ONDA GIGANTE EMBATE EM NAVIO E MATA 2 PESSOAS
Notícia retirada online do Diário de Noticias
Ondas com mais de oito metros que se abateram sobre o navio 'Louis Majesty' são raras no mar Mediterrâneo.
Surgiram do nada, abateram-se sem aviso sobre a proa do navio de cruzeiro Louis Majesty, quando este se encontrava ao largo da Catalunha, no Mediterrâneo, e semearam destruição: dois passageiros morreram e 14 ficaram feridos, dois deles em estado grave. Foi na tarde de quarta-feira. Três ondas sucessivas, com mais de oito metros de altura, rebentaram os vidros da zona do salão, junto à proa do navio.
O acidente foi inesperado, como inesperados são estes fenómenos. Sobretudo no Mediterrâneo, onde este tipo de ondas gigantes são raras, como confirmou ao DN o geólogo Jorge Dinis, da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Universidade de Coimbra.
"No Atlântico, há vários casos descritos. Nos últimos 15 anos houve registos de ondas de oito e nove metros em mar aberto e calmo. Mas no Mediterrâneo é mais invulgar", adiantou Jorge Dinis. E não é fácil explicar o que está na origem destes fenómenos.
O que gera as ondas à superfície do oceano é o vento. Essas ondas podem viajar quilómetros e se ocorrer uma soma das suas energias, quando se cruzam, podem gerar-se então ondas gigantes. Isto acontece no Atlântico com regularidade. E em épocas de temporal é ainda mais provável.
No Mediterrâneo, é outra história. Este é um mar fechado e muito recortado. Pode estar precisamente nesta última circunstância a explicação para as ondas que na última quarta-feira quase varreram o navio Louis Majesty.
Este recorte pode alterar a direcção das ondas. "Se elas tiverem um comprimento semelhante e uma energia idêntica, podem sofrer um reforço", tornando-se subitamente maiores, segundo explicou o especialista de Coimbra. Ou gigantes, como aconteceu neste caso.
Ao contrário do que acontece com o fenómeno dos tsunamis, que são causados por uma alteração do fundo marinho, em geral associada a um sismo que altera a sua configuração, estas ondas gigantes não decorrem de mudanças no fundo do mar.
A aleatoriedade associada às ondas acaba por tornar estes fenómenos imprevisíveis. A única possibilidade de conhecer antecipadamente a sua ocorrência poderia ser através de um sistema de alerta, com bóias à superfície, idêntico ao utilizado no Pacífico, Índico e Caraíbas para os tsunamis.
No entanto, sendo as ondas, como as que se abateram sobre o navio Louis Majesty, um fenómeno solitário, um sistema deste tipo, que não faz um registo em contínuo, mas a intervalos temporais certos, "poderia perder uma onda deste tipo", como explicou ao DN o oceanógrafo Joaquim Dias, do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
De qualquer forma, um sistema desse tipo não está ainda em operação no mar Mediterrâneo.
Surgiram do nada, abateram-se sem aviso sobre a proa do navio de cruzeiro Louis Majesty, quando este se encontrava ao largo da Catalunha, no Mediterrâneo, e semearam destruição: dois passageiros morreram e 14 ficaram feridos, dois deles em estado grave. Foi na tarde de quarta-feira. Três ondas sucessivas, com mais de oito metros de altura, rebentaram os vidros da zona do salão, junto à proa do navio.
O acidente foi inesperado, como inesperados são estes fenómenos. Sobretudo no Mediterrâneo, onde este tipo de ondas gigantes são raras, como confirmou ao DN o geólogo Jorge Dinis, da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Universidade de Coimbra.
"No Atlântico, há vários casos descritos. Nos últimos 15 anos houve registos de ondas de oito e nove metros em mar aberto e calmo. Mas no Mediterrâneo é mais invulgar", adiantou Jorge Dinis. E não é fácil explicar o que está na origem destes fenómenos.
O que gera as ondas à superfície do oceano é o vento. Essas ondas podem viajar quilómetros e se ocorrer uma soma das suas energias, quando se cruzam, podem gerar-se então ondas gigantes. Isto acontece no Atlântico com regularidade. E em épocas de temporal é ainda mais provável.
No Mediterrâneo, é outra história. Este é um mar fechado e muito recortado. Pode estar precisamente nesta última circunstância a explicação para as ondas que na última quarta-feira quase varreram o navio Louis Majesty.
Este recorte pode alterar a direcção das ondas. "Se elas tiverem um comprimento semelhante e uma energia idêntica, podem sofrer um reforço", tornando-se subitamente maiores, segundo explicou o especialista de Coimbra. Ou gigantes, como aconteceu neste caso.
Ao contrário do que acontece com o fenómeno dos tsunamis, que são causados por uma alteração do fundo marinho, em geral associada a um sismo que altera a sua configuração, estas ondas gigantes não decorrem de mudanças no fundo do mar.
A aleatoriedade associada às ondas acaba por tornar estes fenómenos imprevisíveis. A única possibilidade de conhecer antecipadamente a sua ocorrência poderia ser através de um sistema de alerta, com bóias à superfície, idêntico ao utilizado no Pacífico, Índico e Caraíbas para os tsunamis.
No entanto, sendo as ondas, como as que se abateram sobre o navio Louis Majesty, um fenómeno solitário, um sistema deste tipo, que não faz um registo em contínuo, mas a intervalos temporais certos, "poderia perder uma onda deste tipo", como explicou ao DN o oceanógrafo Joaquim Dias, do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
De qualquer forma, um sistema desse tipo não está ainda em operação no mar Mediterrâneo.
Quando fiquei sabendo deste incidente, na mesma hora ocorreu o fato do filme ficção POSEIDON.
ResponderEliminarSerá que em um futuro próximos ocorrerá uma calamidade desta magnitude?
E eu quando lí sobre o acidente lembrei-me na verdade do filme 2012... pois neste filme em uma das cenas aparece um navio que colide com o porto...
ResponderEliminarInfelizmente houve vítimas com este navio...