sexta-feira, junho 27, 2025

O ITEM MAIS VALIOSO NO TITANIC


O ITEM MAIS VALIOSO NO TITANIC 
Quando se pergunta qual teria sido o item inanimado mais valioso perdido no naufrágio do Titanic, muitas respostas tendem a incluir ouro, joias, dinheiro ou pedras preciosas. De fato, vários desses bens de alto valor foram levados para o fundo do Oceano Atlântico Norte. Outros itens também foram considerados insubstituíveis, como: 
La Circassienne au Bain, do pintor Merry-Joseph Blondel. Uma grande pintura neoclássica a óleo que teve seu valor estimado em uma quantia significativa. O proprietário, o sobrevivente do Titanic Mauritz Håkan Björnström-Steffansson, solicitou uma indenização de US$ 100.000 (R$ 600 mil) ao chegar a Nova York — valor equivalente a cerca de US$ 2 milhões atualmente (R$ 12 milhões). 
Edição com joias de Os Rubaiyat, do poeta Omar Khayyam. Um livro raro e luxuoso, considerado uma fortuna à época. 
Cinco pianos de cauda Steinway. Instrumentos de alta qualidade e considerados exemplos da melhor manufatura do período. 
Renault Type CB Coupé de Ville de 1912. Um carro de luxo pertencente ao milionário William Carter, passageiro da primeira classe. 
Primeiras edições de obras de Francis Bacon. Livros raros do filósofo e artista estavam entre os itens perdidos. 
Porcelana. Um grande acervo de porcelanas finas, incluindo vasos decorativos e jogos de jantar, também foi ao fundo do mar. 
Ópio. Uma quantidade da substância era transportada no porão de carga. 
No entanto, o pacote mais valioso perdido a bordo do Titanic provavelmente foi um carregamento de mais de 40 caixotes de penas exóticas de aves, com destino a oficinas de chapeleiros em Nova York. Esses materiais tinham alto valor no mercado da época, e sua demanda teve impactos diretos sobre populações de aves silvestres. O valor de seu seguro, em 1912, era de US$ 2 milhões. No início do século 20, Nova York se consolidou como o centro da indústria de chapelaria nos Estados Unidos, impulsionada pela crescente demanda por chapéus extravagantes entre as classes mais altas. A moda feminina da Era Dourada e das primeiras décadas do século valorizava peças ornamentadas com materiais exóticos, como penas, flores e até corpos inteiros de aves. Chapeleiras renomadas, como Caroline Reboux e Lilly Daché, se tornaram conhecidas no país, e suas criações passaram a ser símbolo de status social. A procura por chapéus suntuosos com penas era especialmente intensa entre a elite. As penas usadas não eram apenas pequenos adornos: incluíam exemplares de aves maiores, como garças, colhereiros e avestruzes. Essa tendência de moda gerou uma demanda contínua e intensa, com consequências devastadoras para diversas espécies. Ornitólogos, conservacionistas e naturalistas começaram a observar o declínio de várias populações de aves, muitas delas caçadas em larga escala para suprir esse mercado. O periquito-da-Carolina, nativo do sudeste dos Estados Unidos, foi uma das espécies mais afetadas — e acabou extinto. Suas penas vibrantes eram muito valorizadas, o que incentivava sua captura e abate. Já no início do século 20, sua população estava em declínio acelerado.
In Forbes

sábado, junho 21, 2025

A CHEGADA TRIUNFANTE DO OLYMPIC

  

A CHEGADA TRIUNFANTE DO OLYMPIC
O RMS Olympic foi o maior transatlântico do mundo por dois períodos durante 1910 e 1913, interrompido apenas pela breve permanência do Titanic ligeiramente maior (que tinha as mesmas dimensões, mas era maior em tonelagem bruta) e depois até o navio alemão SS Imperator  entrar ao serviço em junho de 1913. Olympic também detinha o título de maior navio construído na Grã-Bretanha até o RMS Queen Mary ser lançado em 1934, título interrompido apenas pelas curtas carreiras do Titanic e Britannic. A quilha para o Olympic, Harland & Wolff Yard No. 400, foi colocada em 16 de dezembro de 1908 sob o novo Arrol Gantry do Estaleiro Harland & Wolff. Foi aqui que ele e seu irmão, Titanic, foram construídos lado a lado. O progresso do Titanic ficou alguns meses atrás do Olympic, e entraria em serviço algum tempo depois deste. O Olympic foi lançado em 20 de outubro de 1910 e, quando começou a navegar, tornou-se o maior objeto em movimento do mundo. O Olympic – o mais novo, maior e mais luxuoso transatlântico do mundo – fez a sua viagem inaugural em 14 de junho de 1911. A bordo estava J. Bruce Ismay, presidente da White Star Line e filho do fundador da companhia. Também a bordo estava Thomas Andrews, projetista dos estaleiros Harland & Wolff, e sobrinho de Lord Pirrie, dono dos estaleiros. O Capitão Smith – que viria a comandar o Titanic em sua lendária e malfadada viagem inaugural no ano seguinte – estava no comando. O Olympic foi tão marcante que, quando ele atracou em Nova Iorque, a ordem formal para a construção do terceiro navio da classe Olympic foi feita. Durante os dez meses seguintes, o Olympic conquistou a maior parte da fama no Atlântico. O seu irmão Titanic não recebeu nem de perto a quantidade da sua atenção, simplesmente porque ele era o segundo da classe. Só depois que afundou é que o Titanic eclipsou a fama do Olympic. O Olympic fez quatro viagens de ida a Nova Iorque e de volta a Southampton durante todo o verão de 1911. 

sábado, junho 14, 2025

A VIAGEM INAUGURAL DO RMS OLYMPIC

  

A VIAGEM INAUGURAL DO RMS OLYMPIC 
O navio RMS Olympic foi construído entre Setembro de 1907 e Maio de 1910, altura em que foi lançado. Foi o primeiro de três grandes navios, a "Olympic Class" (os maiores naquele período), da White Star Line que fizeram parte da sua frota por volta da mesma época. Eram em muito semelhantes entre si, principalmente no tamanho, distribuição e vista exterior. Em 14 de Junho de 1911 o RMS Olympic fez a sua viagem inaugural. Com 1313 passageiros a bordo a viagem transatlântica foi um sucesso. O vídeo acima mostra o navio prestes a partir na sua viagem inaugural. Muitas vezes associado ao Titanic, neste filme podemos ver o Capitão Smith na sua farda branca de Verão, dez meses antes de morrer no Titanic. O Olympic chegou a New York no dia 21 de Junho, tendo sido calorosamente recebido no cais 59. A sua chegada, apesar de festiva teve um pequeno acidente que muitos desconhecem. Devido às suas hélices, o pequeno rebocador O. L. Hallenbeck enquanto contornava o navio para o manter alinhado com o cais, é sugado contra a popa do Olympic e sofre alguns danos.

sexta-feira, junho 06, 2025

PORTUGUESES A BORDO

PORTUGUESES A BORDO NO OLYMPIC E NO TITANIC

Na viagem inaugural do RMS Titanic estavam quatro portugueses, três em terceira classe, um em segunda. Os três de terceira classe eram emigrantes, eram três amigos naturais da Ilha da Madeira e que, como a maior parte dos 700 passageiros de terceira classe, também eles iam em busca de uma vida melhor nos Estados Unidos. Domingos Fernandes Coelho, era solteiro, tinha 20 anos, era o mais novo do grupo, José Neto Jardim tinha 21 anos era casado e tinha uma filha de nove meses de idade e Manuel Gonçalves Estanislau, o mais velho do grupo tinha 37 anos, deixou mulher e cinco filhos. O quarto português viajava em segunda classe. José Joaquim de Brito tinha 32 anos e estava hospedado em Londres para partir no Titanic em negócios com destino a São Paulo, Brasil.
A coincidência é que menos de um ano antes, na viagem inaugural do Olympic a 14 de junho de 1911 também quatro portugueses embarcaram, três em terceira classe e um em segunda.
Oseus nomes, à semelhança com o que aconteceu com a lista do Titanic, estão mal escritos, possivelmente foram registados de acordo com o que soava ao ouvido de quem os recebia.
Em segunda classe viajava António Santos de 24 anos, de Londres para Halifax. Em terceira viajavam Ayres Almeida, 20 anos, de Ponta "Delgata" (Delgada) com destino a Cambridge Massachusetts, António "Reberio" (Ribeiro?), 22 anos, e José "Carav" (Carvalho?) de 23 anos, ambode "Valade Valinca" (?) com destino a New York.