ANNA MAE DICKINSON
Imagine que as maiores e mais mediáticas tragédias de um século afectavam directamente a sua vida? O jornal New York Intelligencer relata a história de Anna Mae Dickinson. Refere que ela tinha oito anos quando perdeu o pai e escapou por pouco da morte certa no Titanic, que aos 11 anos perdeu a sua tia Olivia no Lusitânia, aos 31 anos perdeu o primo Alfred na explosão do famoso dirigível Hindenberg, o maior do mundo. Tinha 37 anos quando perdeu o sobrinho Thomas no bombardeio de Pearl Harbor e por fim, aos 97 anos, escapou com vida quando o seu pequeno apartamento foi abalado e danificado pelo colapso das torres gémeas no 11 de Setembro de 2001.
O artigo continua... que Anna Mae vive com uma enfermeira em tempo integral que está consigo desde que a sua mãe morreu em 1980. Mãe em filha teriam se mudado para o apartamento em 1912 e permaneceram juntas durante 68 anos. Anna Mae nunca se casou, embora ela tivesse um gato chamado Charlie, o décimo quinto gato com esse nome desde que ela teria perdido o primeiro Charlie no desastre do Titanic.
O artigo continua... que Anna Mae vive com uma enfermeira em tempo integral que está consigo desde que a sua mãe morreu em 1980. Mãe em filha teriam se mudado para o apartamento em 1912 e permaneceram juntas durante 68 anos. Anna Mae nunca se casou, embora ela tivesse um gato chamado Charlie, o décimo quinto gato com esse nome desde que ela teria perdido o primeiro Charlie no desastre do Titanic.
"Eu nunca vou deixar partir o Charlie", dizia a idosa com uma voz tão fraca que a enfermeira Edna frequentemente teria que repetir as suas palavras para os visitantes.
O relato do Intelligencer tem de tão exagerado como de triste. A mãe de Anna Mae nunca se terá recuperado da perda de seu marido. Criou tal pavor à água que depois de ter aportado em Manhattan após o naufrágio, nunca deixou a ilha porque tal envolvia atravessar a água. Mãe e filha passaram a vida inteira nas garras de uma dor inconsolável. Anna Mae não tomaria mais banho, mas lavava-se numa pequena banheira de modo a ter um controlo sobre a situação. Felizmente, Anna Mae permanecia até aquela data de boa saúde, excepto algumas infecções oculares crónicas causadas pelo seu choro constante.
Depois de algumas perguntas mais prosaicas, o repórter perguntou a Anna Mae como ela conseguiu lidar com tantas perdas impressionantes no curso de sua vida, especialmente a morte de seus parentes nos desastres do Titanic, Lusitania, Hindenberg, e Pearl Harbor. A idosa terá ficado tão emocionada que a enfermeira teve que responder por ela:
"Ela nunca os tirou da memória. Para ela e sua mãe, cada dia que passa, é o dia 15 de Abril de 1912. quando todos os relógios pararam para elas." Com certeza, nenhum dos relógios no apartamento funcionaria, e todos eles marcavam as 2:20. O repórter questiona a enfermeira se Anna reagiu à catástrofe terrível do 11 de Setembro?
"Terrível. Ela pensou que o apartamento tinha sido atingido por um icebergue, e ela sabia que estava indo para o fundo mais uma vez."
Então, finalmente, a questão mais difícil do dia: Como é que ela se sente sobre se fazer um filme desse dia devastador (15 de Abril de 1912)?
Desta vez, Anna Mae responde alto e bom som, sem a necessidade de ajuda de sua enfermeira: "Foi muito precoce", ela chora. "muito precoce. As feridas estão ainda muito frescas. Eles não tinham o direito de fazer um filme sobre o nosso pobre navio quando alguns de nós ainda estão vivos para sentir a dor." E então ela começa a chorar como uma menina de oito anos de idade.
O único registo deste artigo é do New York Intelligencer, um jornal que não parece existir. Não havia ninguém com o nome Dickinson listado como passageiro a bordo do Titanic, nem o Carpathia desembarcou os passageiros em Manhattan, nem ninguém chamado "Alfred" (o trágico tio de Anna Mae) entre as vítimas do Hindenburg, só para desmascarar apenas algumas das reivindicações feitas no artigo original. Já a fotografia, é verdadeira. É a conhecida Grandma Moses, nascida em 1861, uma artista do folk americano, que começou a sua carreira como pintora já muito tarde. O seu trabalho tornou-se extremamente popular na década de 1950.
3 comentários:
Então isso tudo é uma história inventada? Como assim?
Sim, esta notícia que circula na net tudo indica ser falsa. É só pesquisar pelo nome que aparece.
Interessante, não havia visto ainda, mas é meio suspeita, como uma pessoa pode ter sobrevivido a tantas tragédias assim? Tem um vídeo no Youtube que fala de uma sobrevivente hispano-brasileira, o vídeo ainda está em circulação no Youtube.
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