sábado, junho 04, 2011

LIKE ISADORA DUNCAN... A WILD PAGAN SPIRIT... OR A MOVING PICTURE ACTRESS! 
Sem dúvida uma das melhores cenas excluídas do filme de Cameron! Rose sente-se livre e conta dos seus sonhos ao Jack, da força que possui e do que se sente capaz. Isadora Duncan e Picasso são dois dos nomes emergentes em 1912 mencionados pela personagem Rose. Dorothy Gibson famosa actriz, Richard Norris Williams II tenista campeão britanico, o jornalista William Stead e muitos outros famosos estavam a bordo do Titanic. Motivo de conversa a bordo seriam também Mata Hari, a dançarina exótica, o bailarino Vaslav Nijinski, Harry Houdini, o mágico, ou na área da politica como Zapata no México e Sun Yat Sen na China, personalidades de conhecimento obrigatório. Mas Isadora Duncan destaca-se nesta cena. Nascida Angela Isadora Duncan em São Francisco, a 27 de Maio de 1877 foi uma bailarina dos Estados Unidos. Isadora foi a segunda filha de um total de quatro do casal Dora Gray Duncan, pianista e professora de música e Joseph Charles, poeta. Considerada a pioneira da dança moderna, causou polemica ao ignorar todas as técnicas do balé clássico. A sua dança foi inspirada pelas figuras das dançarinas nos vasos gregos encontrados no Museu do Louvre. A sua proposta de dança era algo completamente diferente do habitual, com movimentos improvisados, inspirados, também, nos movimentos da natureza como o vento, plantas e borboletas. Os cabelos meio soltos e os pés descalços também faziam parte da identidade profissional da dançarina. A sua vestimenta era leve, eram túnicas, imitando as das figuras dos vasos gregos. O cenário simples, era composto apenas por uma cortina azul. Outro ponto forte na dança de Isadora é que ela utilizava músicas até então tidas apenas como para apreciação auditiva. Ela dançava ao som de Chopin e Wagner e a expressividade pessoal e improvisação estavam sempre presentes no seu estilo. Isadora tinha personalidade forte e não se curvava à tradições. Não era afeita ao casamento, tendo casado três vezes e só o fazendo porque tinha a possibilidade de separar-se, caso necessário. O seu primeiro marido foi o designer teatral Gordon Graig, do qual se separou, assim como separou-se do milionário parisiense Eugene Singer (responsável pelas máquinas Singer). Isadora teve um filho de cada relacionamento. Em 1898 Isadora foi para Londres em busca de reconhecimento profissional. Lá consolidou sua fama, fazendo a sua primeira apresentação em Paris no ano de 1902. Em 1908 escreve The Dance. Em 1913, um incidente tira a vida dos seus dois filhos, Deirdre e Patrik e de sua governanta, que morrem afogados no rio Sena. Devido ao acidente, Isadora passa alguns anos sem se apresentar. No ano de 1916 ela vai ao Brasil e se apresenta no Teatro Municipal, no Rio de Janeiro, nesta época ela estava com 38 anos de idade. Em 1920 vai para a Russia. Casa-se com o poeta soviético Serguei Iessienin, de quem se separa dois anos depois. Serguei suicida-se em 1925, é então que Isadora vai para França e passa os seus últimos anos, em Nice no anonimato sem o sucesso de outrora. Em 1927 escreve uma auto-biografia intitulada My Life e morre no mesmo ano, em 14 de Setembro. Em 1928 são editados os seus artigos póstumos em The Art of the Dance. Isadora morreu num acidente de carro conversível, quando a sua encharpe ficou presa a uma das rodas, enforcando-a. Durante anos uma amiga disse que as últimas palavras proferidas antes de entrar no carro foram: "Adeus, amigos! Vou para a glória.", tendo anos depois rectificado que eram "Adeus amigos. Vou para o amor". A sua intenção era que Isadora fosse recordada com uma frase mais elegante que aquela que realmente proferiu.
A cena do filme pode ser vista aqui.
A música de fundo que toca na cena é Marguerite Waltz de Charles Gounod e pode ser escutada aqui.

5 comentários:

Ana Rita Correia disse...

Também gosto muito desta cena excluida. Esta e aquela em que eles estão a ver as estrelas à noite, acho que deviam constar do filme.
Sabes que mais, eu acho que tu davas um excelente jornalista, porque a investigação que fazes para os teus posts é incrivel. Digo jornalista pq é aquilo que estou a seguir eheh

Ana Rita Correia disse...

A sério? :)
Que engraçado.. A fotografia e a radio sao os meus maiores interesses na área. Queria mt ser fotojornalista, mas é complicado por agora.
Quanto a rádio segui todas as cadeiras do curso relacionadas. Aliás, tenho um podcast há uns tempos. Se quiseres dar um olhinho. Não tenho conseguido actualizar, mas espero retomar agr.

http://desenvolvimentoinsustentavel.tumblr.com

Ana Rita Correia disse...

O teu projecto parece mt interessante. É algo que vai dar muito trabalho, porque organizar uma radio online exige mt organização e tempo.
Mas claro que ajudo! Qualquer coisa de que precises e que eu possa ajudar, é so dizer :)
Tens algum sitio onde eu possa ouvir o programa? Já agora, fiquei com curiosidade

Ana Rita Correia disse...

Claro, é assim que tem de ser. Quando gostamos do que fazemos, vale a pena todo o esforço :)

Jefferson disse...

Amigo não podia deixar de comentar, estava esperando o post sobre a Isadora Duncan, adorei ler sobre ela. Tadinha morreu nova até^^

abraços amigoo