LIVRO E A BANDA CONTINUOU A TOCAR
O violinista do TITANIC e a moça da fábrica de luvas uma história real de amor, perda e traição por Christopher Ward. Jock Hume, 21 anos, era o violinista da orquestra do Titanic. Durante o naufrágio, para manter a calma dos passageiros em pânico, ele e outros músicos mantiveram-se tocando no convés durante o caos que se instalou após o choque do navio com o icebergue. Nenhum dos integrantes da orquestra sobreviveu.
Essa história de perda, crueldade e amor é magistralmente contada por Cristopher Ward, neto de Jock Hume, que investigou com extrema minúcia o passado de sua família, iluminando detalhes pouco conhecidos da maior catástrofe marítima de que se tem registo. Entrelaçando memórias de família com informações históricas colhidas em uma cuidadosa pesquisa, Ward reconstrói de forma vivida o drama de seus antepassados, expondo sua fragilidade, seu heroísmo, sua mesquinharia; toda a contraditória gama de sentimentos e atitudes de pessoas comuns subitamente tragadas pela tragédia.
O naufrágio do Titanic, em 15 de abril de 1912, impediu que John soubesse que sua amada esperava uma filha sua. O trágico e insólito desenrolar desta história se estende pelas páginas do livro "E a Banda Continuou a Tocar".
Escrito pelo britânico Christofer Ward, neto de John Law Hume, que deixou a cidade de Dumfries, Escócia, a sua amada Mary Costin, grávida de uma filha que a sua própria morte o privou de conhecer. John Law Hume pereceu na tragédia do Titanic junto com os sete membros da orquestra heróica, que continuaram tocando até os momentos finais naquela fria madrugada de 15 de Abril de 1912. A curta história e longo legado do Titanic são presença marcante na cultura actual, e recorrentemente se faz presente nos nossos meios através de filmes, documentários, artigos de revistas e em raros livros em português; considerando que no nosso idioma contam-se pelos dedos as publicações que realmente trazem novas e relevantes informações e que valem a pena serem lidas.
Em suas 255 páginas, o autor Christofer Ward recupera com esmero de detalhes a vida de seu avô, sua paixão pela música, seu amor por Mary, conta também toda a intriga criada pelo pai do violinista que era contra o romance do qual nasceu uma criança, o naufrágio do Titanic e o grande impacto causado pela tragédia que abateu-se como uma sombra sobre toda a família e a conta para pagar pela farda do falecido. No entanto a qualidade de pesquisa fica evidente na descrição directa e igualmente emocionante dos últimos momentos do Titanic, do resgate dos que pereceram no mar, da identificação dos corpos e até mesmo as consequências do acidente sobre a tripulação do RMS Olympic, que entrou em greve reivindicando segurança após o naufrágio do Titanic. Da descrição directa e emocionante, passando por um levantamento pormenorizado e completamente surpreendente "E a Banda Continuou a Tocar" é uma das inesperadas 'jóias' da leitura relacionada ao Titanic, onde a história que se faz viva e realmente presente é a das testemunhas oculares e/ou directamente afectadas pela tragédia. Fica a bela dica para os amantes de boa leitura e para quem tem especial atenção pela história verídica do Titanic. Descubra, entenda, surpreenda-se e emocione-se verdadeiramente. "E a Banda Continuou a Tocar" é, sem dúvida, um relato emocionante dos grandes dramas pessoais causados pelo naufrágio do Titanic.
DADOS DO LIVRO:
Título Original: And the Band Played on
Autor: Christopher Ward
Tradução: Michelle Hapetian
Revisão: Departamento Editorial
Editora: Civilização
Mais sobre este músico do Titanic:
Corpo do texto do post baseado no Titanic em Foco
1 comentário:
Excelente livro, com belas fotos! Li há cerca de 2 meses.
Aqui no Brasil foi publicado com o título "E a orquestra continuou tocando" (por aqui muita gente relaciona a palavra "banda" com grupos de rock, jazz etc., por isso a editora usou "orquestra", talvez por causa dos instrumentos de corda e sopro; mas o termo "orquestra", nesse sentido, é inexato).
É uma narrativa emocionante, além de bom retrato de uma época em que os recursos eram limitados, em comparação com os atuais.
É muito oportuna a comparação dos destinos de dois pais muito diferentes, que pereceram ambos sem conhecer seus filhos, John L. Hume e John J. Astor.
É mais uma boa leitura a todos os que se interessam, ou não, pela história do Titanic.
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