sábado, setembro 03, 2005

JOHN (JACK) BORLAND THAYER JR.
Um dos testemunhos para mim mais marcantes do Titanic é o de Jack Thayer, passageiro de primeira classe, de apenas 17 anos. Foi este Jack que serviu de inspiração a James Cameron para o papel interpretado por Leonardo DiCaprio na realização do épico do cinema. Jack Thayer vinha de regresso da Europa junto com o seus pais, era filho do presidente das companhia ferroviária da Pensilvannia. O primeiro dia de viagem passou-o no seu camarote contíguo ao dos pais, mas os restantes dias desfrutou-os da melhor forma, visitou a ponte, participou dos jantares de gala de primeira classe onde conheceu algumas das pessoas mais ricas e famosas do mundo. Num café depois de jantar, fez um amigo, Milton Long de 29 anos, que o iria acompanhar pelo resto da noite. Jack estava no seu camarote no momento da colisão, pouco se apercebeu, só instantes depois é que começou a ouvir alguma agitação nos corredores e resolveu saber o que acontecia, viu que era sério. Quando os botes começaram a ser descidos, Jack perdeu os pais de vista no meio da confusão. Ficou apenas com o amigo Milton no convés do Titanic à espera que viesse a tal ajuda que se ouvia falar, julgava que os pais estavam já num bote, uma vez que não os encontrava. Quando Jack e Milton perceberam que essa ajuda não vinha a tempo resolveram que teriam de fazer algo para se salvarem. Viram as pessoas que saltavam para a água e gritavam desesperadas. Jack e Milton passaram para o lado de fora da amurada. Não se despediram, nem trocaram mensagens que um ou outro pudesse dar se sobrevivesse pois pensavam que isso não iria acontecer – “Vens, não é?” – Perguntou Milton, ao que Jack respondeu : - “Vai andando, vou já ter contigo.” – Milton saltou, Jack nunca mais o voltou a ver. Jack conseguiu chegar a um bote e salvar-se. No navio Carpathia, Jack reencontrou a sua mãe que lhe perguntou prontamente pelo pai. Foi então que compreendeu que o seu pai não estava num bote como ele julgava antes. Aqui ficam umas palavras escritas por Jack Thayer em reflexão ao Titanic.
“Havia paz e o Mundo ganhava um novo sentido. Nada fazia prever de manhã o que se iria passar durante a noite. Parece-me que o desastre estava eminente, e não foi só o acontecimento que fez o mundo esfregar os olhos e acordar, mas também acordar para sempre e manter-se a um ritmo acelerado desde então… Cada vez menos paz, cada vez menos alegria e felicidade.
Para mim, o Mundo de hoje acordou a 15 de Abril de 1912.”
Jack Thayer, sobrevivente do Titanic.

7 comentários:

Anónimo disse...

Olá, tudo beleza? Não conhecia a história desse rapaz, muito interessante e triste. Afinal perdeu o pai e o amigo de uma só vez. Pena que o Mundo não acordou antes desse desastre, foi necessário acontecer para se perceber o quando somos frágeis diante da Mãe Natureza. PARABÉNS a todos do TITANICFANS em especial ao Mário que fez o post de Hoje. Muito Show.

Anónimo disse...

oii
voltei
minha irma numd eixava eu mexe ak nesse fotolog
flws manuu
passa la nu meu

Anónimo disse...

"Para mim, o Mundo de hoje acordou a 15 de Abril de 1912"

fogo... esta frase..tocou-me a falar a serio =/ enfim o titanic foi sem duvida o acontecimento mais marcante de todos os tempos.. agora nao é tao falado..tambem por ja terem passado uns bons anos..mas acredito na altura do naufragio.. ninguem esqueceu tao facilemente aquilo que aconteceu.. enfim..

titanic4ever ******** beijos marinho! amanha vou-te fazer uma visita hehe porta-te bem! :)

ass: iNeS_Ld74 @ www.photoblog.be/titanic_1912

Anónimo disse...

ele tinha uma teoria sobre a quebra do titanic em que a proa EMERGE da agua e logo depois, volta.
estranho nao?

Mário Monteiro disse...

sim, ele tinha uma teoria desse tipo, até fez desenhos a bordo do Carpathia, mas hoje acredita-se que aquilo que Jack Thayer terá visto foi as grades da cúpula de vidro que se tinha quebrado e ficaram a flutuar e ele confundiu com as balaustradas da proa do Titanic. Algo muito semelhante aconteceu nas gravações do filme de Cameron enquanto filmavam a cena da cúpula.

Anónimo disse...

fui num negocio do titanic q teve aki em POA e ganhei o passaporte da Sra. Marian Logstreth Morris, mãe do Jack!

Mário Monteiro disse...

o que me deixa mais contente é saber que depois da exposição você teve o cuidado de pesquisar mais sobre esses passageiros, parabéns!