Eu estava na amurada de bombordo, onde tinha assistido ao incidente enquanto ainda permanecia sob os efeitos da impressão causada. Fiquei desconcertado e apreensivo por causa de uma breve conversa que mantive com um passageiro que eu não conhecia. Disse-me que tinha tido medo ao embarcar e ele sem se apresentar perguntou-me se amava a vida...
David - Eu sabia... eu fiquei com medo de embarcar neste navio... O menino ama a sua vida?
Richard - Sim, claro.
À minha resposta afirmativa ele disse-me:
David - Pois bem, o que aconteceu perante os seus olhos, meu jovem, foi de mau agúrio e o melhor que tem a fazer é sair do navio na próxima escala em Cherbourg.
Não dei nenhum crédito aquelas palavras, estava confiante como toda a gente na proclamada segurança do barco e na sua impossiblidade de se afundar. E após uns primeiros instantes de apreensão a estranha conversa foi imediatamente apagada do meu pensamento.
Camille - Richard! Richard! Vem cá. Com quem estavas a falar?
Richard - Um senhor de quem não sei o nome... sobre o incidente.
O meu pai virou-se e disse à minha mãe:
George - Isto é um mau presságio para começar.
E não disse mais nada.
As operações de navegação foram reatadas com normalidade. Southampton começava a distanciar-se... Quando passou pelo porto reservado aos navios da marinha de guerra britânica, o comandante Smith mandou arriar a bandeira, em sinal de saudação aos cruzeiros ali fundeados, que pareciam muito pequenos em comparação com o maior barco do mundo.
2 comentários:
Olá, muito legal e emocionante o capítulo de hoje. Não conhecia esta parte do Oceanic e nem o rasgo feito de 18 metros.
Parabéns!!!!
Esperarei ansioso o próximo capítulo.
Abraços...
Oi...Parabéns!!!!!!!!
Muito legal o post de hoje...
Essa história fica cada dia melhor;
Beijos
Bom fim de semana...
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