sexta-feira, setembro 29, 2023

O DENTE DE MEGALODONTE

JÓIA RARA AINDA SEM RESPOSTAS 

Segundo a Enciclopédia Britannica, o nome Megalodon, vem do grego que significa "dente gigante", e foi este o nome atribuído à maior espécie de tubarão que já viveu no nosso planeta cujos dentes encontrados, são cerca do tamanho de uma mão adulta. Extinto há cerca de 3,6 milhões de anos, o megalodonte é considerado o maior tubarão que já existiu, poderia passar de 18 metros de comprimento comparando com os maiores tubarões brancos atuais que medem, em média, pouco mais de seis metros. Os primeiros fósseis conhecidos da espécie datam de mais de 20 milhões de anos. Os dentes do megalodonte podem medir até 17 cm, embora os achados fósseis geralmente tenham entre 7,5 e 12,5 cm, segundo o Museu de História Natural da Flórida. Até hoje, os dentes encontrados são usados na confecção de acessórios, dependendo do tamanho. No final de maio deste ano foi anunciada uma descoberta de tirar o fôlego nos destroços do Titanic. Um trabalho de investigação subaquática realizado pela empresa francesa Magellan Ltd no verão de 2022, com o objetivo de mapear os destroços do Titanic, permitiu a primeira varredura digital 3D do navio como nunca antes visto e o resultado menos esperado foi a localização de um colar com pingente de dente de megalodonte. No entanto foi indicado que a equipa envolvida no estudo já se encontraria a tentar descobrir de quem era o acessório. Para isso, recorreriam à Inteligência Artificial para analisar imagens de embarque de passageiros no navio, examinando as roupas que estavam a usar e empregando técnicas de reconhecimento facial.  Até ao momento nada mais foi anunciado e a questão continua, a quem pertenceria tal objeto? A primeira opção que nos poderia vir à mente é que tal joia será de certeza de algum passageiro rico de primeira classe. Contudo vale lembrar que muitos passageiros de terceira classe levavam consigo muitos objetos de valor e todas as economias de uma vida para investir nos Estados Unidos, desde jóias de família, talheres de prata ou tecidos finos. Então como atribuir um dono ao colar? Em primeiro lugar, é importante entender onde se encontra o colar, lembrando que muitos corpos encontraram ali o seu último repouso, restando atualmente da sua existência os sapatos e partes de roupas que se mantiveram preservadas. Estaria este objeto junto ao seu proprietário tendo ido para o fundo consigo? Talvez no bolso do seu casaco, ou até mesmo usado ao pescoço? Poderia estar numa mala de viagem? Muitos passageiros de terceira classe levaram para convés aberto os seus pertences quando viram a água a entrar dentro das suas cabines, outros passageiros de classes mais altas de segunda e primeira também reuniram alguns objetos de valor em pequenas malas de mão no intuito de levarem consigo para um bote salva vidas. Também pode ter caídos das entranhas do navio quando este se partiu e libertou uma infinidade de objetos do seu interior. São vários os pontos de partida para uma pesquisa pelo dono da joia. Talvez um ponto interessante a recorrer é à análise aos vários pedidos de indemnização feitos aos seguros e à White Star Line pelas perdas de bens que se afundaram com o Titanic. Muito provavelmente esta joia estará registada em algum arquivo perdido de alguma joalharia da época que a tenha registado na sua aquisição ou posterior venda e daí seguir o caminho até ao seu proprietário. Esperemos que a nova tecnologia da Inteligência Artificial nos possa trazer a resposta.

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