TITANIC THE DIGITAL RESURRECTION
O dia 15 de abril marcou 113 anos desde o naufrágio do RMS Titanic, um dos eventos mais lembrados da história. Para revisitar essa tragédia com novos olhos, a National Geographic apresenta Titanic: The Digital Resurrection, um documentário de 90 minutos que traz o retrato mais detalhado já feito do navio. Em 2022, o cineasta Anthony Geffen e sua equipe acompanharam a empresa de mapeamento submarino Magellan em uma expedição que durou três semanas no Atlântico Norte. A operação gerou 16 Terabytes de dados, 715 mil imagens em alta resolução e vídeos em 4K, registrando o naufrágio a 3.800 metros de profundidade como nunca antes. Depois de quase dois anos de análise, especialistas como o analista de Titanic Parks Stephenson, a metalurgista Jennifer Hooper e o capitão Chris Hearn trabalharam juntos para interpretar os dados. Através de uma estrutura de LED em tamanho real, eles puderamm caminhar virtualmente pelo navio e examinar de perto áreas que guardam segredos da noite do desastre. Entre os destaques da investigação, está a identificação de uma válvula de vapor aberta. A descoberta confirma relatos de que engenheiros permaneceram no local por mais de duas horas após a colisão, mantendo a eletricidade ativa e permitindo o envio de sinais de socorro. Esses homens podem ter salvado centenas de vidas à custa da própria. Outro ponto analisado foram os fragmentos do casco espalhados pelo fundo do mar. As peças revelam que o Titanic não se partiu de forma limpa, mas foi brutalmente rasgado, afetando diretamente áreas da primeira classe onde passageiros importantes, como J.J. Astor e Benjamin Guggenheim, buscavam segurança. A reputação do Primeiro Oficial William Murdoch também ganha uma nova perspectiva. A posição de um guindaste de salva-vidas, revelada nas imagens em alta resolução, indica que ele e sua equipe ainda tentavam lançar botes momentos antes da embarcação ser engolida pelo mar, apoiando relatos anteriores de sua atuação até o fim. O documentário também explora o campo de destroços, que se estende por cerca de 38 quilômetros quadrados e contém centenas de objetos pessoais, como relógios de bolso, bolsas, moedas de ouro, pentes e até um amuleto de dente de tubarão. A historiadora Yasmin Khan e a equipe de especialistas associam muitos desses itens às pessoas que estavam a bordo. As varreduras mostram ainda que a deterioraçao do navio está avançando rapidamente, com partes icônicas já em colapso.
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