sexta-feira, fevereiro 07, 2025

RICHARD NORRIS WILLIAMS II

RICHARD NORRIS WILLIAMS II

Richard Norris Williams II, nasceu em Genebra, Suíça, no dia 29 de janeiro de 1891. Viajava para a América para participar de um torneio de tênis e depois ingressar na Universidade de Harvard. Dick Williams embarcou em Cherbourg, como passageiro de Primeira Classe com o bilhete número PC 17597. Dick Williams viajava com o seu pai, o advogado Charles Duane Williams. Sobre o pai de Dick Williams falaremos no próximo post. Minutos após o choque com o iceberg, no convés C, pai e filho notam que um camareiro não consegue abrir a porta da cabine ao lado, Dick Williams derruba a porta a pontapés e é repreendido pelo camareiro que diz que os estragos serão de responsabilidades dele e que o mesmo deverá pagar pelo conserto. Por volta da meia-noite, Dick Williams e seu pai tentam acessar o bar, procurando uma bebida para aquecê-los, mas são barrados por um tripulante por causa do horário. Charles entrega então ao filho um frasco vazio de bebida que sempre carregava consigo. Hoje, este frasco pertence ao neto Quincy II. Os dois homens vaguearam pelos decks do navio. Foram até ao deck A verificar as anotações do funcionamento do navio que era afixado diariamente. No deck dos botes puderam ver os botes salva-vidas à distância. Por causa do frio intenso resolveram ficar no ginásio onde se sentaram nas bicicletas fixas e ficaram conversando com o instrutor McCawley. Poucos minutos antes do navio desaparecer para sempre, ambos saltaram para o mar. Dick Williams foi surpreendido ao encontrar-se frente a frente com o bulldog premiado Gamon de Pycombe, de propriedade de Robert W. Daniel, passageiro da primeira classe. Infelizmente Dick Williams vê o seu pai sendo esmagado por uma das chaminés e por pouco não é atingido também. Ironicamente a queda da chaminé provoca uma onda que o arremessa para longe, onde ele consegue ver o dobrável A. Trecho de uma carta de Richard Williams ao Coronel Gracie: Não permaneci durante muito tempo debaixo d'água e, tão logo pude vir à tona, despi o meu sobretudo de pele. Também tirei os sapatos. Nadando uns 20m, vi algo flutuando. Era um dos botes dobráveis. Pendurei-me na borda e pude alçar-me, sentando-me. A água me cobria até acima da cintura. No todo, éramos umas 30 pessoas ali. Após o resgate pelo Carpathia, Dick Williams é informado pelos médicos que suas pernas são consideradas mortas, devido à excessiva imersão na água gelada, e é recomendada a amputação. Ele se opõe a tal decisão. Dick Williams exercitou-se diariamente e eventualmente oseus pés recuperaram com o passar o tempo. Dick Williams continuou a sua carreira de tenista e entrou para a Universidade de Harvard. Entre 1913 a 1926 foi membro da United States Davis Cup Team. Apesar de seu calvário traumático e do ferimento em seus pés, ele ganhou vários prêmios:

Campeonato Norte-Americano Individual de Tênis em 1914 e 1916.

Torneio de Wimbledon – Duplas em 1920.

Medalha de Ouro nas Olimpíadas de Paris – Duplas Mistas em 1924.

Open dos Estados Unidos – Duplas em 1925 e 1926.

Dick Williams alistou-se em 1917, após os Estados Unidos declararem guerra à Alemanha. Serve na França com tamanha bravura que o governo francês o condecora com a “Croix de Guerra” e lhe outorga o título de “Chevalier de La Légion d’Honneur”. Em uma vida cheia de aventuras Dick Williams ainda transforma-se num banqueiro de investimento bem sucedido na Philadelphia e foi por 22 anos o presidente da Historical Society of Pennsylvania. Morreu de enfisema em 2 de junho de 1968, aos 77 anos. O seu corpo foi enterrado em St. David's Churchyard, Devon, Pennsylvania.