Quase da mesma idade de Boxhall, Harold Godfrey Lowe era o quinto-oficial de bordo. Nascido no norte do País de Gales era um tipo um pouco rebelde. Já aos 14 anos, rejeitou a imposição paterna e escolhera o caminho da aventura no mar. Não aceitou a idéia de passar por aprendiz que, naquele momento, não previa remuneração nenhuma por parte do patrão, que em troca oferecia os “segredos da arte”.
Contra a sua vontade, acompanhara seu pai para Liverpool, onde pôde trabalhar em algumas oficinas, mas sua determinação foi tal que preferiu fugir e embarcar em uma goleta cujo destino ele desconhecia. A embriaguez das velas infladas pelo vento, o sabor e o cheiro do mar calaram fundo nele, que então decidiu fazer das ondas seu novo habitat. As noites sem lua nem estrelas, quando a escuridão circundava e o fazia sentir a vida humana suspensa por um fio, o ensinaram a buscar dentro de si a segurança e a coragem para enfrentar a vida. Aprendeu a manobrar as amarras cortando as mãos, que logo ficaram ásperas e com calos.
Contra a sua vontade, acompanhara seu pai para Liverpool, onde pôde trabalhar em algumas oficinas, mas sua determinação foi tal que preferiu fugir e embarcar em uma goleta cujo destino ele desconhecia. A embriaguez das velas infladas pelo vento, o sabor e o cheiro do mar calaram fundo nele, que então decidiu fazer das ondas seu novo habitat. As noites sem lua nem estrelas, quando a escuridão circundava e o fazia sentir a vida humana suspensa por um fio, o ensinaram a buscar dentro de si a segurança e a coragem para enfrentar a vida. Aprendeu a manobrar as amarras cortando as mãos, que logo ficaram ásperas e com calos.
Assim iniciara, em finais do século XIX, a carreira que o levou a receber todos os títulos antes de ser contratado pela White Star Line, em janeiro de 1911, embarcado como terceiro-oficial no Belgic e no Tropic.
Nas quatorze anos de trabalho passara das pequenas goletas para aos barcos de velas quadradas na rota para a África Ocidental. Para ele, a viagem que iria empreender representava a primeira travessia do Atlântico Norte.
Apesar de a experiência em veleiros ter-lhe dado coragem, a incógnita da nova responsabilidade lhe deixava em estado de ligeira agitação.
2 comentários:
Olá!! Parabéns pelo post. A cada dia que se passa fica mais interessante e rico em conhecimento. Muito legal a história desses oficiais. Poucas pessoas sabem a história mais profundamente. Aqui, neste Blog, temos o privilégio de trocar esse tipo de informação e conhecimento.
É verdade. Aqui estamos nós. Tornando o blog ainda melhor.
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