sábado, julho 25, 2009

TITANIC EM LISBOA ATÉ 11 DE OUTUBRO
Devido ao sucesso de público, com cerca de 32 mil visitantes desde Maio, a exposição Titanic, na Estação do Rossio, Lisboa, com artefactos do navio naufragado em 1912 na viagem inaugural, foi alargada até 11 de Outubro. A exposição foi inaugurada em Lisboa em Maio passado, e segundo a organização houve “inúmeros pedidos de prolongamento”. A exposição está patente no Espaço Rossio (Estação do Rossio), em Lisboa, e conta uma das histórias mais trágicas do século XX: a do naufrágio do Titanic na sua viagem inaugural. Com mais de 230 objectos recuperados do fundo do mar, a exposição mantém-se aberta todos os dias (incluindo fins-de-semana e feriados) entre as 10h e as 21h e poderá ser visitada até ao dia 11 de Outubro. A exposição “Titanic’ é organizada pela RMS Titanic Inc., empresa que detém os direitos legalmente reconhecidos para recuperar e preservar os objectos provenientes do Titanic, submersos a 3.800 metros no Atlântico Norte. Desde 1994, quando os tribunais reconheceram o direito à RMS Titanic Inc. de salvaguardar a memória do navio através da recuperação de artefactos do fundo do mar, realizaram-se já sete expedições através das quais se recuperaram mais de 5.500 objectos. . Mais informações em www.titaniclisboa.com .

sexta-feira, julho 10, 2009

OS MAIS VELHOS DO TITANIC
MARY DAVIES WILBURN
Mary Davis, de 28 anos à data do Titanic, nasceu em Londres em 18 Maio de 1883. A sua residência era no nº 29 Fleet Lane, Newgate Street, London.
Mary viajava com o intuito de visitar a sua irmã E. F. Langford de Tottenville, Staten Island, Nova Iorque. Ela juntou dinheiro para a viagem trabalhando entre empregada e cozinheira numa casa londrina de uma Madame aristocrata. Mary recorda que a mansão tinha 22 empregados e um cozinheiro italiano com quem ela não se dava muito bem. Embarcou no Titanic em Southampton como passageira de segunda-classe e partilhou a sua cabine com outra passageira, Lucy Ridsdale. O bilhete nº 237668 , custou-lhe a época £13.
Mary Davis estava deitada quando ocorreu o acidente com o icebergue. Levantou-se de imediato para ver o que tinha ocorrido e informaram-na de que não havia perigo, e assim, retornou para a sua cama, mas apenas para a chamarem de novo ao fim de alguns minutos, para lhe dizerem para subir para o convés superior que o navio estava a afundar. Vestiu-se desajeitadamente e ajudou Lucy uma velha enfermeira que desceu ao convés inferior para se vestir e que tinha um pé torcido. As duas mulheres percorreram o seu próprio caminho até ao convés dos botes.
Dois homens as ajudaram a entrar no bote 13 e o mesmo de seguida foi arreado.
Mary recorda-se de um tempo explêndido, um mar calmo, e um belo céu limpo que se estendia kilometros a sua volta. Também indicou que ocorreu uma ligeira sucção quando o navio se afundou.
Mary Davis relata que já era bem de manhã quando o Carpathia se encontrou ao lado do seu bote e os trouxe para bordo. Ela estava entorpecida da cintura para baixo e praticamente inconsciente de exaustão e de frio. Esperavam-na em Nova Iorque a sua irmã e seu cunhado que a levaram para a sua casa onde ficou aos cuidados de um médico.
Retornou à Inglaterra uns meses depois quando a White Star lhe ofereceu um bilhete de retorno. Decidiu voltar aos Estados Unidos antes do final de 1913, novamente para trabalhar como cozinheira. Casou em 1915 com o pintor e decorador John A. Wilburn, do qual teve apenas um único filho, Carl Wilburn. John A. Wilburn nasceu em 31 de Janeiro de 1891 e morreu em Abril de 1972 em Syracuse. Carl Wilburn nasceu a 16 Julho de 1915 morreu em 9 de Novembro de 1994, também em Syracuse.
Quando Mary Davis Wilburn faleceu em Loretto Geriatric Centre, Syracuse, Nova Iorque em 29 de Julho de 1987, ela tinha 104 anos, 2 meses, e 12 dias, e já tinha vivido mais que qualquer outro sobrevivente do Titanic e viveu o suficiente para ver os destroços do Titanic quando estes foram encontrados em 1985.

sexta-feira, julho 03, 2009

OS MAIS VELHOS DO TITANIC
MARJORIE NEWELL ROBB
Marjorie Newell, de 23 anos, nasceu em 12 Fevereiro de 1889 em Lexington, Massachusetts filha de Arthur Webster Newell e Mary E. Greeley.
Marjorie regressava de uma viagem ao Médio Oriente com o seu pai e sua irmã, Madeleine Newell. Os três embarcaram no Titanic em Cherbourg. As duas irmãs ocuparam a cabine D-36, e seu pai a cabine D-48.
Na noite de 14 de Abril de 1912 Marjorie foi despertada por uma repentina vibração no navio. O seu pai veio então ao seu quarto e ordenou que as filhas se vestissem e fossem de imediato para o deque dos botes. Depois de ver que um dos botes já tinha sido arriado em segurança, Arthur tratou de as colocar de imediato no bote seguinte (número 6). Arthur Newell morreu no naufrágio. Marjorie Newell casou-se com Floyd Robb em 1917, e teve quatro filhos (três meninas e um rapaz). O seu filho chamou-se Arthur Newell Robb em memória do seu pai. Ela começou a trabalhar como professora de música no Wells College em Aurora, Nova Iorque. Entre 1920 e 1950, viveu em South Orange, Nova Jérsia, onde dava aulas de violino e piano. Tornou-se numa das fundadoras da New Jersey Symphony Orchestra. Marjorie regressou mais trade a Massachusetts vivendo primeiro em Westport Point e mudando-se por fim para Fall River em 1990.
Nos seus últmos anos de vida, já depois de sua mãe e irmã morrerem, é que Marjorie começou a falar daquela noite em que o navio se afundou. Com a incrível idade de 97 anos, ela captou as atenções de pesquisadores e historiadores do Titanic saceando-os com suas memórias sobre as últimas horas do navio. "Nunca vou esquecer os gritos daqueles que se afogavam. Era absolutamente terrível." Perdendo o seu ar altivo de passageira de primeira-classe, fechou os olhos e retornou ao passado. A razão que a fez falar sobre o evento foi em parte para respeitar e honrar a memória do seu pai. Os seus momentos finais e bravura nunca sairam da mente de Marjorie. Ela morreu enquanto dormia em 11 de Junho de 1992, com a bonita idade de 103 anos e foi sepultada com a sua família no Mount Auburn Cemetery em Cambridge. Deixou um filho que vive em Westport, e três filhas, entre elas Madeline Crowley de Portola Valley, Calif., e Marjorie Snow de Little Compton, R.I.; e 13 netos. Marjorie tornou-se na última sobrevivente da primeira-classe do Titanic.