segunda-feira, outubro 10, 2005

O JORNAL DE BORDO
Phillips e Bride deviam transcrever as notícias que chegavam ao escritório de telégrafos do Titanic e passá-las para o responsável pela sobrecarga de bordo. Herbert McElroy selecionava as informações e enviava o material selecionado para o setor de imprensa confeccionar o jornal Atlantic Daily Bulletin. Essa prática se iniciou em 1899, quando em viagem de Nova York para Southampton o navio St. Paul, de bandeira norte-americana, publicou o primeiro jornal a bordo de uma embarcação, o Transatlantic Times. O telégrafo, invenção de Marconi, havia contribuído para satisfazer a sede de notícias, dando aos passageiros a sensação de estarem conectados com a terra firme. As duas estações de Poldhu, na Inglaterra, e a de Cape Cod, nos Estados Unidos, conseguiram transmitir sinais a grande distância graças à potência de seus equipamentos, e os dois telegrafistas do Titanic recebiam dessas bases as notícias que saíam no jornal diário de bordo.
O Atlantic Daily Bulletin tinha 12 páginas de alta qualidade tipográfica. Os artigos de cultura e arte ou de crítica literária tinham uma pré-impressão antes da partida. Durante a viagem eram acrescentadas as crônicas, que ocupavam as páginas centrais do jornal. As notícias de maior interesse eram as que acompanhavam as cotações das bolsas de Londres e de Nova York, bem como os resultados das corridas de hipismo.

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