domingo, julho 25, 2010

ACIDENTE OU SABOTAGEM? PARTE I
O Titanic não afundou! Isto seria o que se esperaria ouvir na época horas depois da tragédia. Alguns acreditam que a causa do naufrágio está relacionada com a maldição da múmia egípcia a bordo no momento, quando, na realidade, não existia qualquer múmia, mas sim os primeiros cinco compartimentos do navio que estavam a ficar completamente inundados (um compartimento a mais do que o Titanic fora projectado para sobreviver). Segundo as investigações oficiais realizadas com base no naufrágio, a tragédia foi um terrível acidente agravado pela suposta incompetência de certas figuras-chaves implicadas. Nos anos seguintes, surgiram várias teorias controversas questionando o grau em que a catástrofe poderia ter sido considerada um acidente, levando os analistas crerem numa possivel sabotagem. A história começa anos antes, na época ainda da construção dos três navios nos estaleiros da Harland & Wolff em Belfast, o Olympic, o Titanic e o Gigantic (mais tarde chamado Britannic). Em 1910, quatro meses depois da sua viagem inaugural, o transatlântico Olympic sofreu sérios danos ao colidir com um cruzador de guerra, o HMS Hawke. O Olympic teve de regressar a Belfast para vários reparos. A White Star Line moveu uma acção por danos, mas perdeu e teve que pagar os reparos que adicionaram um total de 250 mil libras esterlinas ao custo original do navio de 1,5 milhões. Depois, em 24 de Fevereiro de 1912, o Olympic atingiu um barco e perdeu uma hélice. O Olympic foi levado para o estaleiro de Belfast, onde estava a ser terminado o Titanic, para uma reparação urgente. A hélice destinada ao Titanic foi assim imediatamente transferida para o Olympic. O violento choque causou graves danos internos ao navio, o que teria resultado em graves prejuízos financeiros à empresa, ou mesmo levar à falência da White Star Line. Numa jogada ousada, foi tomada uma decisão de accionar o seguro do navio por naufrágio! Primeiro todos os itens que teriam o nome Titanic, como botes salva-vidas, etc, foram assim transferidos para o Olympic e vice-versa, isso significaria que pelo menos um dos navios em operação poderia recuperar o prejuízo do seu irmão. A segunda fase do golpe do seguro seria de que, enquanto o problemático Olympic agora "Titanic" estivesse na sua suposta viagem inaugural, teria de afundar. Esta opção foi praticamente assegurada, pois quando os engenheiros completaram o teste de velocidade, verificou-se que o casco não poderia seguir a alta velocidade durante um período prolongado de tempo, o Olympic original teve dois dias de provas de velocidade antes da sua viagem inaugural, enquanto que agora o suposto Titanic apenas precisaria de um dia de provas de mar. Além da transferência de itens, outros pontos eram necessários para marcar a diferença e afastar a suspeita. Era necessário distinguir os dois navios, para isso, em última hora, foram alteradas as janelas do convés A. Esta modificação era supostamente necessária para impedir que os passageiros da primeira classe se molhassem ao sair para tomar ar. Era insólito que uma modificação tão importante como essa fosse ordenada com tanta precipitação, especialmente sem esperar passar as provas de mar. Uma vez instalados, esses vidros panorâmicos eram para um leigo uma forma segura de distinguir as duas embarcações, ou pelo menos uma forma certa de fazer com que o público em geral achasse que podia distinguir os dois navios. O danificado Olympic, fazendo-se passar pelo aclamado Titanic, poderia então ser afundado oportunamente no mar em alguma posição predeterminada para causar uma perda mínima de vidas. A White Star Line poderia reclamar o seguro do Titanic, que não tinha qualquer pedido prévio de indemnização, enquanto o autêntico e imaculado Titanic poderia entrar em serviço sem problemas como Olympic. O ponto que atraiu mais a atenção dos que procuravam a "verdade" sobre o naufrágio foi o elevado numero de cancelamentos feitos para a viagem inaugural do Titanic. Apesar da demanda de lugares, umas 55 pessoas cancelaram os seus bilhetes na última hora. O mais notável desses cancelamentos foi o de J. P. Morgam, presidente da IMM da qual fazia parte a White Star Line, e um dos homens mais ricos dos Estados Unidos. O casal a quem foi então destinada a suíte de Morgan no Titanic decidiu viajar no Lusitânia, sendo então finalmente ocupada por J. Bruce Ismay, director executivo da White Star, que sobreviveu à viagem num bote salva-vidas, quando este estava a ser arriado. Outro ponto curioso foi que a carga que estava destinada a ser levada no Californian foi transferida para outro navio cargueiro, de modo que o Californian poderia partir um dia mais cedo do que o programado, com o seu compartimento de carga vazio. Estes foram os preparativos iniciais para garantir que o primeiro navio a atender o naufrágio do Titanic teria cobertores suficientes a bordo para todos, o Californian deixou o cais carregando 3.500 cobertores de lã e uma quantidade substancial de material médico e tinham ordens para ficar alertas em alto mar. Então, o que falhou? Por que tantas pessoas morreram? Uma das teorias para acidente, foram as constantes "falhas" que os construtores dispensaram. O mais conhecido foi o facto de que numa embarcação que poderia levar mais de 2200 passageiros somente havia botes salva-vidas para 1178 pessoas. Além disso, os vigias não tinham acesso a equipamentos como binóculos mesmo depois do Titanic abandonar Southampton, apesar dos crescentes avisos de gelo. A maior parte das criticas foram dirigidas ao capitão Smith, que aumentou a velocidade do navio sabendo que havia perigo de gelo (icebergs) na área. De acordo com a estimativa, foram 5 avisos. A esta velocidade o Californian ou qualquer um dos outros navios nos arredores não conseguiria chegar até ao Olympic a tempo de salvar qualquer um dos passageiros. Quando atingiu o iceberg a grande velocidade, a 22,5 nós, perto de sua velocidade máxima estimada, a ruptura do casco, fez com que a água inundasse os cinco primeiros compartimentos, afundando-se mais rápido do que o esperado. Como foi confirmado na investigação que se seguiu, o Titanic poderia permanecer a flutuar com até 4 dos 16 compartimentos estanques inundados, separados do casco por grossas anteparas divisórias. Praticamente a única forma de provocar uma calamidade era, o navio golpear um objecto sólido durante a sua viagem - como um iceberg - de modo a perfurar vários compartimentos de uma só vez. Devido a essa conduta imprudente, parece quase normal insinuar que a destruição do Titanic fora planeada pelos seus proprietários. (Podemos ver este tipo de causa no filme Deep Rising - Tentáculos - onde o transatlântico Argonáutica fora criado para ser destruído e o dono ganhar o dinheiro do seguro que superava o saldo de viajantes e a construção total do barco.) Inclusive numa época em que os acidentes marítimos eram frequentes, não haveria inquérito proposital de um acidente. Aqueles que negam esta teoria afirmam que, quando na década de 80 foram encontrados os destroços, a equipa que os descobriu raspou a ferrugem da placa e revelou o nome Titanic, mas não foi recuperado nenhum objecto do fundo com o nome Titanic, também foi impossível encontrar a suposta fenda no costado do navio, porque essa área encontra-se muito enterrada, mas foi encontrada uma abertura perto da proa do navio. Outro pormenor que reclamam, é que tanto a hélice de bombordo como o indicador de direção do timão mostravam claramente o numero 401, que é o número do casco do Titanic (o do Olympic era o 400). Contudo, esquecem-se que na época do acidente do Olympic, que o obrigou a seguir para Belfast para os reparos, a hélice destinada ao Titanic (401) foi transferida para o Olympic! Além disso, todos os registos da White Star Line desapareceram. Finalmente, J. P. Morgan, que alegou problemas de saúde para não viajar no Titanic, foi localizado pouco depois na cidade de Aix-les-Bains, com aparência muito saudável. Além disso, depois da tragédia descobriu-se que Morgan não só cancelou a viagem, mas também que grande parte da sua colecção de arte, que deveria ser transportada da Europa para os Estados Unidos, também não embarcou. Naquele momento, o motivo alegado para tal facto foi que houve "atrasos de última hora na embalagem" das peças. Com o Titanic afundado a White Star Line poderia assim reclamar o dinheiro da companhia de seguros e garantir a sua sobrevivência, e o Olympic (o Titanic verdadeiro) poderia continuar a navegar pelos sete mares. O Titanic ficou assim a navegar por mais 25 anos após o incidente com o nome de Olympic. Somente algumas poucas coisas são totalmente certas: a perda do RMS Titanic foi uma trágica calamidade que poderia ter sido evitada. O facto de que o Titanic considerado como inafundável, naufragasse logo na sua viagem inaugural parece uma coincidência quase grande demais para ser verdadeira; basta apenas esse facto para gerar várias suspeitas de uma conspiração. Existem outros factores que levaram ao acidente do Titanic, o incêndio no depósito de carvão da casa das máquinas, que danificou o casco, o raspão do iceberg e um barco misterioso que estaria na área e não socorreu nenhum passageiro.

5 comentários:

Ana Rita Correia disse...

Há muitos anos que me interesso pelo RMS Titanic e que pesquiso sobre a sua história, mas nunca tinha ouvido falar desta teoria. Muito interessante... Mas custa-me a crer que seja verdadeira. Obrigado por partilhares****

Mário Monteiro disse...

Olá Ana obrigado pela visita. Realmente não passam de teorias, também não acredito nesta hipótese, mas são estas coisas que alimentam a lenda! abraço.

Alencar Silva disse...

Essas teorias só servem mesmo para alimentar a imaginação de cada um. O pior que em alguns casos, as coisas são tão certinhas e acabam virando uma realidade, uma falsa realidade.
Excelente matéria, parabéns...

JPVeiga - Variz da Meiga e Mariz Conzê disse...

Muito interessante essa teoria. Gostaria muito de saber a sua opinião e tb se a teoria dos torpedos tem alguma base.
Abraços,
JP

Mário Monteiro disse...

Assim como a teoria dos jesuítas, esta teoria e a dos torpedos creio que nada mais foram senão um pretexto numa época para venda, assim como também foi o caso da múmia a bordo que aqui publiquei há uns tempos.