sexta-feira, março 26, 2010

ESPECIAL TITANICFANS

ASSASSINOS A BORDO DO TITANIC PARTE II
George McGough
George McGough era marinheiro do convés no Titanic, um assassino entre os passageiros mais ricos do navio.
Ele aparece no censo de 1901 da Grã-Bretanha como um recluso na prisão HM Winchester, a quinze milhas de Southampton. O preso é apresentado como tendo a profissão de marinheiro. George Francis McGough nasceu em Duncannon, Co. Wexford, Irlanda, em 1875 a 14 de Julho, é o único McGough Irlandês nos censos. McGough é mostrado nos registos como tendo 25 anos. Mas, onze anos mais tarde, aos 36 anos, ele continua registado como tendo 25. Desta vez, a idade aparece na inscrição nas listas para o malfadado RMS Titanic. Aqui George McGough se mostra de Duncannon. É o mesmo homem - havia apenas uma família McGough em Duncannon e este marinheiro George preservou assim a sua juventude, o melhor que poderia acontecer para alguém que se apresentasse na feira do trabalho. Todos faziam isso - mas as fotografias de 1912 mostram um McGough maduro, bem experiente e não um novato no assunto. O que aconteceu a George McGough, também conhecido carinhosamente entre os seus companheiros como "almofada" por causa de sua origem irlandesa, para ter passado um tempo na prisão Winchester? Em 10 de Março de 1900, um registo mostra o marinheiro George Francis McGough (desta vez, apresentado como tendo 27 anos!) como se tendo embebado e se envolvido numa luta a bordo do navio Rustington, enquanto este estava ancorado ao largo de Santos, Brasil. A luta foi com outro membro da tripulação do navio, o galês John Dwyer, que aparece no mesmo artigo, com 39 anos, mas não terá sido só por esse motivo que a luta ocorreu. Dwyer foi empurrado por uma escotilha - e cortou a cabeça no porão, correndo os miolos sobre a madeira dura cerca de 26 metros mais abaixo. Assim como Eliza May Rose Mintram, (que falamos no post anterior) este homem pode ter sido inicialmente atingido pelas costas. Doze anos e um dias antes do Titanic bater no iceberg, o Boletim de Notícias Barry Dock de sexta-feira, 13 Abril de 1900, informava os seus leitores de Cardiff: "Suposto assassinato de um Barry a bordo durante o tempo de trabalho no porto de Santos. Acaba de chegar ao Barry a notícia do suposto assassinato de um homem da nossa cidade e bem conhecido, e temos a informação da ocorrência trágica. O navio Rustington pertencente a companhia de navegação Srs. Ball, Symonson & Company, de Fenchurch Avenue, Londres, partiu de Barry Docks no dia 25 de Janeiro com uma carga de carvão para Santos, levando consigo a bordo uma tripulação de Barry. O Mestre tinha entre seus tripulantes, dois homens de Barry - um chamado John Dwyer 39 anos, de Thompson Street, Barry Docks, já conhecido no embarque com função de vigia, cujo nome apareceu em artigos de navios como marinheiro, e outro chamado George McGough , 27 anos, natural de Duncannon, Escócia, também ele marinheiro, e bem conhecido em Barry. De acordo com uma carta escrita a partir de Santos pelo Engenheiro Chefe do Rustington no dia 13 de Março, e recebida pelo Sr. William Dwyer, filho mais velho de John Dwyer, na manhã de quarta-feira passada em Barry Docks, que na sexta-feira anterior, 9 de Março, os dois homens, Dwyer e McGough trocaram algumas palavras azedas a bordo e McGough, alega-se, surpreendeu Dwyer, e se, deliberadamente ou não, ainda não é conhecido, atirou-o de um convés abaixo do navio para o porão, Dwyer caiu sobre a sua cabeça, acabando por morrer. O terrível acontecimento foi testemunhado por quatro membros da tripulação, e estes homens, juntamente com McGough, que foi imediatamente colocado sob prisão, estão agora a caminho de casa para a Inglaterra a bordo de um navio e espera-se que cheguem a Southampton, dentro de um dia ou dois quando McGough então será julgado sob a acusação de "homicídio doloso". O falecido, John Dwyer, deixa uma viúva (Sra. Maria Dwyer, que vive em Thompson Atreet, Docks Barry), e sete filhos, o mais velho dos quais tem apenas 20 anos de idade. Entre a tripulação do Rustington existe um cunhado do falecido, chamado William Burnett, analfabeto que estava muito transtornado com a tragédia a bordo para avisar a sua irmã, nisto fê-lo gentilmente o Engenheiro-Chefe em seu lugar, dirigindo a carta ao filho mais velho, William Dwyer para preparar a sua mãe para a notícia chocante o mais suavemente quanto possível."
De acordo com a tripulação, esta mostra que McGough foi formalmente posto de parte no navio três dias após o assassinato, e a anotação "em prisão preventiva" foi inscrita ao lado do seu nome. É provável que ele tenha sido colocado no mesmo porão onde tinham sido achados os restos da sua vítima. John Dwyer foi enterrado na praia de Santos. George McGough foi entregue ao cônsul britânico que por sua vez o entregou à responsabilidade do capitão do navio a vapor Royal Mail Ship Company Magdalena, para ser trazido para Southampton. O cônsul também avisou a Inglaterra que o carpinteiro do navio Rustington, o contramestre, e dois marinheiros do navio se deveriam manter sob detenção, e que esta mensagem era para ser "transmitida pelo navio britânico antes de deixar o porto a caminho do Reino Unido." Após o Magdalena chegar, as detenções eventualmente foram feitas ainda no porto de Southampton pelo detetive Sargento Edgar Tribe. George Francis McGough, marinheiro, foi levado a julgamento. Em uma rápida aparição foi afirmado que o preso e os outros membros da tripulação foram para terra e se embebedaram. Quando McGough voltou a bordo, bebado e agressivo "ele queria lutar com todos." Foi dito que ele agarrou Dwyer e o atirou para o porão convés abaixo, a uma profundidade de 26 pés. O homem foi encontrado com sangue a sair de sua boca e dos ouvidos. Ele morreu em poucos minutos. Foram descobertos por descendentes de George registros nos Arquivos Nacionais de Kew, relativos ao processo penal em Winchester na quinta-feira, 28 Junho, 1900. Eles mostram que o Det Sgt Tribe pediu pena de prisão e indemnização, enquanto que outras acusações foram dadas aos membros da tripulação do navio Rustington, Walter Greeley, Johan Lundberg, George Burton, e Gustave Nillson. A acusação diz: "Southampton. Aos jurados de Sua Alteza Real, a Rainha, após seu juramento, o presente: que George Francis McGough, no décimo dia do mês de Março do ano de Nosso Senhor de mil novecentos, em Alto-Mar, da competência do Almirantado da Inglaterra, admitiu deliberadamente e de seu dolo, não ter intenção de matar e assassinar John Dwyer contra a Paz de Sua Alteza Real, a Rainha, e sua Coroa e Dignidade".
The South Wales Echo de terça - feira 3 de Julho de 1900, relatou:
"Homicídio em Cardiff-Laden Vessel. Em Winchester Assizes na segunda-feira, George Francis McGough foi condenado por homicídio culposo em alto mar, e condenado a quinze meses de trabalho forçado. Enquanto o navio Rustington, com carvão proveniente de Cardiff, estava no porto de Santos em 10 de Março, McGough, que se encontrava alcoolizado depois de ter estado em terra, queria lutar, e fixado em Dwyer, com quem se intrometeu, e, tal como alegado, jogou-o sobre a escotilha para o porão, vinte metros de profundidade, causando a sua morte. A defesa foi a de que o caso foi acidental." Depois de ouvir todas as provas do juiz, um deputado da Justiça Lawrence instruiu o júri que "não houve nenhum caso de homicídio premeditado", apesar de ser um preceito da lei que uma pessoa se pode presumir conhecedora das "prováveis e naturais consequências de suas ações". Aqui, ao contrário do caso Mintram, não houve provas, mesmo de provocação. McGough, descrito em um relatório como "um pequeno mas forte e bem constituído irlandês" foi sem dúvida, largamente ilibado das acusações do juiz. Ele também tinha motivos para ser grato a Havelock Wilson MP, membro da União de Marinheiros, que deu provas do bom caráter de McGough, apesar de ele ter quase certeza de certamente nunca ter conhecido este homem. Wilson também foi bastante ativo na Marinha Mercante, onde estava a cumprir funções na época. Ele representou a União de Marinheiros sobre a «subcomissão de salvamento da Câmara de Comércio», cujas recomendações de 1911 foram arquivadas. Assim McGough foi para o seu curto período de prisão - e foi registado pelo censo de 1901.
Quando libertado, ele voltou à velha vida do mar, às vezes usando o pseudônimo de George F. Bergin, em vez de George F. McGough. É mostrado nos registros de seu casamento que o marinheiro velho resistente casou com uma mulher dez anos mais nova que ele pouco antes de o Titanic navegar. George Francis McGough, vivia em St George Street, Southampton, casado com Beatrice Nellie Gannaway no início de 1912. (Southampton, Vol. 2c p. 99.) Ela tinha 26 anos, eles não têm filhos e Beatrice era a filha de John Gannaway, um estivador no cais, e sua esposa Eliza, que tinha seis outros filhos a viver em York Street, St Mary's. McGough embarcou no Titanic e deu o seu endereço como sendo 15 St George Street (edificio já demolido actualmente), e sua terra natal como Duncannon. Sem dúvida, Beatrice ficou contente quando viu o seu marido de regresso a casa vivo. Mas há uma certa ironia em uma entrevista com McGough (descrito como "George M. McGough"), realizada no New York Times, em 20 de abril de 1912 antes de seu retorno à Inglaterra. O marinheiro reclama que "a tripulação do Titanic era tratada como prisioneira pela companhia White Star". Os homens do Titanic foram obrigados a entrar em fila e marcharam para o navio da Red Star - Lapland, que na mente de McGough era o seu novo local de encarceramento. O navio da companhia Red Star - Lapland, levou a tripulação sobrevivente do Titanic de volta para suas casas, para a Inglaterra. Não é portanto de se estranhar, que George McGough mais tarde em sua carreira tenha estado voluntariamente a bordo do Lapland como um membro de sua tripulação! Um manifesto do navio Lapland, chegando em Nova Iorque, vindo de Antuérpia, em 15 de Janeiro de 1920, revela a presença do marinheiro George McGough, nascido em Duncannon, e com um endereço de 15 St. George Street, Southampton - o mesmo endereço da rua que ele deu no Titanic. McGough tinha uma tatuagem, é mostrado sendo 'pequeno' de 5 pés e 6 polegadas de altura. O número da cédula de identificação do manifesto corresponde a um cartão de registro de 1920 mostrando George McGough como um contramestre, nascido em 1875 em Duncannon, na Irlanda. Outras pesquisas estabelecem o fato de que o homem retratado em 1912 como McGough é mais uma vez, George Francis McGough, nascido em Duncannon em 1875. Sua imagem pode ser comparada à de 1912 para mostrar que um e outro é o mesmo homem - o marinheiro do Titanic. Esses registros também mostram que McGough mais tarde serviu no navio Llanstephan Castel, no navio Briton da construtora H & W, no Lapland, e no navio Tagus (Tejo) - o navio que pode ser visto ao fundo numa das fotografias P. Browne de partida do Titanic em Southampton. Em 1 de Abril de 1921, George McGough estava a bordo no transatlântico Minnekahda, que operava entre Boston e Nova York. Sua idade era neste momento, correctamente registada como tendo 46. Os registos citam a sua terra natal, como a Irlanda, sendo George um homem que tinha cerca de 5 pés de altura, cabelo escuro, e sua profissão principal como estivador. Há registos de sua chegada de Nápoles no mesmo navio, um mês depois, seguida por outra em Agosto no navio Fort St. George. Em 24 de Abril de 1922, George McGough partiu de Southampton para Nova York a bordo do Oropesa. Um ano depois a sua idade em seus registos tinha recuado, de 46 anos para 45. Desta vez, o irlandês é anotado como tendo uma cicatriz na bochecha. Finalmente, consta na lista da tripulação para Corbis, que chegou a Nova York de Tampico, no México, em 19 de Novembro de 1924 descrito como tendo antecedentes criminais, de 50 anos, irlandês, cidadão britânico, um marinheiro sem deficiência. Mas o mesmo registo tem uma linha de nota de sua anterior proveniência como tendo sido desertor. A nota diz: "Deserta, Lisboa, 19 de Outubro de 1924."

sexta-feira, março 19, 2010

ESPECIAL TITANICFANS

ASSASSINOS A BORDO DO TITANIC PARTE I
William Mintram
Existiam dois assassinos a bordo do Titanic, hoje falaremos de um deles, William Mintram.
Mintram como fogueiro no Titanic vivia num verdadeiro inferno depois de ter assassinado a sua esposa, vivendo como escravo nas salas escuras e quentes das caldeiras, para fazer o enorme navio avançar sobre o Atlântico com os mais ricos a bordo. Mintram morreu a bordo do malogrado navio, indo para o fundo escuro do oceano frio.
A história trágica começa quando William Mintram casa com Eliza May Rose Veal no Verão de 1886, 26 anos antes do Titanic afundar. Nascida em Outubro de 1868 em Southampton, a noiva Eliza tinha apenas 17 anos quando se casou. O marido dela - que se tornaria o seu assassino - era um ano mais velho. Provavelmente o jovem casal foi forçado pelas circunstâncias a casar. É provável que Eliza, ainda adolescente, teria acabado de descobrir que estava grávida - a sua filha, Rosina (por vezes tratada como "pequena Rose") nasceu no início do ano seguinte.
Em 1901, no décimo quinto aniversário de casamento, o casal vive no nº 63 da Winton Street, (St Mary's Parish em Southampton), já com cinco filhos. Pouco depois de Rosina ter nascido, nasceu o pequeno William, e de seguida a pequena Eliza. Após estes, dois filhos seguiram, Charles e George. Mas enquanto fogueiro, William Mintram apresenta-se orgulhosamente como chefe de família, sua esposa é quase práticamente anônima - identificada apenas pelas iniciais 'E. R.' Sem sobrenome e aparentemente pouco levada em conta, antes do final do ano seguinte, ela daria entrada num hospital e serida dada como morta. Tudo aconteceu pouco depois de seu aniversário de 34 anos. Diziam os jornais de época:

"Fogueiro matou a esposa. Western Assizes

William Mintram, 33, um marinheiro, foi julgado pelo homicídio doloso de Eliza May Mintram Rose, sua esposa, em Southampton, em 18 de outubro [1902]. Evans Austin, e EL Craik apareceram para a acusação representado a casa do Tesouro britânica; Emanuel foi o advogado de defesa. Depreende-se a evidência de que o prisioneiro era um fogueiro, que havia sido contratado por uma grande empresa de transporte marítimo de Southampton por muitos anos, e, durante todo o tempo que desempenhou a sua função, teve um desempenho exemplar. O preso e sua esposa não eram felizes. ÀS 10:30, nesse dia, o prisioneiro voltou e encontrou o jantar preparado para ele e para a única pessoa presente que era o seu filho, William. Este rapaz deu provas de que a mulher estava sentada em uma cadeira quando o preso entrou e deu uma bofetada no rosto. Após um curto espaço de tempo, o prisioneiro se levantou e pegou uma faca e esfaqueou a sua esposa nas costas, resultando na sua morte pouco depois. Um policial que foi chamado ao local afirmou que cerca de meia hora antes da ocorrência, ouviu brigas na casa, e teve que dispersar a multidão que tinha ido ao local por curiosidade. O prisioneiro justificou-se, e afirmou que sua mulher continuava incomodando-o quando ele se queixou de que as botas do menino tinham sido penhoradas por ela para poder comprar bebidas alcoólicas. Ele teve assim uma boa razão para se embebedar, e sua esposa, segundo se recorda correu na direcção dele, e que de nada mais se lembrava. O júri retornou um veredicto de homicídio culposo, o juiz condenou-o a doze anos de trabalhos forçados. (The Times, segunda-feira 24 Novembro, 1902, p. 11)"
O juiz, neste caso foi o juiz Bigham, que viria depois a presidir o Inquérito ao naufrágio do Titanic junto com Lord Mersey, Presidente do Tribunal e Comissário de Naufrágios.
Podemos considerar que William Mintram teve muita sorte. Hoje em dia alguém que esfaqueou uma pessoa indefesa nas costas, ocasionando a sua morte, na maioria das vezes é considerado culpado de assassinato, não importa o motivo da provocação. Nem é o alcoolismo qualquer forma de defesa em tribunal. Mas é considerável evidência empírica que os júris eram muitas vezes relutantes ao condenar alguém por homicídio, quando este acto era consideram como uma ofensa capital, com uma pena de morte obrigatória nessa época por enforcamento.
Para William Mintram, ser condenado por homicídio teria significado ter entregue seus cinco filhos que iriam crescer como orfãos e uma sentença de prisão perpétua. Contudo, condenado por homicídio, ele cumpriu apenas três anos de prisão.
A filha mais velha Rosina, que foi nomeada, depois que sua mãe morreu, como cabeça da família, viria a casar com um fogueiro, também ele iria servir no Titanic. Casou com Walter Hurst em Southampton, em 1907. Rosina tinha 20 anos, era pouco mais velha que sua mãe quando esta se casou. William Mintram, já dois anos depois de ter saído da prisão, deu o seu discurso tradicional como pai da noiva. Alguns anos mais tarde, William Mintram Jr, que em 1902 tinha sido a única testemunha entre os filhos do assassinato abrupto de sua mãe, emigrou para o Canadá. A ele logo se juntaram os seus irmãos. Em 1912, entretanto, William Mintram encontrava-se a viver na casa ao lado de sua filha Rosina. Mintram e o seu genro Hursts viveram nos números 15 e 13 da Chapel Road, respectivamente. A White Star estava apenas a poucos metros de distância - o que fez com que os dois homens trabalhassem para a White Star Line, como também Charles Hurst, o pai do marido de Rosina Walter (Wally). Todos os três homens estavam no Titanic juntos. Não há nenhuma ocorrência registada sobre William Mintram, naquela noite fatídica Abril. Mas Walter Hurst disse que seu pai Charles, que estava na casa das caldeiras, jogou um pedaço de gelo sobre sua cama e disse: "Acorda, Wally, nós batemos num iceberg." Wally foi o único do trio a voltar. Ele saltou para o mar "cerca de cinco minutos antes do Titanic afundar." Ele foi puxado para um barco salva-vidas. Em Southampton, a notícia surgiu lentamente. The Daily Sketch mostrou uma fotografia de Rosina Hurst, outrora Mintram, de pé na porta de sua casa a nº 13 de Chapel Road. A legenda da foto explica que Rosina encontra-se a ler sobre a notíca da sobrevivência de seu marido - mas também da morte de seu pai e seu sogro. A casa permaneceu vazia, não existia mais o avô Mintram que adorava ver o bebê George nos braços de Rosina. Mas Rosina teve pelo menos o seu marido de volta a casa.
Quando Mintram entrava na prisão em 1902, um outro assassino que também seguiria a bordo do Titanic, estava prestes a sair... é dele que falaremos no próximo post.

sexta-feira, março 12, 2010

SÁTIRA AO TITANIC EM PUBLICIDADE DE TV

Sátira humorística ao Titanic, das páginas amarelas. Além daquele apresentado no dvd especial de 2005, este bem que poderia ser um fim alternativo ao filme de Cameron.

sexta-feira, março 05, 2010

ONDA GIGANTE EMBATE EM NAVIO E MATA 2 PESSOAS
Notícia retirada online do Diário de Noticias
Ondas com mais de oito metros que se abateram sobre o navio 'Louis Majesty' são raras no mar Mediterrâneo.
Surgiram do nada, abateram-se sem aviso sobre a proa do navio de cruzeiro Louis Majesty, quando este se encontrava ao largo da Catalunha, no Mediterrâneo, e semearam destruição: dois passageiros morreram e 14 ficaram feridos, dois deles em estado grave. Foi na tarde de quarta-feira. Três ondas sucessivas, com mais de oito metros de altura, rebentaram os vidros da zona do salão, junto à proa do navio.
O acidente foi inesperado, como inesperados são estes fenómenos. Sobretudo no Mediterrâneo, onde este tipo de ondas gigantes são raras, como confirmou ao DN o geólogo Jorge Dinis, da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Universidade de Coimbra.
"No Atlântico, há vários casos descritos. Nos últimos 15 anos houve registos de ondas de oito e nove metros em mar aberto e calmo. Mas no Mediterrâneo é mais invulgar", adiantou Jorge Dinis. E não é fácil explicar o que está na origem destes fenómenos.
O que gera as ondas à superfície do oceano é o vento. Essas ondas podem viajar quilómetros e se ocorrer uma soma das suas energias, quando se cruzam, podem gerar-se então ondas gigantes. Isto acontece no Atlântico com regularidade. E em épocas de temporal é ainda mais provável.
No Mediterrâneo, é outra história. Este é um mar fechado e muito recortado. Pode estar precisamente nesta última circunstância a explicação para as ondas que na última quarta-feira quase varreram o navio Louis Majesty.
Este recorte pode alterar a direcção das ondas. "Se elas tiverem um comprimento semelhante e uma energia idêntica, podem sofrer um reforço", tornando-se subitamente maiores, segundo explicou o especialista de Coimbra. Ou gigantes, como aconteceu neste caso.
Ao contrário do que acontece com o fenómeno dos tsunamis, que são causados por uma alteração do fundo marinho, em geral associada a um sismo que altera a sua configuração, estas ondas gigantes não decorrem de mudanças no fundo do mar.
A aleatoriedade associada às ondas acaba por tornar estes fenómenos imprevisíveis. A única possibilidade de conhecer antecipadamente a sua ocorrência poderia ser através de um sistema de alerta, com bóias à superfície, idêntico ao utilizado no Pacífico, Índico e Caraíbas para os tsunamis.
No entanto, sendo as ondas, como as que se abateram sobre o navio Louis Majesty, um fenómeno solitário, um sistema deste tipo, que não faz um registo em contínuo, mas a intervalos temporais certos, "poderia perder uma onda deste tipo", como explicou ao DN o oceanógrafo Joaquim Dias, do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
De qualquer forma, um sistema desse tipo não está ainda em operação no mar Mediterrâneo.