sábado, fevereiro 14, 2009

UMA CARTA E UMA PREMONIÇÃO
A carta de um empresário britânico estabelecido nos Estados Unidos que ao embarcar-se no Titanic foi testemunha de um incidente visto como uma premonição da catástrofe foi leiloada no Reino Unido junto com outros documentos. Segundo Andrew Aldridge, da casa de leilões Henry Aldridge and Sons of Devizes, no condado de Wiltshire, a carta é única. As de outros passageiros, comparou, descrevem sobretudo o luxo do transatlântico, que parecia um palácio flutuante.No entanto, a escrita por Alfred Rowe, um homem de negócios britânico de 59 anos, para sua mulher, Constance, tem um tom completamente diferente, informa hoje o jornal "The Times".Rowe, que voltava para o seu rancho no Texas (EUA), confessou a sua mulher que teria preferido um navio menor, como o Mauritania ou o Lusitania. Ele conta como a marola produzida pelo Titanic no momento de zarpar rompeu as amarras de outro navio: o New York. Se não fosse por um rebocador que conseguiu segurar o New York, este teria feito um buraco no casco do Titanic, explica Rowe.Apesar da premonição, Rowe confessa apreciar as comodidades a bordo, como um "banho turco", que ajudou a curar um resfriado. Ao mesmo tempo, ele reclama que o navio é muito grande e é difícil se orientar a bordo. A carta do empresário foi posta no correio em Queenstown, perto da cidade irlandesa de Cork, última escala do Titanic, em 11 de abril de 1912. Três dias mais tarde, o navio bateu num iceberg e afundou. Rowe conseguiu nadar até um bloco de gelo, onde morreu congelado. O seu corpo foi resgatado por outro navio e levado a Liverpool. A carta, que ocupa os dois lados de duas folhas, acaba de ser publicada pela primeira vez. Os descendentes do empresário decidiram pôr o documento à venda, com o diário de sua viúva e uma carta escrita a seu irmão.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu coloquei essa matéria na época que estavam programando o leilão.
Você ficou sabendo qual o valor final da carta na leilão?

Muito legal rever isso, abraços...

Anónimo disse...

Credo, to parecendo alemão "na leilão", hehehe...
Corrigindo: "no leilão"