha que ele terá efeito instantâneo.
SEAL
- Com toda certeza minha cara.
SEAL
- Mande lembranças minhas a sua sogra.
MINAH (com sorriso endiabrado)
- Pode deixar.
Logo após a saída de Minah, Seal sai e vai aos telégrafos.
- O que deseja senhor?
SEAL
- Gostaria de passar um telegrama para Israel.
Love, exciting and new
Come aboard, were expecting you
Love, lifes sweetest reward
Let it flow, it floats back to you
Love Boat soon will be making another run
The Love Boat promises something for everyone
Set a course for adventure
Your mind on a new romance
Love wont hurt anymore
Its an open smile on a friendly shore
Yes love...
Its love...
Love Boat soon will be making another run
The Love Boat promises something for everyone
Set a course for adventure
Your mind on a new romance
Love wont hurt anymore
Its an open smile on a friendly shore
Its love...
Its love...
Its love...
Its the Love Boat
Its the Love Boat
Francesca passeia pelo convés, logo depois de sair da festa na primeira classe, e ouve uma música muito agradável, um som dançante em uma voz que a agrada, resolve se juntar ao ambiente. Ela começa a cantar, acompanhando o jovem cantor.
PAUL
- Você, aqui!
FRANCESCA (sorrindo)
- Sim Paul, uma enorme coincidência não acha? Haha
PAUL
- Coincidência ou não, não falemos mais sim... Hehe
Ele a cala com um beijo... Uma antiga paixão retorna a tona. Enquanto isso os passageiros da terceira classe aplaudem o casal de cantores. Logo depois a festa rola solta e todos começam a dançar.
GABRIEL
- Onde esteve Minah? Estivemos procurando-a.
MINAH
- Sério?! Achei que já tivessem me esquecido de vez.
- Ah cale sua boca, moleque. Deixe-me em paz!
ARTHUR
- Onde esteve Minah, estava a sua procura.
Minah finge sentir-se mal.
MINAH
- Desculpe Arthur não me sinto muito bem.
ARTHUR
- O que está sentindo?
MINAH
- Acho que foi a comida.
- Bom vou cumprimentar a aniversariante e depois vou me recolher.
- Você aqui?
MINAH
- Eu sei que tivemos um contratempo hoje cedo, mas esqueçamos o ocorrido. Já conversei com meu noivo e ele me explicou que foi apenas um acidente o que eu vi de manhã.
BARBARA (espantada)
- Noivo? Arthur é seu noivo?
MINAH
- Sim, não sabia? Mas estou aqui pedindo que aceite minhas desculpas, brinda comigo?
BARBARA
- Está bem não guardarei rancor.
MINAH
- Um brinde... A sua saúde.
Alguns segundos depois, Bárbara começa a sentir uma tontura e a ver tudo brilhar. Ela vê no rosto de Minah a face de uma naja. Não se suportando mais em pé ela cai.
quinta-feira, maio 18, 2006
MINAH
- Arthur, venha logo. Ela está passando mal.
ARTHUR (desesperado)
- Baby fale comigo. Alguém chame um médico. Rápido!
Mas que depressa Molly Brown larga sua taça de champagne na mesa e vai atrás do médico. Enquanto isso, Ida Istraus pega uma toalha para resfriar Baby e um copo com água, pois ela está perdendo muita água ao suar. Sua mãe Beatrix desmaia de aflição.
Enquanto isso Minah e Amanda saem por entre o tumulto. Ao sair Amanda e Minah olham para Madeline Astor com ar de desaprovação.
Já no camarote, Amanda aguarda o comissário que lhe traz flores e um bilhete de um admirador.
AMANDA
- Obrigada.
Ela lê o bilhete.
Mas este fiz questão de eu mesmo entregar as mãos do comissário.
Preciso encontrá-la. Hoje a noite no convés de popa.”
Assinado: S. H.
Ainda sob efeito do envenenamento, está adormecida. Ela começa a suar e se debater por entre os lençóis. Em seus sonhos, avista seu pai, ele está morto e seu corpo se encontra boiando ao mar. De repente aparecem objetos caindo, e muitas pessoas se encontram também boiando mortas no mar.
Então ela começa a sonhar que está sendo perseguida. Corre pra lá e pra cá pelo navio, sem rumo nem direção. Quando ela avista uma criatura em sua volta, cercando-a. Uma enorme mulher com seus membros inferiores transformados em pernas de aranhas, com um vestido elegante. A mulher-aranha em sua teia, arrastando-a para um local quente.
Baby está desesperada, mas logo o medo passa. A venenosa está a queimar. Então ela acorda muita assustada. Chama por seu pai.
BARBARA
- Papai!
ANDREW
- O que foi? Baby o que é que foi?
BARBARA
- Relaxe papai foi apenas um pesadelo, mas ele me intriga muito.
- Ah papai eu tenho tanto medo.
ANDREW
- Medo?
BARBARA
- Pelo senhor.- No sonho eu vi muitas pessoas mortas ao mar e o senhor estava entre elas. Depois uma criatura horrenda, uma mulher com pernas de aranha me envolveu em sua teia...
BEATRIX
- Baby, tenha cuidado! Isso pode significar traição.
- Acalme-se querida vou buscar-lhe um brandy.
Amanda se sente cansada. Resolve mandar um bilhete para Seal avisando que não poderá ir esta noite encontrá-lo. E que o encontrará no dia seguinte.
quarta-feira, maio 17, 2006
WILLIAM
- Aqui lhe trouxe seu café da manhã.
FRANCIS (admirada)
- Ora! Obrigada, nobre pastor. Agradeço seu grande gesto.
WILLIAM
- O que acha de mais tarde irmos tomar sol no convés, daí você aproveita e me conta o que aconteceu ontem à noite.
Na ponte, o capitão Smith não pára de receber avisos de gelo, mas a ordem de Ismay foi de aumentar a velocidade.
- Capitão, outro aviso de gelo.
CAPITÂO SMITH
- Obrigado!
Enquanto isso Archibald Gracie, Isador Istraus e Sir Cosmo Duff Gordon jogam cartas no salão de fumar. Eles estão acompanhados da bebida e charutos.
SIR COSMO
- Aposto que aquelas ações vão aumentar rapidamente antes mesmo de chegarmos a Nova York.
ISADOR
- Pois eu aposto que elas não aumentarão muito esse mês.
ARCHIBALD GRACIE
- Haha. Estou com você Isador.
Francis e William passeiam em direção à proa, eles estão conversando há horas e estão se conhecendo melhor.
- Você é tão jovem, me diga porque resolveu seguir a Deus?
WILLIAM (sem reação)
- Ah... Nem eu mesmo sei ao certo. Vai ver que é porque não me encontrei no amor.
Já está quase na hora do chá da tarde. As senhoras se preparam para entrar e lanchar. No convés inferior, os dois conversam mais um pouco. Por ali meninos jogam bola. Ele pergunta sobre o acontecimento da noite anterior.
WILLIAM
- Me diga Francis...
FRANCIS
- Fran... Me chame de Fran.
WILLIAM
- Ok Fran... Gostaria que você me contasse o que aconteceu com você antes. Não é normal uma moça estar muito aflita e sair voando por cima de uma mureta. Tem que haver uma explicação?
FRANCIS
- Bem, eu estava voltando para minha cabine, onde estou hospedada com meu pai. Quando eu avistei uma senhorita rica se aproximar e começar a conversar com meu pai. Neste instante me escondi e assim que ela entrou comecei a ouvir atrás da porta...
WILLIAM
- Mas o que aconteceu de tão grave?
FRANCIS
- ... Daí intrigada, ouvi-a dizer que precisava de um veneno bem eficiente. Só não sei pra que era. Sai muito apavorada com o que soube que meu pai era capaz, assim como aquela moça, corri pelo convés dos botes quando ouvi uma voz. Não era ninguém, foi impressão minha. Quando dei por mim estava a rolar por cima da mureta e cai dois conveses abaixo. Desmaiei, acordei e você me achou.
WILLIAM
- Você disse que seu pai vendeu um veneno a essa moça, mas não sabe pra que ela o utilizou?
FRANCIS
- Isso mesmo.
WILLIAM
- Eu ouvi, na noite passada um boato de que uma moça da primeira classe, que estava dando uma festa de aniversário, passou mal e desmaiou. Dizem que foi a comida. Uns dizem que viram ela brindar momentos antes com outra moça.
FRANCIS
- Mistérios...
De repente, a bola dos meninos atinge Fran que cai nos braços de William, ele olha pra ela diferente. Como se visse algo diferente nos olhos dela.
FRANCIS
- O que foi?
WILLIAM
- Seus olhos brilham de um jeito. Isso mexe comigo.
FRANCIS
- Posso lhe confessar algo. Com todo respeito, mas desde que você me ajudou na outra noite que não paro de pensar em você.
Ele a segura entre seus braços fortes. Não resistindo a tanta beleza ele a beija. Ela vibra assustada. Já ele esquece sua posição de pastor.
Do outro lado do navio J.J Astor e sua jovem esposa Madeline saem para um passeio no convés para tomar sol. Astor leva o cachorrinho de estimação de sua esposa, chamado Kytie.
- Querida eu senti a ironia daquelas madames hoje no café da manhã. Eu só quero que você não se importe com o que elas dizem.
MADELINE (Sorrindo)
- Meu amor, eu sei que é difícil não se incomodar, mas eu tento fazer com que as informações passem de um ouvido e rolem para fora do outro.
J.J. ASTOR (Contente)
- Isso! Não gosto que você fique pra baixo com esses comentários irônicos. (Abraçando-a)
Kytie sente-se apertado e se aproxima de um senhor que estava sentado à ler em uma espreguiçadeira no convés, então levanta a perna e deságua na barra da calça do homem. Madeline ri da situação e envergonhada pede desculpas ao ancião.
MADELINE (Sorrindo)
- Lamento senhor.
Astor e Madeline sorriem e vão em frente em seu passeio. Ele parece um jovem amante e o pai que jamais chegará a ser, mas já paparica seu filho no ventre da esposa. E ela muito orgulhosa por ter ao seu lado um homem idolatrável.
Na cabine de Khalil, um garoto de recados bate a porta.
SARAH
- O que foi garoto?
ENTREGADOR
- Telegrama para a senhorita Khalil.
SARAH
- Sou eu, me dê aqui.
ENTREGADOR (estendendo a mão para a gorjeta)
- Senhorita?
SARAH
- O que é agora? Eu não tenho gorjeta. Vai, vai... sai logo daqui eu quero descansar.
O menino vai embora. Ela abre o telegrama e dá um grito.
SARAH
- Nããooo!!!
No telegrama diz que o gigolô descobriu através de fontes seguras que ela estava no Titanic indo rumo a América. Ela desmaia, mas antes ela jura se vingar de Seal.
A tarde passa, já é noite. Estamos no meio do oceano Atlântico Norte, a poucas milhas da costa do Canadá. Os operadores do telégrafo estão lotados de trabalho.
BRIDE
- Nossa! Quanto trabalho. Vamos madrugar novamente.
PHILIPS
- Espere... Estou captando uma mensagem.
Um navio chamado Californian, a poucas milhas do Titanic, faz tentativas de alerta a navios próximos a geleiras.
- Escute! Há muitos icebergs nesta região. Por favor, parem esta noite e continuem a viagem amanhã de manhã.
PHILIPS
- Cale-se estou ocupado seu idiota! Tenho muito trabalho esta noite.
GROVES
- O que há Evans?
EVANS
- Esse imbecil não me escuta. Estou a avisar sobre as geleiras e ele me manda calar a boca.
- Quer saber, por hoje chega!
Ele desliga o telégrafo pega sua caneca de chá e vai para a cama. Lá fora o navio está cercado por icebergs.
terça-feira, maio 16, 2006
- Linda como sempre Amanda!
AMANDA (rindo)
- Seu cafageste! Hum
Ele beija as costas da mão dela, logo depois a puxa e beija em seu pescoço.
AMANDA (delirando)
- Você é que continua galante apesar de estar vestido entre trapos!
SEAL
- Soube que meu veneno não acabou com o problema de sua futura nora.
AMANDA
- Pois é, aquela gentinha a salvou a tempo.
SEAL
- Agora qual é o plano?
Depois de algum tempo de conversa os dois se despedem e vão embora. Já na popa, convés dos botes, estão os jovens apaixonados. William e Francis. Eles estão a passear desde à tarde, desde aquele beijo tão surpreendente. Observam as estrelas, já essas brilham com todo vigor em seus olhos.
- Sabe William, um dia eu hei de ser livre. Darei um jeito de fugir das garras do meu pai.
WILLIAM
- Livre como uma gaivota a voar pelo mar, hehe.
FRANCIS
- Eu falo sério! Um dia irei responder a altura. Não deixarei ele me maltratar mais.
WILLIAM
- E agora você tem a mim para lhe ajudar nesse sonho maluco. Eu vou lhe proteger do que quer que seja.
FRANCIS
- Meu Deus! Já é tarde, preciso voltar.
WILLIAM
- Seu pai?
FRANCIS
- Sim. Já deve estar muito bravo por estar fora desde a manhã e não dar uma satisfação a ele.
WILLIAM
- Vá com Deus minha princesa!
Ele sobra um beijo a ela, mas logo depois ela sem agüentar de saudades pula em seu colo. O pastor a beija com louvor. E ela se vai finalmente para a triste prisão de sempre.
No convés inferior, popa, a bela Francesca volta de mais uma noite onde soltou a voz no jantar, está indo pra seu camarote.
O local está vazio, todos estão lá dentro. Seal vai em direção a escada que leva a terceira classe, quando avista nossa bela cantora.
SEAL
- Olá gracinha! Posso acompanhá-la ao seu camarote.
Ela dá um tapa na cara de Seal.
FRANCESCA
- Quem você pensa que é seu porco. Não me confunda com suas vadias!
SEAL (agarrando-a)
- Claro que não, você é muito mais especial!
FRANCESCA
- Socoorroo! Me ajudem por favor!
Francesca grita desesperada. Seal rasga sua roupa ali mesmo e a possui. É tarde, Francesca chora de desespero, mas ele já se aproveitou dela. Paul Gwen ouve os gritos e corre para ajudar sua amada.
FRANCESCA (avistando Paul)
- Rápido me ajude.
SEAL (esbofeteando Francesca)
- Cale-se sua vadia!
PAUL (puxando Seal de cima dela)
- Solte ela seu desgraçado!
Seal cai e bate a cabeça no alambrado, fica meio tonto, mas parte pra briga.
SEAL (dando um soco em Paul)
FRANCESCA (chorando)
- Não!!!
MOODY
- Senhorita o que aconteceu? Quem lhe fez isso?
FRANCESCA (chorando)
- Me ajude, por favor! Ajude-o, ele está sangrando muito.
BOXHALL
- Senhor Lowe vai buscar uma coberta ou qualquer coisa que cubra a senhorita. E busque também o médico.
LOWE
- Sim. Volto já.
MOODY
- Agora acalme-se, ele já volta. Enquanto isso enrole-se em meu palitó.
Do outro lado do navio, proa, Gabriel e Helena encontram-se depois do jantar.
GABRIEL
- Eu adoro fugir dessas festas chatas. Ninguém liga pra nós lá, os jovens. Hehe
HELENA
- É mesmo, ficamos tão isolados.
GABRIEL
- Mas agora você tem a mim e eu a você!
- Olhe só isso.
Ele toca o sino e liga para a ponte para avisar.
PITMAN
- O que foi? O que você viu?
FLEET
- Iceberg a nossa frente! Virem!
MURDOCH
- Vire! Vire seu miserável! Vire!
- Meu Deus, nós batemos!
No porão de cargas, a água entra com voracidade lavando os caixotes e tudo que está abrigado lá em baixo. Nas caldeiras frontais, a água começa a entrar.
FOGUISTA
- O que está acontecendo? Abafem as fornalhas!
Gabriel e Helena se beijam. Quando de repente Helena vê a sua frente uma enorme pedra de gelo se aproximando. Ela arregala os olhos.
HELENA (assustada)
- Veja!
Outras pessoas que estavam por ali também avistam o iceberg. Uma menina pequena, assustada, abraça seu pai ao ser coberta pela sombra da montanha de gelo.
MENINA (assustada)
- Papai!
BOXHALL
- Senhor Lowe leve-a para a cabine, vou ver o que está acontecendo.
Na ponte, Murdoch aciona o botão que fecha as portas à prova d’água. Os foguistas e operários saem depressa dali, alguns não conseguem. Na sala de fumar, o drinque de Gracie é derramado pelo tapete.
Beatrix Slavier sente tontura e Andrew a segura em seus braços. Molly Brown está em seu camarote lendo um livro, com o baque ela é jogada no chão.
MOLLY
- Minha nossa!
Na ponte o capitão, pergunta o que sucedeu. Avisado do que aconteceu ele reúne todos os oficiais.