domingo, novembro 28, 2010

FAMILIAR DE VITIMA DO TITANIC ESCREVE LIVRO
Pauline Barrett, acaba de publicar "The Addergoole Titanic Story", combina a precisão de historiadora com o inegável talento de escritora.
Que novelista não teria orgulho de escrever a seguinte descrição vívida da manhã de Abril de 1912, quando os 14 jovens da Paróquia Addergoole (Lahardane) colocaram os seus parcos pertences na bagagem de um carro, em preparação para a longa viagem para o porto de Queenstown (Cobh)?
Ela escreveu: "O dia estava apenas a começar e já era hora de partir. Naquela manhã da partida, permaneceu em cada casa uma tristeza, em cada cozinha um vazio, quebrado apenas pelo eco dos sapatos sobre as talhas do chão de madeira, ou o farfalhar suave de uma peça de vestuário. Pouco foi falado. Nos momentos finais, ninguém pode descrever o que terá passado pelas mentes dos nossos emigrantes, sabendo que muito em breve teriam de se despedir de seus entes queridos... Caminhando em direcção a porta de suas casas de infância, talvez pela última vez e nunca mais ver a mãe, pai, irmã, irmão ou vizinho." A publicação do livro The Addergoole Titanic Story faz parte das comemorações do 100º aniversário do RMS Titanic, na aldeia norte de Mayo que viu partir 14 passageiros para o malogrado navio. Apenas três dos 14, que viajavam todos na terceira classe, sobreviveram. Como Barrett aponta no prefácio de seu livro, a história dos 14 passageiros de Addergoole, há várias décadas que era raramente falada por ser muito dolorosa de se recordar, mas era sempre lembrada no coração do seu povo.
"Este livro", diz ela, "é uma oportunidade para olhar para trás para o passado das suas vidas, os acontecimentos que lhes deram forma, a viagem que empreenderam e da tragédia que se abateu sobre eles. Numa época tão diferente da nossa mas tão semelhante nos nossos corações. Um acontecimento do passado e do presente, um acontecimento para se resgatar e contar a sua história."
Jovens e idosos de Addergoole, assim como muitos curiosos de outros pontos mais longínquos, reuniram-se no Murphy's Pub, Lahardane, na passada noite de sexta-feira para o lançamento do livro há muito esperado.
Barrett e outros oradores como o Dr. Paul Nolan e 'Toss' Gibbons da The Addergoole Titanic Society (ATS) enquadraram estes passageiros no cenário que se vivia na época. Os '14 de Addergoole', explicaram, nasceram num momento em que a emigração era necessária no meio rural de Mayo. Era uma época de dificuldades económicas, fosse ela uma situação herdada ou de procura de vida melhor. Décadas de emigração tornaram-se uma forma de vida aceitável proporcionando um negócio próspero para os agentes e linhas de navegação do próprio país. Semanalmente anúncios nos jornais locais informavam dos detalhes da travessia, oportunidades e opções de viagem para os passageiros que pretendessem uma passagem, ilustrando com fotografias antigas e novas. Se pretender uma cópia do livro, sugerimos que contacte o autor, Pauline Barrett, directamente pelo telefone (086) 2180019.
Pauline, por sinal, é familiar de James Flynn, de Cuilnakillew, passageiro que perdeu a vida na tragédia do Titanic.
Os 14 que viajavam na terceira-classe eram:
John Bourke 42 anos, morreu no naufrágio
Catherine Bourke (esposa de John), 32 anos, morreu no naufrágio
Mary Bourke (irmã de John), 40 anos, morreu no naufrágio
Nora Fleming, 24 anos, morreu no naufrágio
Mary Mangan, 32 anos, morreu no naufrágio
James Flynn, 28 anos, morreu no naufrágio
Annie Kate Kelly, 20 anos, sobrevivente
Bridget Donohue, 21 anos, morreu no naufrágio
Delia Mahon, 20 anos, morreu no naufrágio
Delia McDermott, 31 anos, sobrevivente
Pat Canavan, 21 anos, morreu no naufrágio
Mary Canavan (prima de Pat), 22 anos, morreu no naufrágio
Annie McGowan, 17 anos, sobrevivente
Catherine McGowan (tia de Annie), 42 anos, morreu no naufrágio
Podem visitar o site da The Addergoole Titanic Society (ATS) aqui

domingo, novembro 21, 2010

EM DEFESA DE ROBERT HICHENS
Foi com grande espanto que muitos receberam a informação de que a real "razão" para o Titanic afundar foi porque um dos membros da tripulação não sabia distinguir a direita da esquerda. Isto foi revelado no novo livro de Louise Patten, neta do segundo oficial do Titanic, Charles Lightoller. Lightoller foi o oficial mais graduado a sobreviver ao naufrágio. Dado que o Titanic afundou há cerca de um século atrás, onde as regras de etiqueta tanto em voga obrigavam a necessidade constante da utilização de um de ambos os lados, esquerdo e direito, como no servir à mesa, etc, essa explicação é na melhor das hipóteses, uma falácia. Louise Patten continua a dizer que houve um desentendimento entre os termos, náuticos então, comumente usados, 'Hard to Starbord' e 'Hard to Port'. Isso não faz sentido algum, pois é muito difícil acreditar que a White Star Line fosse contratar para os seus serviços alguém que não sabia a diferença entre estibordo e bombordo para ficar ao leme do maior e mais luxuoso navio do mundo. É importante destacar que para a viagem inaugural, os tripulantes foram escolhidos meticulosamente, desde os oficiais aos empregados que vieram de outros navios, como o Olympic, e que iriam ficar ao serviço dos seus antigos passageiros que agora viajavam no Titanic e tão bem os conheciam. Para os mais leigos, tente-se imaginar na proa (parte da frente) do Titanic onde Rose esteve de braços abertos: o seu braço esquerdo corresponde ao lado Bombordo do navio, o braço direito ao lado Estibordo. Se até você entendeu isso com facilidade, acha que Hichens, o homem do leme naquela noite não saberia distingui-lo? Erros todos cometem, mas essa é uma das lições primárias de um marinheiro, e estes homens estão preparados para agir em situações de tensão. O livro tenta passar a informação aos leitores que, pouco antes do naufrágio, os oficiais tiveram um encontro onde foram informados do erro do tripulante. É ridículo esperar que, no tumulto causado por um navio prestes a afundar, os oficiais teriam um momento para confraternizar e apontar o dedo para o culpado do naufrágio do navio. Este tráfico de falsidades só pode ser atribuído à necessidade de aumentar as vendas do autor e elevar o seu avô ao status de herói. Relembro também, que em 2005 o TitanicFans publicou um artigo sobre o assunto quando no filme de James Cameron o 1º Oficial Murdoch dá a ordem «Hard to Starboard!» (Tudo a Estibordo!) vemos o Contramestre Hichens ao leme do Titanic que o roda todo para o lado esquerdo, ou seja Bombordo, e seguidamente vemos o navio rodar então para o mesmo lado. James Cameron recebeu centenas de cartas que diziam que a ordem estava incorrecta, pois se o rasgo no casco foi a estibordo, a ordem deveria ter sido "tudo a bombordo". Contudo, não há dúvidas que a ordem foi "Tudo a Estibordo" e que o rasgo foi a Estibordo também. Teria então sido Murdoch a cometer o suposto lapso? Na expedição de Julho de 2005 com cobertura pelo canal Discovery, James Cameron comenta ao vivo que na época, quando se mandava virar para um dos lados, a pá do leme viraria para o lado contrário fazendo o navio ir no sentido indicado, defendendo que o procedimento é "Históricamente Correcto".

sábado, novembro 13, 2010

COMENTÁRIO DO PUBLICADOR
"Olá amigos do Titanic Fans!
À Convite do amigo Mário, aqui estou pra contar um pouco mais do Livro Titanic Fans.
Meu nome é Rodrigo, moro no Brasil, tenho 24 anos e sou um admirador do Titanic desde 1997, quando James Cameron lançou o grandioso filme... Comecei a colecionar sobre o assunto em 2002 e de lá pra cá, já acumulei tanto material em papel, como filmes e alguns vários trabalhos sobre o navio, o qual faz parte de meu cotidiano, tento manter contato com várias pessoas que assim como eu, tem fascínio por esta história... Conheci o Titanic Fans através de um outro BLOG, o Titanic Momentos, que pertence ao amigo e colaborador José Alencar... Desde então acompanho os dois BLOGS com grande expectativa, pois nos dias atuais são os únicos GRANDES meios na WEB em língua portuguesa onde o assunto é Titanic. Algum tempo atrás senti a necessidade de ter em meu acervo todo este material exclusivo, mas não em meios virtuais, resolvi então editar todo este material para que pudesse ser transformado em livro, pois assim poderia eternizar estes grandes trabalhos e também tê-los à mão a qualquer momento. O primeiro BLOG que editei foi o Titanic Momentos, o qual resultou em dois volumes, num total de 370 páginas, as quais tiveram de ser impressas ( por mim ) somente em preto e branco. Gentilmente, o amigo Alencar publicou uma matéria sobre este trabalho: (veja aqui). Há alguns dias, aproveitei o tempo e a oportunidade para realizar este trabalho também com o Titanic Fans, mas desta vez foi possível fazer estas impressões na versão em cores. Foram cerca de 4 dias de trabalhos, onde eu primeiramente selecionei e copiei todo o material postado desde 2005 e montei um arquivo Word, onde fiz todo o trabalho de paginação e formatação. Trabalho feito, o passo seguinte foi fazer as impressões, que tiveram de ser em grupos de no máximo 20 páginas, devido às configurações de minha impressora. Ao final de um dia estavam prontas as impressões, num total de 385 páginas, agora era hora de mandar encadernar. Mas primeiro comuniquei ao amigo Mario e pedi à ele que escrevesse uma introdução, era algo importante, pois o grande trabalho é dele, sendo assim queria que ele estivesse pessoalmente presente neste livro. Gentilmente ele escreveu a introdução e enviou-me via e-mail, a qual editei colocando a foto de nosso amigo ao rodapé da página... Levei todo o material ao centro da cidade e lá escolhi o material da capa e o enunciado, cerca de 5 dias depois estava pronto, como vocês podem ver nas fotos. Faço este trabalho por dois motivos: A história do Titanic deve ser preservada, tem muito a ensinar. Apesar de ter se passado há tantos anos é uma história atemporal. E um trabalho de pesquisa, tradução e edição como este não pode estar disponível apenas em formato virtual, deve ser preservado também de outros modos. É um trabalho dedicado, de um amigo que além de divulgar o Titanic na língua portuguesa é um grande admirador desta história, repassando tudo isto com grande dignidade. Fico feliz em estar aqui contando este meu trabalho, mas o mérito foi e sempre será de nosso amigo Mário, que sem dúvida merece os parabéns pelo trabalho realizado. Abraço a todos! 2012 vêm aí e a história não pára, pelo contrário, a cada dia novas descobertas!"
Por Rodrigo Piller

terça-feira, novembro 09, 2010

TITANICFANS O LIVRO
Post 530 e nasce um livro, cinco anos de publicações num só livro! Agradeço acima de tudo ao excelente editor e publicador que é o meu amigo e parceiro Rodrigo Piller! Para ele vai este post de profundo agradecimento e alegria que é ver sair do mundo virtual o sonho tornado realidade em papel cuidado e decoração excelente que é este livro maravilhoso! Venham mais cinco anos e uma segunda edição! Assim seja! Obrigado Rodrigo Piller, obrigado a todos por fazerem parte deste projecto!

domingo, novembro 07, 2010

UM HERÓI
Durante quase um século, o timoneiro que dirigiu o Titanic na rota do iceberg foi punido por provocar o desastre, e ter então sacrificado a outros para salvar a sua própria vida. O contramestre Robert Hichens foi ridicularizado por supostamente ter virado o leme do navio para o lado errado, levando o navio inafundável a um acontecimento catastrófico. Mais tarde ele foi condenado ao ostracismo, depois dos sobreviventes estarem no seu bote salva-vidas, ele afastou-se com o bote, alegou que remou para longe do condenado navio, apesar dos apelos para voltar atrás e resgatar os passageiros que continuavam a gritar por socorro na água gelada. Pago pelos seus superiores para ficar em silêncio, Hichens ficou na lista negra das companhias marítimas mais importantes, mas manteve os seus segredos, mesmo com a infâmia a destruir-lhe a vida, vida essa que terminou consigo num estado lastimável, bêbado e participando no tráfico de armas no rio chinês Yangtze. Quando morreu, foi sepultado no mar em Setembro de 1940 com apenas 58 anos, dessa forma, parecia que os seus segredos tinham ido consigo para o fundo do oceano, para sempre. Mas agora, o seu testemunho pessoal e emocionante daquela noite em que o Titanic foi para o fundo pode ser contada pela primeira vez agora que a sua família finalmente quebrou o seu silêncio de quase um século. A sua história revela um drama cheio de decisões de cortar o coração, ele teve de tomar sob extrema pressão a decisão de vida para alguns - e a morte para outros. Os netos de Hichens, Sue e Paul Neal Woolgar, revelaram como o seu avô ficou assombrado pelos gritos das pessoas que morriam na água enquanto ele remava para sua segurança, e que ele manteve-se convicto do seu papel na tragédia, até aos seus últimos dias, convencido de que as suas acções teriam salvo a vida das pessoas que se encontravam no seu bote. Sue, de 58 anos, disse: "Ele vivia amargurado por ser um bode expiatório. Ele sempre disse que arruinaram por completo a sua vida e que tinha sido injustamente escolhido para ser o culpado de tudo. Se isso tivesse acontecido no mundo de hoje, ele teria sido aclamado como um herói por permanecer no seu posto e depois salvar tantas vidas quanto podia." Os detalhes das lembranças de Hichens permaneceram como o segredo mais bem guardado, no seio da fsua amília, desde que o orgulho da White Star Line partiu na sua viagem inaugural, e na madrugada de 15 de Abril de 1912 se afundou, com a perda de 1.517 almas. Hichens falou em dois inquéritos, mas depois foi pago pelos proprietários do Titanic para ficar em silêncio. Ele nunca mais falou das suas lembranças, excepto à sua família. Eles mantiveram assim o segredo por 98 anos, mas os seus netos, finalmente, decidiram intervir para impedir que ele seja para sempre marcado como um vilão nos livros de História. Esta decisão veio depois de um novo livro ter sido lançado, e aqui falado no TitanicFans, em que se afirma que o navio poderia ter continuado em segurança - mas foi condenado depois de Hichens ficar confuso com a decisão do seu superior e virou o leme para o lado errado, enviando o navio directo ao iceberg. Hichens contou a sua experiência dramática, de como foram os momentos finais do navio e a sua sobrevivência à sua filha Ivy, e que assim passou a história aos seus filhos antes de morrer em 1973, aos 58 anos. Sue, de Hounslow, Middx, disse: "Dói muito ler que o nosso avô, tenha supostamente dirigido o leme para o lado errado e causou o desastre. Ele sempre disse que no momento em que avistou da ponte o iceberg, já era tarde demais para tirá-lo da rota, porque o navio estava seguindo tão rápido e demorou demais para virar. Ele referiu que o pânico se instalou por toda a parte no momento em que atingiu o iceberg. Todos corriam mas a tripulação não acreditava que iriam afundar. Mesmo quando chocaram com o iceberg, ele disse que tinha permanecido ao leme tentando manobrar o barco e a mantê-lo estável até que foi mandado para o bote seis. Ele fez o seu dever. O seu relato é muito honesto e eu acredito que se ele poderia ter feito algo diferente que ele teria nos contado." Se Hichens ao leme foi considerado culpado, o seu comportamento no bote salva-vidas o indicou aos olhos do público como um bandido e um covarde. O bote 6, poderia embarcar 65 pessoas, mas deixou o Titanic às 00:55 com apenas 28 pessoas a bordo. Foi um dos botes salva-vidas a descer primeiro. A sua reputação foi manchada com o depoimento da nova rica Margaret Brown após o desembarque em Nova Iorque. Conhecida hoje como "Inafundável Molly Brown", ela rapidamente se tornou uma heroína devido a forma como contou a sua história de coragem e sobrevivência. Molly contou como ajudou na evacuação das mulheres e crianças, como remou no barco salva-vidas e contou sobre o seu pedido a Hichens para voltar e salvar aqueles que ainda estavam na água. Contudo a família de Hichens contou que ele sempre insistiu que a sua decisão salvou a vida de quem mais tarde o terá difamado. Sue disse: "A minha mãe disse-me que ele lhe contara que nunca conseguiu tirar da cabeça os gritos dos que morriam na água. Ele teve pesadelos até o dia em que faleceu. Ele disse que iria lembrar-se sempre dos gritos e das luzes do Titanic enquanto afundava, deixando-os depois no escuro do oceano. Mas foi-lhe dada a ordem de remar e levar o bote para longe do Titanic e que foi exactamente o que ele fez. Tinham de manter o rumo porque todos sabiam que quando o barco se afundasse iria sugar tudo com ele. Alguns passageiros tentaram convencê-lo a voltar, mas ele disse que nessa fase ele já estava a alguma distância do navio e recusou fazê-lo. Ele disse que não poderia ter voltado para trás porque havia tanta gente na água, que todos teriam tentado subir a bordo e virar o barco. Ele estava no comando do bote e ele acreditava que as suas decisões em última instância lhes salvaram as vidas. Ele manteve esta posição até o fim." Hichens contou como na ponte tiveram conhecimento, antes de embarcarem os passageiros, de que não havia botes salva-vidas suficientes para todos a bordo. No entanto, crendo que o navio não iria ao fundo e que alguns poderiam regressar mais tarde, os botes foram apenas parcialmente preenchidos até que se aperceberam que as coisas estavam a ficar mais sérias e começaram a encher os botes. Paul, neto de Hichens com 64 anos disse: "A história tem culpado o meu avô, mas é injusto. Ele fez tudo o que podia e foi arruinado pelo que aconteceu naquela noite. "Se fosse hoje os sobreviventes teriam sido acompanhados e reentegrados, mas isso foi-lhe negado pelos seus superiores e teve que recomeçar a vida da melhor maneira que pôde. As suas acções salvaram vidas e eu estou orgulhoso dele." disse o neto de Hichens, "até o momento em que o Titanic bateu no iceberg a cerca de 400 quilômetros ao sul dos Grandes Bancos da Terra Nova ele tinha sido exemplar. Ainda assim, apesar da sua notoriedade, o desastre deixou-o incapaz de encontrar trabalho em navios britânicos. Dirigiu-se para Hong Kong, onde ele confessou mais tarde a sua família, que recorreu ao tráfico de armas no rio Yangtze. Uma fotografia desbotada de 1928 mostra-o a bordo de um navio no seu uniforme, esta é uma das poucas lembranças que a família ainda tem do homem que supostamente afundou o Titanic, outra lembrança é um mapa que ele mesmo fez de todas as viagens que efectuou. Hichens recorreu à bebida e afundou-se na vida tanto quanto o Titanic, endividado, lutando para lidar com o tormento do que tinha acontecido no Titanic. Ele morreu de problemas cardíacos em 23 de Setembro de 1940, a bordo do cargueiro Inglês Trader. Foi sepultado no mar ao largo da costa da Escócia. A sua família afirma que ele foi mais uma vítima infeliz de uma das catástrofes marítimas mais mortais da história em tempo de paz. Das 2.223 pessoas a bordo do Titanic, só 706 sobreviveram. Mas, como a sua família insiste, o mais criticado da tripulação do Titanic foi para o seu leito de morte, insistindo que, se não fosse ele, o número de vítimas teria sido ainda maior.

segunda-feira, novembro 01, 2010

CARTA DE FRANK MILLET
Últimamente assistimos ao ressurgir de documentos históricos completamente esquecidos no tempo e que agora voltam à luz para conhecimento de todos. Uma carta escrita a bordo do Titanic antes de se afundar no Atlântico, descreve o condenado navio em detalhe. A nota, escrita por um jornalista norte-americano para um artista que vivia na Broadway, encontra-se nos arquivos do escritório Worcestershire County Council. O autor foi o artista e jornalista Frank Millet, uma das 1.517 pessoas que morreram quando o navio "inafundável" foi para o fundo em Abril de 1912. Robin Whittaker, responsável pelos registros dos arquivos do escritório em County Hall, Spetchley, disse que a carta foi escrita enquanto o Sr. Millet estava a bordo do malogrado navio. Foi enviada ao pintor e designer de jardim Alfred Parsons via Irlanda. Whittaker disse em entrevista que o documento "descreve com bastante detalhe o luxo do navio." Entre os comentários do Sr. Millet sobre o ambiente a bordo encontramos este:" Ele tem tudo, excepto taxis e teatros ", e "eu tenho o melhor quarto que alguma vez já tive num navio e nem sequer é um dos melhores camarotes existentes a bordo, tenho um grande armario onde pendurar as minhas roupas e uma janela quadrada grande que me permite ter imensa luz." Ele também mencionou como as suites "com as suas cortinas de damasco e mogno e mobiliário de carvalho são realmente muito sunptuosas e de bom gosto". Contudo, Frank Millet foi menos elogioso quanto aos seus companheiros de viagem, dizendo que "um número detestável de mulheres americanas que mostravam a sua ostentação eram o flagelo de qualquer lugar a bordo, infestavam qualquer lugar". A carta foi doada ao departamento de arquivos do escritório pelas netas do Sr. Parsons.