A Grécia anunciou a recuperação dos artefactos do naufrágio do HMHS Britannic — mais de um século depois de o navio irmão do Titanic ter sido afundado por uma mina alemã, em tempo de guerra, no Mar Egeu. Segundo a BBC, a operação foi realizada em maio, mas só foi tornada pública no dia 15 de setembro, quando o Ministério da Cultura divulgou pormenores sobre os achados. Uma equipa de 11 mergulhadores profissionais de alto mar com equipamento de circuito fechado conduziu a recuperação, organizada pelo historiador britânico Simon Mills, fundador da Fundação Britannic. Entre os objetos recuperados e levantados com sacos de ar encontravam-se o sino de vigia do navio, uma lâmpada de navegação a bombordo, binóculos, azulejos de cerâmica dos banhos turcos e equipamento das cabinas de primeira e segunda classe. Os artefactos foram acondicionados em contentores e imediatamente limpos de organismos marinhos. Depois foram transferidos para os laboratórios do Departamento de Antiguidades Subaquáticas em Atenas, onde continuarão os trabalhos de conservação. Alguns objetos identificados no plano original não puderam ser recuperados devido ao seu estado e localização. Os artefactos acabarão por ser expostos no novo Museu Nacional de Antiguidades Subaquáticas no Pireu, numa secção dedicada à Primeira Guerra Mundial. O Britannic era o terceiro navio a vapor da classe Olympic da companhia White Star Line, juntamente com o RMS Titanic e o RMS Olympic. O navio foi requisitado pelo Almirantado Britânico durante a guerra para servir como navio-hospital. A 16 de novembro de 1916, atingiu uma mina alemã ao largo da ilha de Kea e afundou-se em menos de uma hora. Das 1.065 pessoas a bordo, 30 morreram quando dois botes salva-vidas foram puxados para as hélices do navio.
Teresa Oliveira Campos, ZAP // https://zap.aeiou.pt/

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