J. BRUCE ISMAY
PARTE I
Filmes sobre o naufrágio costumam mostrar J. Bruce Ismay – o presidente da White Star Line – como um homem covarde que abandonou o Titanic no primeiro bote salva-vidas a ser lançado no mar. A origem do mito pode ter sido outro acidente com navios da White Star, quando o próprio Ismay recusou-se a cooperar com William Randolph Hearst, um grande magnata da imprensa norte-americana. Depois do acidente com o Titanic, Hearst pode ter se aproveitado para acusar Ismay como forma de vingança. Muitos dos jornais ligados ao magnata o chamavam de J. Brute Ismay (um trocadilho com seu nome, o acusando de ser um animal irracional), o que contribuiu bastante para que a imagem de covarde fosse proliferada. Os especialistas consultados pela BBC afirmam que há vários relatos de sobreviventes que foram ajudados por Ismay, antes que ele pudesse colocar-se nos botes para salvar sua vida. Mesmo assim, a imprensa continuou acusando o presidente da White Star Line. Em 1913, ele se afastou da companhia. Falido, aposentou-se de suas atividades na década de 1920. Sua saúde começou a piorar na década de 1930, após um diagnóstico de diabetes. Sua situação piorou em 1936, quando precisou amputar parte de sua perna direita. J. Bruce Ismay faleceu em 17 de Outubro de 1937, de uma trombose cerebral, com 74 anos em Mayfair, Londres.
1 comentário:
Um dos grandes equívocos que cometem as pessoas é analisar a história sob uma forte visão maniqueísta, dividindo tudo entre "bem" e "mal". Ismay é sempre visto como o vilão "perfeito", o capitalista que só queria o lucro, ao invés de dar segurança aos seus passageiros, o que, no entanto, é uma grande inverdade. Ismay ajudou muitas mulheres a embarcarem nos botes salva-vidas, e apenas quando já não havia mais ninguém para embarcar, foi que ele entrou. Acho que grande parte de sua má reputação se deve à dois filmes sobre o Titanic em especial, que são: "Titanic", do Cameron, e o "Titanic" de Zelpin.
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