sexta-feira, dezembro 26, 2008

JACK E ROSE EXISTIRAM?

JACK E ROSE EXISTIRAM?
Muitas pessoas ainda hoje procuram a resposta a esta pergunta. Não constam de qualquer lista de passageiros do Titanic nenhuma Rose DeWitt Bukater ou Rose Dawson, Ruth DeWitt Bukater, Caledon Nathan Hockley, mordomo Lovejoy, empregada Trudy Bolt, nem os passageiros de terceira-classe Olaf e Sven (que não embarcaram), o amigo irlandês de Jack e Fabrizio de nome Tommy Ryan, Helga Dahl (a namorada de Fabrizio de Rossi) e sua família, Bert e Cora Cartmell (a menina que dança com Jack e seu pai) e obviamente Jack Dawson e Fabrizio não estiveram no Titanic. Cameron em entrevista há dez anos logo após o lançamento de sucesso do filme confirmou:
- Houve alguns elementos verdadeiros na história de Jack e Rose?
- Bem, Rose era o nome da minha avó materna o que a torna desligada do Titanic. Não, eles são personagens fictícios. Mas, por exemplo, Rose saltou do barco de salvamento de volta para o navio e isso aconteceu realmente - quando Ida Strauss saltou de novo para o Titanic para ficar com o seu marido. Sim, é seguido à risca deste ponto em diante.
Pegando neste comentário de Cameron, e para esclarecer várias questões às dezenas de comentários que um só post sobre a Rose recebeu e que se tornou quase numa espécie de fórum de discussão, o TitanicFans numa tentativa de colocar um ponto final no assunto deixa aqui uma lista de vários posts sobre o assunto.

sábado, dezembro 13, 2008

UM FINAL INFELIZ
Michel Navratil nasceu em Szered, Eslováquia, onde viveu parte da sua vida, mais tarde mudou-se para a Hungria, e por fim em 1902 foi para França onde se tornou alfaiate. Casou-se a 26 de Maio de 1907 no distrito de Westminster em Londres com a italiana Marcelle Caretto. Tiveram dois filhos, Michel Marcel que nasceu em 1908 e Edmond Roger nascido em 1910, (Lolo e Momon), entretanto, no ínicio de 1912 o negócio de família atravessava uma crise acabando por arrastar consigo o casamento. Michel dizia que Marcelle mantinha um caso extraconjugal. Com efeito o casal separou-se e os meninos ficaram com a mãe. No início de Abril de 1912, as crianças foram passar a Páscoa com o pai, quando Marcelle foi para os ir buscar de volta, eles tinham desaparecido. Navratil tinha decidido ficar com os meninos e levá-los com ele para a América. Após as férias em Monte - Carlo, antes que Marcelle lá chegasse, navegaram para Inglaterra onde permaneceram no Charing Cross Hotel, em Londres. Comprou bilhetes de segunda classe (bilhete No.230080, £26) e embarcou no Titanic em Southampton, os meninos foram registrados como Loto e Louis. O nome de Navratil por sua vez passou a ser “Louis M. Hoffman”, foi adoptado do seu amigo Louis Hoffman, que o ajudou a sair de França com as crianças.
No Titanic quando lhe questionavam pela mãe dos meninos ele dizia que a “Sra. Hoffman” tinha falecido. Ele raramente perdia os meninos de vista ou os deixava com alguém, excepto uma vez que, para descansar um pouco e ir jogar cartas com outros passageiros, pediu a passageira Bertha Lehmann, uma menina suíça que só falava francês mas nenhum inglês, para prestar atenção aos meninos por algumas horas.
A bordo, o Sr. Navratil escreveu a sua mãe na Hungria, perguntando se a sua irmã e o seu cunhado não se importariam de ficar com os meninos; se possivelmente como alternativa não podessem permanecer na América.
Na noite do naufrágio, Michel foi ajudado por um outro passageiro, vestiu os meninos e trouxe-os para o convés dos botes salva-vidas. Quando o segundo oficial Charles Lightoller organizou um cerco de marinheiros em volta do desmontável D para impedir que a multidão passasse e gritando que só mulheres e crianças podiam ir no bote, Navratil conseguiu fazer passar os meninos por entre esse cordão humano. Michel, Jr., recordou que imediatamente antes de o colocar no bote, o seu pai deixou-lhe uma mensagem final, “meu filho, quando a tua mãe te vier buscar, de certeza que virá, diz-lhe que eu a amei muito e ainda a amo. Diz-lhe que eu a vou esperar, e que vamos ficar todos juntos em paz e felicidade no Novo Mundo.”
Navratil morreu no naufrágio. Os meninos adormeceram durante a noite e só acordaram quando viram o Carpathia já pela manhã. Uma vez a bordo, eles só entendiam e falavam francês. A passageira Bertha Lehmann que tinha tomado conta deles no Titanic sobreviveu mas encontrava-se doente (sendo internada na chegada a Nova Iorque no St. Vincent's Hospital). Veio então Margaret Hays, sobrevivente no bote 7 e passageira de primeira-classe tomar conta deles. "Os órfãos Navratil" ficaram sobre a tutela dela em sua casa em Nova Iorque com a supervisão da comissão de imigração de menores até que algum familiar os reclamasse. Muitas mulheres reivindicaram serem as mães das crianças ou familiares próximas na tentativa de se tornarem conhecidas. Contudo, Marcelle Navratil, alheia à hipótese dos filhos terem qualquer ligação à maior tragédia da História da Navegação, reconheceu petrificada e incrédula as fotos dos seus meninos no meio de muitos artigos de jornal sobre a tragédia, e após vários contactos desesperados, foi levada de imediato para a América pela White Star Line onde se pode finalmente reunir aos seus filhos a 16 de Maio, um dia depois do enterro do marido. Mãe e filhos voltaram para França no navio Oceanic. Marcelle Navratil, a mãe dos meninos, faleceu em 1974. Edmond Roger faleceu em 1950, com 43 anos, por sua vez Michel, o mais velho, veio a falecer em 2001, não sem antes em 1996 ter ainda visitado pela primeira vez desde 1912 a sepultura do seu pai no cemitério. A história emocionou o mundo em 1912. A fasquia provocada pelo ciúme infundado de Navratil foi colocada demasiado alta e o preço pago foi a sua própria vida, colocou até em risco a vida dos seus próprios filhos, poderia até ter desvastado por completo a vida de uma mãe que, afinal, sempre lhe tinha sido fiel.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

TEORIA PARA O NAVIO FANTASMA
No momento do lançamento dos fogos de ajuda observou-se ao horizonte uma luz que julgou-se ser um navio. Muitas pessoas imaginaram que em pouco tempo um vapor iria resgatá-las. Isso não aconteceu e observou-se o navio se afastando até desaparecer no horizonte. Por causa desses relatos o comandante do Californian, que se julgava ser esse vapor, foi execrado por não ter prestado ajuda aos náufragos. De facto, o Californian com o Carpathia e o Mount Temple foram os vapores que procuraram por sobreviventes na manhã seguinte. O Carpathia levou os sobreviventes até o porto de Nova Iorque. Vamos agora tentar explorar a possibilidade do navio fantasma ter sido algum objecto celeste. Para começar vamos observar o céu estrelado daquela fatídica noite. Quando o Titanic bateu no iceberg a Ursa Maior dominava o céu, Vega nascia, Procyon e Capela desciam para perto do horizonte. Marte estava a 11.5 graus acima do horizonte e se pondo. Jupiter nascia a apenas 5.1 graus acima do horizonte. Naquela noite Marte se poria no horizonte oeste exatamente as 00:54 do dia 15 de Abril. Brilhava com uma pálida magnitude 1.2 com 5 segundos de arco de diâmetro. Procyon se punha as 00:45 com azimute 280, magnitude 0.4 e cor branca. Vejamos o que se passava no navio...
45 minutos depois da colisão com o iceberg Rowe telefonou para a ponte e o oficial Boxhall respondeu. Rowe disse que ele havia visto o escaler 7 na agua. Boxhall ficou surpreso porque não sabia que a ordem de baixar escaleres havia sido dada. Ele instruiu Rowe para levar os fogos de artifício para a ponte. Boxhall teria visto as luzes de um barco nesse momento e o Capitão Smith deu permissão para o lançamento dos fogos. O primeiro fogo foi lançado as 00:45 e então de 5 em cinco minutos. Entre esses lançamentos Rowe e Boxhall tentaram usar uma lanterna morse. O navio teria sido visto na direção traseira direita do navio. Rowe afirmou que dois pontos indicavam a traseira de um navio a distância de 5 milhas "
Essa direção coincide com a posição do Californian se considerarmos a direção original do Titanic e o fato de que ele virou para o Sul cerca de 90 graus. Podemos perceber a enorme coincidência de horários entre o por do Sol de Marte, no azimute 305 graus, e o momento em que os tripulantes do Titanic teriam visto o navio desaparecendo no horizonte. Como sabemos hoje o Californian estava a mais de 20 milhas náuticas do Titanic e em um azimute de algo como 340 graus. Não podia ser ele, a distância era grande demais. O Titanic trafegava no azimute 266 graus a 21.6 nós. A posição de Marte era exatamente a frontal direita do navio. Visto do Titanic, Marte e o Californian estavam em posições próximas. O Californian estava atracado para aguardar o dia seguinte. Como os marinheiros do Titanic o viram sumir no horizonte ?
Pelo menos para mim estou convencido de que, no afã da situação desesperadora, os marinheiros confundiram o planeta vermelho que, naquele momento, estava se pondo no horizonte, levando com ele a esperança de milhares de pessoas.
O problema é, de fato, mais complexo, pois envolve testemunhas do Californian. O Comandante do Californian foi execrado. Parece que foi apenas um engano, ele estava longe demais para ver o Titanic ? O livro de Gardner "The Riddle of Titanic" explora bem os testemunhos. Serão só coincidências ? O que você acha ? A direcção do Californian era parecida com a de Marte... O horário batia exactamente com o ocaso do planeta.