SMITH ALERTADO MAS NÃO PARA ICEBERGUES
O capitão do Titanic, Edward Smith, tinha mais problemas do que os icebergs quando assumiu o comando do transatlântico que naufragou há 104 anos deixando mais de 1.500 vítimas. De acordo com o jornal britânico The Guardian, um relatório foi entregue ao comandante antes da partida do navio e o alertava a respeito da presença de um mastro de outra embarcação naufragada na mesma rota que o Titanic faria na viagem entre Southampton e Nova York. A notificação foi adquirida por um colecionador de recordações do Titanic em um leilão. Segundo a publicação, o valor de estimado da peça está entre R$ 39 mil (8 mil libras) e R$ 59 mil (12 mil libras). O leiloeiro do documento, Andrew Aldridge, disse ao Guardian que “o relatório da superintendência da companhia marítima White Star Line’s foi encaminhado diretamente ao capitão Smith, alertando-o a respeito de uma obstrução à frente”. A obstrução em questão não era um iceberg, mas o mastro de uma embarcação relatado pelo navio holandês Rotterdam. Caso tivesse colidido com o obstáculo, o Titanic teria, provavelmente, ficado com um buraco em seu casco. “Esse tipo de documento não era emitido em grande quantidade. Era um aviso específico para o capitão Smith”, diz o leiloeiro. Ele afirma ainda que o relatório “ajudou a mostrar que a White Star Line agiu de forma responsável até o Titanic começar a navegar”.
O documento foi produzido, segundo reportagem do Guardian, pelo superintendente naval da companhia Benjamin Steele no dia 6 de abril de 1912, quatro dias antes do navio zarpar. Assim como mostra o filme do diretor James Cameron, lançado em 1997, o capitão Smith recebeu, posteriormente, um alerta a respeito dos icebergs presentes no oceano na rota até Nova York. No entanto, o recado não foi levado em conta e o navio prosseguiu sem reduzir velocidade até colidir com o gelo.
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