quinta-feira, dezembro 24, 2009

JONES E A CONDESSA DE ROTHES
Nesta época é inevitável recordar-me uma história registada no livro de Walter Lord, A Tragédia do Titanic. Thomas Jones e a Condessa de Rothes... O que à partida poderia haver em comum entre uma senhora da mais alta sociedade, passageira de primeira-classe e um mero marinheiro das classes mais baixas na sua época? Jones era marinheiro de convés, tinha 32 anos, o capitão ordenou que ele ficasse com o bote 8, ele presenceou as mulheres se recusando a embarcar, inclusive a Sra e o Sr Strauss. O bote 8 foi descido com ele, três criados de bordo e cerca de 35 mulheres, entre essas mulheres estava a Condessa de Rothes e a sua prima Gladys Cherry, Mary Young, Mrs. F. Joel Swift e outras que remavam na água escura do oceano. Mrs. William R. Bucknell verificou com orgulho que, enquanto remava perto da condessa de Rothes, um pouco mais adiante, a sua criada remava junto da criada da condessa. A condessa manobrava o leme. Mais tarde, o marinheiro Jones, responsável pelo barco, explicou ao jornal "The Sphere" a razão que o levara a encarregá-la daquela tarefa: "No meu barco havia uma mulher notável; quando vi a forma como se comportava e ouvi a forma enérgica a calma como falava às outras, compreendi que ela valia mais do que qualquer dos homens que tínhamos a bordo".
À Comissão de Inquérito americana, talvez por lhe faltar a ajuda da impressa, Jones descreveu a situação em frases menos elegantes:
Senador: "Pode indicar-me os nomes de alguns passageiros no seu bote?"
Jones: "Uma senhora... Ela estava sempre a dar opiniões, de modo que a pus a conduzir o barco".
Senador: "Qual era o seu nome?"
Jones: "Lady Rothes, ela era Condessa ou qualquer coisa do genero."
Apesar disso, não havia dúvidas do que ele pensava acerca dela. Após o afundamento, ambos queriam voltar atrás para resgatar alguém com vida, mas as restantes mulheres se recusaram a fazê-lo. Jones sentiu grande admiração pelo pulso firme com que a Condessa reagiu à situação, incentivando as outras mulheres a remar. De tal forma que um tempo depois ele retirou o númeral "8" do bote salva-vidas e ofereceu-o à Condessa numa moldura como prova de admiração, ela e sua prima por sua vez todos os natais lhe escreveram uma carta. Uma dessas tornou-se conhecida, foi escrita pela prima da condessa no Great Northern Hotel, New York:
"Sinto que devo escrever e dizer-lhe como assumiu de forma explendida o comando do nosso barco naquela fatídica noite. Havia somente quatro pessoas inglesas, a minha prima Lady Rothes, a sua empregada, você e eu, e eu acho que você foi maravilhoso. O que eu terrivelmente lamentarei, e eu sei que você partilha da mesma opinião que eu, é que deveríamos ter voltado atrás para ver quem poderiamos salvar, mas se você se lembrar, havia apenas uma senhora americana, a minha prima, eu e você que queriamos retornar. Eu não conseguia ouvir a discussão de forma muito clara, porque eu estava no leme, mas todos a minha frente e os três homens se recusaram, mas vou sempre lembrar-me das suas palavras: "Senhores, se qualquer um de nós sobreviver, lembre-se, eu queria voltar. Preferia afogar-me com eles do que deixá-los." Você fez tudo que podia, e sendo meu conterrâneo, eu queria dizer-lhe isso.
Sinceramente, Gladys Cherry."
Se o Titanic partiu de Southampton separando classes, após o seu naufrágio ele as uniu.

sábado, dezembro 19, 2009

TITANIC EM DUBLIN
Lisboa passou a "tocha olimpica" do "Titanic The Artefact Exhibition" para Dublin que arranca hoje nesta cidade e vai permanecer até dia 19 de Junho de 2010. Depois de quase cem anos, finalmente o espírito deste grande navio volta a Irlanda. Titanic The Artefact Exhibition que já foi vista por cerca de 22 milhões de pessoas em todo o mundo, chega ao Citywest Event Centre, Dublin hoje! As histórias humanas e convincentes daqueles que morreram e dos que sobreviveram são recontadas através de espaços recriados de forma idêntica aos a bordo do navio, e usando mais de 300 artefactos autênticos recuperados do local do naufrágio do Titanic. Tal como em Lisboa, um chapéu, óculos de um passageiro, o sino do Titanic, uma janela do deque dos oficiais, a loiça de todas as três classes, uma base de telégrafo, os perfumes de Saalfeld e um pedaço do casco do Titanic... estes e muitos outros objetos vão estar presentes e oferecem conexões emocionais para as vidas que terminaram abruptamente ou foram alteradas para sempre. Do mesmo modo que em Lisboa, os visitantes receberão uma réplica de um bilhete de um passageiro do Titanic antes de embarcarem numa viagem cronológica através da construção do navio, para a vida a bordo, até o naufrágio malfadado, e por fim, os esforços de resgate do navio. Pelo meio passarão por ambientes recriados da primeira e terceira classe, pelo porão de carga do navio e a sala das máquinas, poderão tocar também com as palmas das mãos num iceberg real, e conhecer algumas das inúmeras histórias de heroísmo e humanidade de passageiros e tripulantes. Uma galeria será dedicada à Irlanda a sua ligação local ao navio e como o país reagiu à tragédia, assim como também havia em Lisboa na parte final da exposição. Nessa galeria final, os visitantes podem procurar junto com o seu cartão de embarque o seu nome como passageiro na parede memorial e saber se eles mesmos e os seus companheiros de viagem e também passageiros sobreviveram ou morreram. Titanic: The Artefact Exhibition está em Dublin de 19 de Dezembro a 19 Junho de 2010 e está aberto das 10h às 20h, de segunda a domingo. Se acontecer como em Lisboa em que a adesão foi grande, a exposição poderá prolongar-se por mais tempo que o previsto. Os bilhetes estarão um pouco mais caros que em Lisboa, ao preço de 18€ para adultos, 14€ para estudantes e idosos, e 12€ para as crianças, os bilhetes estão disponíveis no site www.titanicdublin.com ou na Ticketmaster.

domingo, dezembro 13, 2009

RESULTADOS DA EXPOSIÇÃO TITANIC LISBOA
Inaugurada em Maio, em Lisboa, a exposição “Titanic”, que deu a conhecer o fatídico naufrágio, recebeu 68 mil pessoas, ultrapassando as expectativas da organização. Os visitantes puderam acompanhar e vivenciar a experiência dos passageiros através de objectos reais resgatados do fundo do mar a 3.800 metros de profundidade e de réplicas de camarotes. Entre os visitantes destacam-se as irmãs Ângela, Henriqueta e Maria, netas de José Neto Jardim, um dos portugueses que naufragou a bordo do Titanic. Estas experimentaram as sensações da viagem inaugural ao tocarem no casco do navio, em gelo de um iceberg de oito metros. A exposição “Titanic” já foi visitada por mais de 22 milhões de pessoas em todo o mundo, desde que foi inaugurada em 1991.

terça-feira, dezembro 01, 2009

CAPITÃO EDWARD JOHN SMITH
O Capitão do Titanic, Edward John Smith (27 janeirmo de 1850 – 15 de abril de 1912) nasceu em Hanley, Stoke-on-Trent. Em 12 de julho de 1887, casou-se com Sarah Eleanor, com quem teve sua filha Helen Melville Smith, que nasceu em Waterloo, Lancashire, em 1898. A família vivia em Southampton.
Smith se juntou a White Star Line em março de 1880, como o quarto oficial do navio Celtic. Em 1887, ele recebeu seu primeiro comando White Star, o SS Republic. Em 1888, Smith ganhou seu certificado de mestrado e ingressou na Royal Naval Reserve, que se classificava como um tenente. Isso significava que, em tempos de guerra, Smith poderia ser chamado para servir a Marinha Real.
Em 1895, Smith foi capitão do Majestic, do qual ficou por nove anos. Quando se iniciou a guerra dos Boers em 1899, Smith foi chamado para o transporte de tropas no Majestic para a Colônia do Cabo. Duas viagens foram feitas á África do Sul, sem incidentes. Smith ganhou a Medalha de transportes em 1903, então foi considerado como um capitão “confiável”.
Smith tornou-se o comodoro da White Star Line. Alguns passageiros só embarcariam se o navio fosse comandado por ele. Ele ficou conhecido como o “Capitão dos milionários” por que a classe alta da Inglaterra geralmente eram os únicos que pediam para ele estar no comando dos navios. Depois que ele se tornou comodoro em 1904, virou rotina para Smith comandar os navios mais novos.
Em 1904, foi dado o comando de um dos maiores navios do mundo na época, o Baltic. Sua viagem inaugural de Liverpool a Nova Iorque foi um sucesso. Após três anos comandando o Baltic, Smith foi chamado para comandar outro navio enorme, o Adriatic. A viagem também foi um sucesso. Durante seu comando neste navio, Smith recebeu uma promoção para comandante. Ele passava a assinar seu nome como “Comandante Edward John Smith, RD, RNR”.
Smith foi considerado um dos capitães mais experientes, e por isso foi chamado para assumir o comando do mais novo trio de navios da White Star (e maiores também): O Olympic. A viagem inaugural de Liverpool a Nova Iorque foi um sucesso, e concluída em 21 de Junho de 1911. Mas houve alguns incidentes com o grande Olympic. Em 20 de setembro de 1911, o Olympic teve uma colisão com o HMS Hawke. Embora a colisão houvesse deixado dois compartimentos do Olympic cheios e um de seus eixos de hélice totalmente torcido, ele foi capaz de voltar para Southampton. No inquérito, o Olympic tomou a culpa do incidente, devido a seu gigantesco tamanho, do qual pode ter gerado uma sucção que puxou o HMS Hawke a seu lado.
Este e outros pequenos incidentes com o Olympic foram responsáveis pelo atraso da construção do Titanic, pois algumas peças do Titanic foram utilizadas para reparar danos no Olympic.
O experiente capitão Smith foi nomeado novamente para comandar o maior transatlântico da época: O RMS Titanic. Algumas fontes diziam que, Smith decidiu se aposentar após completar a viagem inaugural do Titanic, um artigo na manhã de Halifax Chronicle em 9 de abril de 1912, afirmava que Smith permaneceria no comando do Titanic até que a empresa (White Star) aposentasse o grande vapor.
10 de abril de 1912. Dia da grande viagem. Smith toma um táxi, vestindo um casaco longo e chapéu para ir até as docas de Southampton. Após sua partida ao meio dia, a grande quantidade de água deslocada causou um imprevisto: uma aproximação exagerada com o SS New York. Por sorte, os funcionários da White Star conseguiram evitar a colisão.
Smith morreu no Titanic e seu corpo nunca foi encontrado. Não se sabe como o Capitão morreu. Fontes afirmam que Smith entrou na ponte alguns minutos antes da quebra.
Uma estátua em sua homenagem foi construída em Beacon Park, Lichfield, na Inglaterra.

sábado, novembro 21, 2009

HÁ 93 ANOS ATRÁS NESTE MESMO DIA
NAUFRAGAVA O IRMÃO DO RMS TITANIC

O Britannic partiu de Southampton num domingo, dia 12 de novembro de 1916. Ele não levava nenhum "passageiro". No dia 17 de novembro de 1916, chegou a Nápoles, para abastecer e partir no sábado, mas uma tempestade feroz atrasou sua partida.
Terça-feira, 21 de novembro de 1916. O Britannic estava navegando pelo Canal de Kea no mar Egeu, em plena Primeira Guerra Mundial. Logo após as 8:00 da manhã, uma tremenda explosão golpeou o Britannic, adernou e começou afundar muito depressa pela proa. O Capitão Bartlett experimentou encalhar o Britannic na Ilha de Kea, mas não teve sucesso. Em 55 minutos, o maior transatlântico da Inglaterra, com apenas 351 dias de vida, afundou. A explosão ocorreu aparentemente entre a 2ª e a 3ª antepara a prova d'água e a antepara 2 e 1 também foram danificadas. Ao mesmo tempo, começou a fazer água na sala de caldeiras 5 e 6. Este era asperamente o mesmo dano que levou seu irmão, o Titanic, a afundar.
Infelizmente 30 pessoas morreram na ocasião. A maioria destas mortes ocorreu quando os hélices emergiram das águas e sugou alguns barcos salva-vidas. Os motores ainda estavam em funcionamento, pois na correria de tentar encalhar o navio, esqueceram de parar os motores.
O Britannic está tombado de lado a apenas 350 pés (107m) de profundidade. Tão raso que a proa bateu no fundo antes dele afundar totalmente, e devido ao imenso peso do navio a proa se retorceu toda. Ele foi descoberto em 1976 em uma Exploração dirigida pelo oceanógrafo Jacques Cousteau.
É fácil distinguir o Britannic de seus irmãos, devido aos gigantescos turcos de barco salva-vidas, e também porque a maioria das fotografias suas mostram ele todo pintado de branco com uma faixa verde pintada no casco de proa a popa, separada apenas por 3 grandes cruzes vermelhas de cada lado, designando-o como um navio hospital. O HMHS Britannic nunca chegou a receber um centavo para transportar um passageiro.
O Britannic é hoje o maior transatlântico naufragado.

domingo, novembro 15, 2009

ISMAY
Joseph Bruce Ismay, o ambicioso diretor da White Star line, foi considerado um covarde no naufrágio do Titanic, por ter se salvado em um dos últimos botes salva-vidas que estava prestes a ser lançado.
História
Ismay nasceu em 12 de dezembro de 1862, na cidade de Crosby, Lancashire. Filho de Thomas Ismay (7 de Janeiro de 1837 23 novembro 1899) e Margaret Bruce (1837 1907). Ele foi educado em Elstree, na França. Ficou como aprendiz no escritório de seu pai por quatro anos, depois foi para Nova York como representante da empresa. Casou-se com Julia Ismay Schieffelin Florença em 4 de dezembro de 1888, com quem teve cinco filhos (um morrera na infância).em 1981, ele retornou para o Reino Unido com sua família e tornou-se sócio da empresa de seu pai. Thomas Ismay morreu em 1899 e Bruce se tornou chefe. Em 1901, foi abordado pro americanos que queriam construir um conglomerado de navegação internacional. Ele concordou e fundiu sua empresa para a Mercante International Company.
The “bad” Ismay
De vez em quando, Ismay acompanhava a viagem inaugural de alguns de seus navios. O Titanic foi um deles. Após a colisão com o Iceberg e sua covarde sobrevivência, Ismay foi mal visto pela sociedade a partir daí, alguns até o chamava de “J. Bruto Ismay”.Apesar de sua baixa reputação, Ismay continuou ativo nas atividades marítimas. Inaugurou um cadete chamado Mersey, que fora usado para treinar funcionários para britânicos da Marinha Mercante. Doou £ 11, 000 para iniciar um fundo perdido. Em 1919, doou 25000 libras para um fundo especialmente criado para reconhecer o contributo dos comerciantes marítimos na 1º guerra mundial.
Covardia?
As ações provocadas por Ismay no desespero do naufrágio do Titanic resultou na revolta do público contra Ismay.Durante as investigações, testemunhas disseram que ouviram Ismay pressionar o Capitão Smith para que acelerasse o navio, para que chegassem à Nova York mais cedo, para impressionar a Imprensa.Apesar disso, as acusações não foram consideradas como provas contra Ismay, pois o testemunho dos sobreviventes fora considerados “pouco fiáveis” ou “invenções”
End of the line
Ismay se aposentou de suas atividades na década de 1920. Sua saúde começou a ficar ruim na década de 1930, após um diagnóstico de diabetes. Sua situação piorou em 1936, quando precisou amputar parte de sua perna direita.J. Bruce Ismay faleceu em 17 de outubro de 1937, de uma trombose cerebral, com 74 anos em Mayfair, Londres.

domingo, novembro 08, 2009

THOMAS ANDREWS

Thomas Andrews foi um chefe de construção naval na Harland and Wolff. Nasceu um 7 de fevereiro de 1873 e morreu em 15 de abril de 1912, no desastre do Titanic. Filho de Thomas Andrews e Eliza Pierre, Andrews começou a estudar na Royal Belfast Academical Institution em 1884. Em 1889, Andrews completava dezesseis anos e começou a trabalhar num dos estaleiros da Harland and Wolff. Em 1901 se transformou em projetista naval. Em 1907 foi apontado como diretor chefe do departamento de construção da Harland and Wolff. Em 24 de julho de 1908, Andrews se casou com Helen Reilly Barbour, e teve sua filha Elizabeth em 1910. Andrews projetou o Titanic, e viajou em sua viagem inaugural para analisar seu desempenho e fazer reparos, se necessário.
Thomas começou a projetar o Olympic para a White Star em 1907, e em 1909 o Titanic, que foi também projetado com Willian Pierre e Alexander Carlisle. Andrews dirigia um grupo de trabalhadores responsáveis por analisar o desempenho dos navios em suas viagens inaugurais. Mas no Titanic, Andrews afundou junto com ele.
Andrews foi considerado um “herói” pela sua persistência em colocar o maior número de passageiros nos botes. Em 1914, foi construído um memorial Thomas Andrews Jr. Memorial Hall” em sua cidade natal. O memorial é mantido pela South Eastern Education Board, e foi esculpido pela artista Sophia Rosamond Praegar. Andrews teria feito inúmeros navios de sucesso, devido à sua competência. Preferiu ser sepultado dentro do Titanic.

domingo, novembro 01, 2009

ESPECIAL EXPOSIÇÃO TITANIC LISBOA


EXPOSIÇÃO TITANIC LISBOA

Este vídeo que também se encontra no site oficial da exposição em Lisboa, tem como fundo a musica The Dive do CD Ocean Voyager - Titanic Expedition de 1997, que servia também como sonoridade da primeira plataforma da exposição. Neste vídeo, temos desde imagens de época do irmão do Titanic, o Olympic, ao capitão do Titanic, bem como fotos do malogrado navio desde a sua construção até à sua partida, imagens da sua descoberta no fundo do oceano e principal destaque vai para a simulação do Discovery Channel do afundamento, esta simulação estava projectada em vários ecrãs na parte final da exposição onde o único som que se podia ouvir era de ferro que se rasgava e um icebergue que podiamos sentir o frio mais adiante. Em baixo ficam algumas imagens da exposição que podem ver maiores se clicarem nelas.

domingo, outubro 25, 2009

CINZAS DE MILLVINA DEAN LANÇADAS NO MAR
As cinzas de Millvina Dean, última sobrevivente do naufrágio do Titanic, foram jogadas hoje ao mar no porto de Southampton (Inglaterra), de onde zarpou o lendário transatlântico antes do acidente.
Millvina, que morreu em 31 de maio, era apenas um bebê de nove semanas de vida quando o Titanic afundou após colidir com um iceberg no meio do Atlântico, em 15 de abril de 1912. As cinzas foram jogadas pelo companheiro de Millvina Dean, Bruno Nordmanis, que estava junto de amigos e familiares.
Millvina foi uma dos 706 sobreviventes do naufrágio, que deixou 1.517 mortos, entre eles seu pai. A família Dean viajava para os Estados Unidos para recomeçar a vida e abrir uma loja de tabaco. Depois da tragédia, a família voltou a Southampton, onde Millvina passou o resto de sua vida.

sexta-feira, outubro 23, 2009

ESPECIAL EXPOSIÇÃO TITANIC LISBOA


EXPOSIÇÃO TITANIC LISBOA
Um exemplar do Nautille era uma das atrações da exposição em Lisboa, o seu tamanho em nada se compara ao que vemos na tv. Este vídeo que se encontra no site oficial é um exemplo de como este veículo trouxe de novo à luz do dia tesouros perdidos do Titanic.

domingo, outubro 18, 2009

ESPECIAL EXPOSIÇÃO TITANIC LISBOA


EXPOSIÇÃO DO TITANIC EM LISBOA
No ínicio da exposição como citado anteriormente, o primeiro salão correspondia ao fundo do mar, ao som desta musica vislumbravamos alguns objectos recuperados a mais de 3800 metros de profundidade, como uma mala de couro semi aberta que podemos ver no filme, o submergível estava ao cimo das escadas com as luzes ligadas e apontava para outros objectos, o salão era escuro como no fundo do mar, as luzes frágeis, era de arrepiar, ao fundo da sala tinhamos um pedaço do casco do Titanic, podíamos ver em cada vitrine no seu interior um medidor de pressão para reverter a deteoração dos objectos. Ao som dessa música andando lentamente pela sala escura em tons de azul e poder ver aqueles objectos, molas de roupa, malas, sapatos, roupa, loiça como nova, podíamos sentir verdadeiramente o medo daquelas pessoas que morreram, a magnitude da tragédia, poder perceber que aqueles pedaços de história fizeram parte de alguém, era como se pudessemos ver os seus proprietários por toda a exposição vagueando junto deles, podia-se sentir o cheiro dos perfumes recuperados, de verdade! Podiamos sentir um pedaço de gelo, ouvir o som do navio a afundar-se. Todos os objectos que se podem ver no vídeo estavam nesta exposição que terminou na semana passada.

domingo, outubro 11, 2009

ESPECIAL TITANIC

ÚLTIMO DIA DE EXPOSIÇÃO DO TITANIC EM LISBOA
11 de Outubro de 2009, Lisboa, 9:27, 31 ºC, dia quente para Outono que mais parece Verão que não se quer ir embora... Lancei-me para a rua a caminho da estação do Rossio a fim de ser o primeiro visitante do último dia da exposição do Titanic, uns 20 minutos a pé de casa até lá. Em dia de eleições, a maioria dos lisboetas veste-se bem só para ir exercer o seu direito de voto, ao passo que outros iam a caminho da missa à Igreja de Santa Catarina onde o sino enorme tocava. Cheguei a estação do Rossio como quem vai para Sintra. Fui o primeiro mais uma senhora que chegou práticamente quando a mim (mais tarde na fila apercebi-me que pediu um bilhete sénior - mais de 65 anos), logo de seguida um senhor chegou que estava impaciente. Como ainda faltavam 10 minutos, fiquei a ver alguns livros na feira improvisada enquanto a maioria dos turistas comprava bilhetes de comboio para Sintra, livros como "As campanhas portuguesas em África 1961-1974"! Apercebi-me mais a dita senhora que a jovem abriu as portas da exposição, aproximámo-nos, pediu que aguardasse-mos mais dois minutos só até ela colocar os pins para se formar fila. Dez horas, podiamos entrar. Deixei que a senhora passasse na minha frente... "Um bilhete para maiores de 65" - "com audio tour por mais 4€?" - questionou a jovem da bilheteira. Assim como a senhora, eu também não achei que fosse necessário, até pelo preço referido, agora penso que realmente não foi necessário o audio tour. O meu bilhete é o que está aqui exposto, tornei-me o sr Thomas Andrews. Havia um molhe enorme de bilhetes, foi de certo modo uma sorte ficar com o sr Andrews - "No fim da exposição pode procurar pelo seu nome para saber o que aconteceu ao passageiro." - "Já sei o que lhe aconteceu..." - a senhora sorriu, alertou para não se poder tirar fotos, nem levar sacos ou mochilas tal como referia o bilhete de ingresso. "Pelo menos apontamentos posso tirar?" - "Apontamentos pode tirar." O primeiro artefacto que podemos ver e que abre caminho ao primeiro salão temático, sempre acompanhados de música ambiente para cada espaço, é uma pequena garrafa azul escura, onde a indicação curiosa é que entre a recuperação da garrafa e da sua rolha de vidro, foram dez anos de diferença. Do lado esquerdo uma maleta preta de um passageiro, em couro... seguindo caminho pelo escuro, temos alguns dizeres de alguns passageiros, como Lawrence Beesley, esta sala demonstra os cuidados a tomar num processo de conservação. Subimos as escadas e deparamo-nos com um exemplar submersível amarelo que foi aos destroços do Titanic, que é bastante grande (diria três metros de altura), os muitos painéis espalhados pelo recinto contam um pouco de cada ambiente como por exemplo o tempo que leva o submersível a ir e a voltar de uma expedição (cerca de 12 a 14 horas). Entre os muitos artefactos recuperados que se encontravam neste primeiro patamar, os que achei mais curiosos foram as molas de roupa em madeira de um passageiro de terceira-classe, as enormes panelas recuperadas e os pratos empilhados na areia tal e qual encontrados no fundo do oceano, pareciam como novos! Refere a indicação dos pratos que estes estavam ordenados dentro de um armário que se desfez com o tempo deixando expostas as loiças enfileiradas por um dos tripulantes na viagem inaugural, no fim desta sala um pedaço recuperado do casco negro do Titanic onde poderiamos tocar. Seguindo caminho, voltamos no tempo, o som ambiente é de gaitas de foles, um ambiente vermelho e amarelo torrado com caixas de carga e sacos de lona enormes, estamos em Belfast na Irlanda, o chão deste salão é todo em madeira, percebemos então como começou a lenda do maior navio de todos os tempos e os seus protagonistas desde a sua contrução, lançamento ao mar e seu carregamento prévio antes de partir. Existe um vídeo com imagens da época em que vemos o Titanic. Como não poderia deixar de ser temos alguns dos artefactos da construção também nesta área, como os mosaicos do chão das casas-de-banho / banheiro. No fim deste curto salão, temos uma fotografia do capitão, relembrando a sua frase de não conseguir conceber que um navio do seu tempo, avançado em tecnologia e com tamanha magnitude pudesse sequer afundar. Curiosamente algum visitante mais comovido deixou por baixo da sua fotografia um ramo de flores (possivelmente do dia anterior). Deparo-me com os pés na ponte de embarque, avancei, entrei num novo salão ao som da banda do Titanic, temos uma boa carpete no chão, e objectos dos vários salões do Titanic de primeira-classe e conhecemos alguns dos passageiros mais ilustres. Temos um painel sobre o restaurante á la carte e algumas das loiças recuperadas do mesmo, outro do café parisien e suas loiças onde podemos perceber que os adornos turquesa e ouro já se desvaneceram. Podemos ver as armações dos lustres de cristal e algumas curiosidades como os fios de suporte destes candeeiros que eram invulgarmente mais fortes a fim de evitar balançarem com o navio e dar uma sensação de estabilidade a cada passageiro... realmente no Titanic tudo foi concebido ao pormenor! Até as pastas dentífricas estavam lá, elas foram encontradas em grande número, indica a nota de referência que por serem em grande número e cada caixa ter pouca quantidade, teriam sido oferta da White Star, ou óleos para o cabelo. Temos também uma vigia, em que a tripulação pedia encarecidamente que sempre que um passageiro quisesse abrir a vigia por favor chamasse um camareiro, pois muitos se esqueciam no pendulo pesado que fechava a vigia e a mantinha estanque de modo que este resultava em dedos partidos e uma ida ao hospital do navio. Alguns objectos pessoais souvenirs de outros navios ou estadias também são encontrados entre os objectos recuperados dos passageiros. A réplica do camarote de primeira-classe é deslumbrante e tem um aspecto muito confortável, mesmo o quarto da tripulação do Titanic era aconchegante! Este salão foi sem dúvida o mais alegre de todos os salões, podemos encontrar pormenores, como as hastes dos bancos de convés, a loiça onde era servido o chá no convés aberto em pires largos, a forma como era servida a água potável, os banhos em água de mar, a opção frio/quente, os aquecedores, os primeiros objectos de higiene pessoal feitos em plástico para imitar marfim com preços mais acessíveis, caxinha de lâminas de barbear gillete, uma bacia para os passageiros que sentissem náuseas na viagem, jóias como um colar de seda e diamantes, cartas de baralho, indicando que o capitão alertou para a tripulação estar de olho naqueles que se aproveitassem para fazer fortuna pela batota, de modo a terminarem com o jogo, diz até que no primeiro almoço servido no salão de segunda-classe do Titanic, alguns passageiros ficaram apavorados porque julgavam ter-se enganado no salão e que estavam na primeira-classe. Ao descer das escadas voltamos a escuridão, estamos na sala das máquinas, podemos ver um pedaço enorme de carvão recuperado, algumas peças das turbinas e filtros e uma imitação do som de funcionamento desta sala, é uma sala escura com luzes vermelha, a mais pequena de todas que nos leva para a sala da ponte de comando. Aqui temos inscrições de avisos de gelo, alguns objectos da ponte de comando, conhecemos o vigia Fleet, a referência vai para a indicação que o capitão não se despiu completamente da sua farda, pois estava de alerta até que adormeceu. O som puxa-nos para a sala seguinte, de novo mais escura, um rangindo como ferro que se dobra, e estrondos de algo que se quebra. Temos vários testemunhos de como cada passageiro ouviu o choque com o icebergue. É então que percebemos, o som provém de um vídeo que demonstra os últimos momentos do Titanic. Ao lado está uma janela de uma cabine dos oficiais no convés dos botes cujo vidro bastante grosso está partido. Em meio ao som arrepiante e ao frio que se faz sentir por haver um icebergue nesta sala em que podemos tocar (e eu toquei, indica lá que o frio da água naquela noite era ainda maior), temos outros tantos objectos do navio, como os guindastes de descer os botes. Após o icebergue chegamos à sala mais comovente, encontramos objectos de passageiros, sobreviventes e falecidos... uma das vitrines com aberturas dos lados possibilita-nos ainda cheirar as fragancias recuperadas de uma pasta do passageiro Adolph Saafeld, com 65 perfumes. Meias, gravata, óculos, um sapato, umas calças, uma cartola, um laço de primeira-classe, um broche com a inscrição "White Star Line", que pertenceu ao oficial Henry Pitman, assim como um cachimbo e uma bolsa de viagem de couro, uma garrafa ainda com champanhe lá dentro, são alguns dos muitos objectos mais pessoais que podemos observar por ali espalhados. Temos a história do senhor Howard Irvin que quis por sorte não embarcasse no Titanic com o seu amigo Henry Sutehal. Os dois viajantes e aventureiros resolvem embarcar no Titanic. Misteriosamente Irvin foi raptado no dia da véspera de embarque e levado para o Egipto onde foi obrigado a trabalhar forçado. Já Sutehal, embarca e receando que o amigo se atrase como era costume, resolve levar a sua bagagem para dentro do Titanic. Sutehal faleceu no Titanic, Irvin só o soube dias depois quando conseguiu escapar dos raptores. A sala final conta com um painel com toda a lista de passageiros e tripulação, lá podemos verificar o nome que consta no nosso bilhete e verificar se o nosso passageiro faleceu ou sobreviveu. Não precisei identificar Thomas Andrews. Um largo recinto de areia tem uma inscrição, no cimo está o sino do vigia. Mais à frente temos a história dos portugueses a bordo do Titanic e a conjuntura quer política (regicidio do rei dom Carlos I em 1908, e dois anos depois a destituição de Dom Manuel II e a instauração da républica a 5 de Outubro de 1910), quer literária da época (Fernando Pessoa e o movimento Orpheu), o fluxo migratório que se verificou no país... a dimensão de Lisboa e o seu crescimento até os anos 80. Finda esta sala, temos a sala de souvenirs e as cadeiras e mesas da palm court onde podemos sentar e tomar um café, adquirir uma lembrança, e deixar o nosso comentário no livro de recordações, e como não poderia deixar de ser o filme Ghosts Of Abyss que passa constantemente ao longo do dia. Deixei o meu registo no livro, observei comentários como "bilhetes mais baratos!" - "simplesmente espectacular" - "foi a primeira exposição do meu filho, estou fascinada" Eram 11h40, lembrei que o Titanic bateu no icebergue também às 11h40 mas da noite. Foi a minha hora de saída desta maravilhosa exposição que quem não foi ainda vai a tempo de ir até ao fim deste dia. O Titanic deve ter sido assim, absolutamente fascinante. Achei curiosa a inscrição no salão de primeira-classe que resolvi deixar para o fim:
"Morangos especiais em Abril em pleno oceano. Na verdade tudo isto é magnífico. Até poderiamos imaginar que estavamos no Ritz!" Lucille Lady Duff Gordon, primeira-classe.

sábado, setembro 26, 2009

DESTROÇOS DO TITANIC II

Como o Titanic está e como ficará no decorrer dos anos?
Quando o RMS Titanic afundou na madrugada do dia 15 de abril de 1912, ele deitou nas profundezas do oceano numa distância aproximada de 3,800 metros do nível do mar. Muitas questões foram discutidas para averiguar o estado do navio e qual seria suas condições ao longo do tempo. No dia 1 de setembro de 1985, o Dr. Robert Ballard e sua equipe, descobriram o Titanic no fundo do oceano a bordo de um navio da Marinha. Desde então, começaram a estudar os destroços do Titanic, antes que ele desaparecesse.
Quando as pessoas debatem sobre a deterioração do Titanic, elas têm de ser divididas em três categorias principais: Química, Biologia e Física. O aspecto da deterioração química pode ainda ser decomposto em tópicos de bioquímica. Um canadense começou a estudar a deterioração do Titanic, e suas estimativas começaram a surgir algum tempo depois que Ballard e sua equipe descobriram o navio.
Outro aspecto da degradação bióloga consiste, basicamente, a deterioração dos restos humanos, produtos de madeira, roupas e alimentos. Restos humanos nunca foram encontrados ao redor do Titanic. É previsível que os produtos em madeira no navio tenham desaparecido que provavelmente, poderia ter sido comido por vermes.
As roupas tornam-se uma questão interessante, devido ao ritmo de algumas das deteriorações em determinados itens, bem como a falta de deterioração em outros. Alguns vestuários, tais como chapéus foram encontrados no convés inferior em quase perfeito estado. A empresa RMS Titanic, Inc; tem direitos para remoção de objetos a partir de xícaras, pedaços do casco que tenham se desprendido entre outros. Assim que estes objetos sejam removidos, são mantidos e cuidadosamente catalogados.
A última forma de degradação é causada pelos próprios submersíveis que descem para verem o navio. As condições são imprevisíveis, principalmente ao fato dos submersíveis chegarem muito perto do navio “perturbando” sua estabilidade e tornando-o cada vez mais fraco.

sexta-feira, setembro 18, 2009

DESTROÇOS DO TITANIC
Após o naufrágio, como o navio ficou lá embaixo?
Às 2:18 da madrugada de 15 de abril, o Titanic parte-se. A proa, totalmente submersa, começa a inundar e tende a descer, desprendendo-se da quilha, estourando toda sua estrutura. O impacto inicial fez com que a proa voltasse alguns metros e descesse para sempre nos braços do oceano. Como ninguém pode ver o trajeto dele até seu destino final, muitas pesquisas e teorias foram desenvolvidas no decorrer dos anos. Antes de sua descoberta, acreditava-se que a proa havia descido unicamente (sem ter partido), na vertical e estraçalhando-se no fundo e depois deitado para um dos lados. Outros insistiram em dizer que a proa do navio virou de ponta cabeça no fundo, e caiu de uma forma totalmente invertida. Ainda havia crenças que o navio estava inteiro, e que simplesmente encostou lá embaixo, e bonito e esbelto estava. Infelizmente, não foi bem assim, a maioria dos “chutes” estavam errados. Na expedição descobridora em 86, eles avistaram o Titanic na horizontal, com a proa pouco enterrada, e um limite até a segunda chaminé. Primeira verdade revelada: Ele de fato partiu ao meio. Nenhum sinal à vista da cavidade causada pelo Iceberg, mas havia cavidades enormes no casco, provavelmente causada pela queda. Mastro deitado, ponte de comando totalmente irreconhecível, portas de acesso arrancadas. A destruição causou uma angulação interessante nos decks, partindo do deck dos botes até o deck G, eles tiveram uma boa inclinação para baixo. Talvez pela força da queda, a forte sacudida na estrutura, deixou fraco os sustentadores permitindo que os decks saíssem de linha, deitando um sobre os outros, de uma forma tão “articulável” que mais parecia um biscoite de maizena mergulhado em um copo d’água. A popa também está num estado jamais imaginado. Numa distância de 800 metros mais ou menos da proa, a popa está virada de lado contrário, também na horizontal, mas com os decks arrancados e virados para cima. Acredita-se que a popa veio descendo na vertical, e a pressão marítima foi arrancando o casco. Na medida em que a velocidade aumentava (e a pressão também) os decks foram se “destacando” e subindo, sendo arrancados como se estivesse abrindo uma lata de sardinhas. No entanto, depois de um tempo, acredita-se que a popa tenha revirado do lado direito, forçando a dar um giro de 180º. Depois ela cai no sentido horizontal. O resto dos decks que estavam subindo, descem com total força. O resultado é um bando de ferro em camadas, totalmente tortas, cujo impacto aparentemente fora bastante absorvido pela estrutura inferior, e também pelo grande leme.

domingo, setembro 13, 2009

TITANIC PORTUGUESES A BORDO
A revista saiu hoje em Portugal, faz uma reportagem com os descendentes dos portugueses que estiveram a bordo do Titanic, (oficialmente registados conhecem-se 4 portugueses, um na segunda-classe e três na terceira-classe), também faz menção à exposição que se encontra patente na estação do Rossio até 11 de Outubro. A revista pode ser comprada online bastando para isso registrar-se, fazer login e adquiri-la: http://www.pressdisplay.com/pressdisplay/viewer.aspx

segunda-feira, setembro 07, 2009

TITANIC LISBOA
Entrada da Estação do Rossio na manhã de sábado, dia 5 de Setembro de 2009 com a publicidade da exposição do Titanic no seu interior, situada no segundo piso do edifício do lado direito da partida dos comboios para Sintra.

domingo, agosto 30, 2009

TITANIC DISCOVERY CHANNEL 1998
Na noite de Domingo de 30 de Agosto de 1998, pela hora que o navio se afundou, o mundo inteiro assistia ao vivo do local do acidente a uma exploração nunca antes vista! Durante toda a semana os media apresentavam com grande pompa essa noite de domingo. Como pré-apresentação, passou o documentário mais recente na época sobre a tragédia: Titanic Breaking New Ground. Depois deu-se inicio ao programa ao vivo com imagens do verdadeiro navio, chegou-se onde nunca antes se tinha chegado dentro do Titanic desde 1912. Desvendaram-se mistérios como os portões de terceira-classe, sobre se mantiveram ou não fechados até ao fim, entraram nos quartos dos famosos, passaram pela ponte de comando, desvendaram-se grandes mitos e mistérios até então, e abriram-se novas teorias sobre o que realmente aconteceu nessa noite de 15 deAbril de 1912. Já se passaram 11 anos, vale a pena relembrar.

domingo, agosto 23, 2009


NOMADIC
O SS Nomadic (SS= Steam ship) foi um navio da White Star Line. Foi construido junto com a Classe Olympic. O diferencial do SS Nomadic que merece destaque é: Ele foi o navio que ficou encostado no Titanic, durante sua trajetória para Cherbourg. E ele ainda existe!
Foi o último navio que ficou perto do Titanic, antes da tragédia.
O SS Nomadic fora construído nos estaleiros da Harland and Wolff, tal como a classe olympic. Ele foi lançado em 25 de abril de 1911 e foi entregue em 25 de maio. Tinha 67 metros de comprimento por 11,3 de largura, com um peso bruto de 1.273 toneladas. Sua velocidade máxima era de 12 nós, com tries hélices.
O SS Nomadic foi utilizado para transportar passageiros de primeira classe no Titanic e no Olympic. Por tal, seu interior foi requintado. Ele também foi utilizado na primeira guerra mundial.
Em 1927, foi vendido para a Compagnie Cherbourghoise de Transbordement, e depois vendido para a Société Cherbourghoise de Remorquage et de sauvetage em 1934. Também foi usado na segunda guerra mundial.
Ele voltou a serviço da Cunard White Star (White star e Cunard se fundiram em 1934), Ficou a serviço do RMS Queen Elizabeth.
Atualmente, o SS Nomadic permanece ancorado em Paris.

sábado, agosto 15, 2009

TITANICFANS 4 ANOS
São 4 anos de informação sobre o Titanic, conteúdos diversos, jogos divertidos, chat, música, vídeos, notícias de última hora. Nestes 4 anos o TITANICFANS presenceou a perda das 3 últimas sobreviventes do famoso naufrágio, descobriu peças importantes na História do famoso transatlântico, assistiu aos lançamentos inéditos de dvd's, exposições... esteve pelo mundo. São 4 anos de Titanicomania, e é para continuar! No início apostou-se forte no blog, na convicção de que Titanic era uma fonte inesgotável de informação e não um assunto preso no passado que pouco mais havia a falar. O tempo provou que foi a escolha acertada, o tempo demonstrou que Titanic é um assunto que prende a todos, não tem idade, cor, credo, nacionalidade ou género humano, tanto tempo quanto o Titanic e o mundo que o envolve tem. Talvez porque Titanic era isso mesmo, envolvente. Viajam nele pessoas de todas as idades, religiões, países e cores. Todos os que fazem este blog funcionar estão de PARABÉNS!

sábado, julho 25, 2009

TITANIC EM LISBOA ATÉ 11 DE OUTUBRO
Devido ao sucesso de público, com cerca de 32 mil visitantes desde Maio, a exposição Titanic, na Estação do Rossio, Lisboa, com artefactos do navio naufragado em 1912 na viagem inaugural, foi alargada até 11 de Outubro. A exposição foi inaugurada em Lisboa em Maio passado, e segundo a organização houve “inúmeros pedidos de prolongamento”. A exposição está patente no Espaço Rossio (Estação do Rossio), em Lisboa, e conta uma das histórias mais trágicas do século XX: a do naufrágio do Titanic na sua viagem inaugural. Com mais de 230 objectos recuperados do fundo do mar, a exposição mantém-se aberta todos os dias (incluindo fins-de-semana e feriados) entre as 10h e as 21h e poderá ser visitada até ao dia 11 de Outubro. A exposição “Titanic’ é organizada pela RMS Titanic Inc., empresa que detém os direitos legalmente reconhecidos para recuperar e preservar os objectos provenientes do Titanic, submersos a 3.800 metros no Atlântico Norte. Desde 1994, quando os tribunais reconheceram o direito à RMS Titanic Inc. de salvaguardar a memória do navio através da recuperação de artefactos do fundo do mar, realizaram-se já sete expedições através das quais se recuperaram mais de 5.500 objectos. . Mais informações em www.titaniclisboa.com .

sexta-feira, julho 10, 2009

OS MAIS VELHOS DO TITANIC
MARY DAVIES WILBURN
Mary Davis, de 28 anos à data do Titanic, nasceu em Londres em 18 Maio de 1883. A sua residência era no nº 29 Fleet Lane, Newgate Street, London.
Mary viajava com o intuito de visitar a sua irmã E. F. Langford de Tottenville, Staten Island, Nova Iorque. Ela juntou dinheiro para a viagem trabalhando entre empregada e cozinheira numa casa londrina de uma Madame aristocrata. Mary recorda que a mansão tinha 22 empregados e um cozinheiro italiano com quem ela não se dava muito bem. Embarcou no Titanic em Southampton como passageira de segunda-classe e partilhou a sua cabine com outra passageira, Lucy Ridsdale. O bilhete nº 237668 , custou-lhe a época £13.
Mary Davis estava deitada quando ocorreu o acidente com o icebergue. Levantou-se de imediato para ver o que tinha ocorrido e informaram-na de que não havia perigo, e assim, retornou para a sua cama, mas apenas para a chamarem de novo ao fim de alguns minutos, para lhe dizerem para subir para o convés superior que o navio estava a afundar. Vestiu-se desajeitadamente e ajudou Lucy uma velha enfermeira que desceu ao convés inferior para se vestir e que tinha um pé torcido. As duas mulheres percorreram o seu próprio caminho até ao convés dos botes.
Dois homens as ajudaram a entrar no bote 13 e o mesmo de seguida foi arreado.
Mary recorda-se de um tempo explêndido, um mar calmo, e um belo céu limpo que se estendia kilometros a sua volta. Também indicou que ocorreu uma ligeira sucção quando o navio se afundou.
Mary Davis relata que já era bem de manhã quando o Carpathia se encontrou ao lado do seu bote e os trouxe para bordo. Ela estava entorpecida da cintura para baixo e praticamente inconsciente de exaustão e de frio. Esperavam-na em Nova Iorque a sua irmã e seu cunhado que a levaram para a sua casa onde ficou aos cuidados de um médico.
Retornou à Inglaterra uns meses depois quando a White Star lhe ofereceu um bilhete de retorno. Decidiu voltar aos Estados Unidos antes do final de 1913, novamente para trabalhar como cozinheira. Casou em 1915 com o pintor e decorador John A. Wilburn, do qual teve apenas um único filho, Carl Wilburn. John A. Wilburn nasceu em 31 de Janeiro de 1891 e morreu em Abril de 1972 em Syracuse. Carl Wilburn nasceu a 16 Julho de 1915 morreu em 9 de Novembro de 1994, também em Syracuse.
Quando Mary Davis Wilburn faleceu em Loretto Geriatric Centre, Syracuse, Nova Iorque em 29 de Julho de 1987, ela tinha 104 anos, 2 meses, e 12 dias, e já tinha vivido mais que qualquer outro sobrevivente do Titanic e viveu o suficiente para ver os destroços do Titanic quando estes foram encontrados em 1985.

sexta-feira, julho 03, 2009

OS MAIS VELHOS DO TITANIC
MARJORIE NEWELL ROBB
Marjorie Newell, de 23 anos, nasceu em 12 Fevereiro de 1889 em Lexington, Massachusetts filha de Arthur Webster Newell e Mary E. Greeley.
Marjorie regressava de uma viagem ao Médio Oriente com o seu pai e sua irmã, Madeleine Newell. Os três embarcaram no Titanic em Cherbourg. As duas irmãs ocuparam a cabine D-36, e seu pai a cabine D-48.
Na noite de 14 de Abril de 1912 Marjorie foi despertada por uma repentina vibração no navio. O seu pai veio então ao seu quarto e ordenou que as filhas se vestissem e fossem de imediato para o deque dos botes. Depois de ver que um dos botes já tinha sido arriado em segurança, Arthur tratou de as colocar de imediato no bote seguinte (número 6). Arthur Newell morreu no naufrágio. Marjorie Newell casou-se com Floyd Robb em 1917, e teve quatro filhos (três meninas e um rapaz). O seu filho chamou-se Arthur Newell Robb em memória do seu pai. Ela começou a trabalhar como professora de música no Wells College em Aurora, Nova Iorque. Entre 1920 e 1950, viveu em South Orange, Nova Jérsia, onde dava aulas de violino e piano. Tornou-se numa das fundadoras da New Jersey Symphony Orchestra. Marjorie regressou mais trade a Massachusetts vivendo primeiro em Westport Point e mudando-se por fim para Fall River em 1990.
Nos seus últmos anos de vida, já depois de sua mãe e irmã morrerem, é que Marjorie começou a falar daquela noite em que o navio se afundou. Com a incrível idade de 97 anos, ela captou as atenções de pesquisadores e historiadores do Titanic saceando-os com suas memórias sobre as últimas horas do navio. "Nunca vou esquecer os gritos daqueles que se afogavam. Era absolutamente terrível." Perdendo o seu ar altivo de passageira de primeira-classe, fechou os olhos e retornou ao passado. A razão que a fez falar sobre o evento foi em parte para respeitar e honrar a memória do seu pai. Os seus momentos finais e bravura nunca sairam da mente de Marjorie. Ela morreu enquanto dormia em 11 de Junho de 1992, com a bonita idade de 103 anos e foi sepultada com a sua família no Mount Auburn Cemetery em Cambridge. Deixou um filho que vive em Westport, e três filhas, entre elas Madeline Crowley de Portola Valley, Calif., e Marjorie Snow de Little Compton, R.I.; e 13 netos. Marjorie tornou-se na última sobrevivente da primeira-classe do Titanic.

sexta-feira, junho 26, 2009

OS MAIS VELHOS DO TITANIC
ELLEN NATALIA SHINE
Ellen Natalia Shine, tinha 20 anos, natural de Cork, Co Cork, Irlanda, embarcou no Titanic em Queenstown como passageira de terceira-classe com o bilhete número 330968, no valor de £7 16s 7d. O seu destino era a cidade de Nova Iorque.
Ellen sobreviveu ao naufrágio, mas não se sabe em qual bote salva-vidas entrou. Depois da chegada a Nova Iorque Ellen foi levada para o hospital com outros sobreviventes irlandeses. Ela foi entrevistada por um jornal de Nova Iorque, a entrevista foi publicada no jornal The Times no sábado, 20 de Abril. Ellen disse que quando o acidente ocorreeu, ela e suas companheiras foram directamente para o convés aberto para tentarem subir para os botes, mas acabaram por ser reconhecidas por membros da tripulação que as tentavam convencer a irem de volta para os seus quartos. As mulheres, contudo, não convencidas mantiveram suas posições firmes e acabaram por passar finalmente para o deque dos botes. Quando Ellen e suas companheiras foram informadas que o navio iria afundar muitas delas ficaram em pânico e começaram a rezar. Mas Ellen, não se deixando impressionar, viu um dos botes prontos e entrou nele. Lá dentro reparou que já se encontravam quatro homens de terceira-classe que se recusavam a obedecer a ordem de um oficial que lhes ordenava que saissem do salva-vidas. Ao fim de um tempo, contudo, estes acabaram por sair. Anos depois Ellen Shine casou com um homem de nome Callaghan. Pouco se sabe da vida de Ellen, não existem registos de fotos dela disponíveis. Morreu no dia 5 de Março de 1993 com 101 anos em Glen Cove, Nova Iorque, tornando-se na última sobrevivente irlandesa do Titanic.

sexta-feira, junho 19, 2009

OS MAIS VELHOS DO TITANIC
Edith Brown sobrevivente do Titanic, nasceu em 27 de Outubro de 1896, em Cape Colony na África do Sul, viajava em 2ª classe com os seus pais Thomas William Solomon Brown e Elizabeth Catherine Ford. Partiram de Southampton com o bilhete número 29750 que custou na época £39. O destino era Seattle. Para desagrado de sua mãe, viajaram em segunda-classe, pois foram transferidos da 1º classe de um outro navio para a 2ª classe do Titanic devido à greve do carvão na época. A equivalência de um bilhete de primeira-classe noutro navio era idêntico à segunda-classe do Titanic. Eles viajavam sempre em primeira-classe para onde quer que fossem, mas não naquela ocasião. Edith tinha apenas 15 anos na noite fria de Abril de 1912. Foi salva junto com sua mãe no bote 14 um dos últimos a ser descido e também dos mais cheios. Na sua memória ficou a imagem do seu pai, Thomas Brown, que ficou para trás, despedindo-se dela e da sua mãe que estavam num bote, ele segurava uma taça de Brandy numa mão e na outra um cigarro, dizendo-lhes : « Voltaremos a ver-nos em Nova Iorque.» Ela ainda lhe disse "Vês aquela luz? Aquela luz é um navio e vem-nos salvar." Mas nesse preciso momento contou que a luz desapareceu e ficava então desfeito o sonho de criar uma nova cadeia de hotéis nos Estados Unidos. Após o naufrágio ela mais a sua mãe permaneceram na Junior League House em Nova Iorque, daí partiram numa viagem de 4 dias e meio para casa de uma tia Josephine Acton no número 2400 da 9th Avenue West, Seattle, Washington. Dali partiram de regresso a África do Sul, onde viveram com familiares. Edith permaneceu na África do sul mas a sua mãe mudou-se para a Rodésia depois que Edith se casou. O casamento aconteceu em 30 de Junho de 1917 com Frederick Thankful Haisman. O casal tinha-se apenas conhecido seis semanas antes em Maio de 1917, apesar de curto o namoro, foi um casamento duradouro do qual resultou o primeiro de dez filhos em Agosto de 1918. Mais tarde o casal mudou-se para Southampton, retornaram a África do Sul e por fim permaneceram até morrer em Southampton. Em 1993 Edith apareceu em público para receber um relógio de ouro do seu pai, recuperado dos destroços do navio. Edith faleceu de pneumonia em 20 de Janeiro de 1997 com a bonita idade de 100 anos.

sexta-feira, junho 12, 2009

DESENHOS E ACERVOS TITANIC
Desde 2006 que o TITANICFANS publica acervos e desenhos de todos os amigos e fans de Titanic. Desta vez foi o nosso amigo titanicfan Celio Cardoso, estudante, natural do Brasil, tem um gosto especial por desenho em técnicas informáticas usando programas conhecidos como Photoshop, efectua trabalhos de boa qualidade. Podem visitar mais alguns desenhos do próprio aqui. Se também fazes desenhos do Titanic, ou tens um acervo que gostarias de ver aqui publicado para todos conhecerem, envia um e-mail para titanicfans1912@gmail.com com os teus dados (nome, idade, local, hobbies e e-mail para contacto), entraremos em contacto logo em seguida para procederes ao envio dos desenhos ou lista com fotos do acervo e verás os teus desenhos ou acervos sobre o TITANIC aqui mesmo publicados no TITANICFANS!
Nota: Excepto o nome e local serão publicados no blog, o e-mail para contacto, idade, hobbies e outros dados relevantes deixados pelo remetente, serão confidenciais e não serão passados a terceiros ou publicados salvo ordem expressa do próprio.
Qualquer pessoa que se interesse em entrar em contacto com algum dos donos dos desenhos ou acervos terá de fazer o pedido por e-mail através da caixa para o efeito indicando o assunto que o leva a entrar em contacto com o pretendido e um contacto de retorno. Após recepção do pedido de contacto, o TitanicFans avisará a pessoa em questão que alguém quer entrar em contacto com ela, só com a autorização prévia de ambos é que procederemos à troca de contactos entre os intervenientes.
Para garantir maior privacidade, o solicitador receberá uma mensagem indicando "a pessoa que pretende contactar ainda não deu resposta ou não pretende receber o seu contacto".
Poderá ocorrer que alguém entre em contacto pelo mural público de recados, nesse caso fica ao critério do destinatário responder ou não ou trocarem contactos entre si.
Em ambas as situações não nos responsabilizamos por situações que daí possam advir.
TITANICFANS ®

sexta-feira, junho 05, 2009

OS MAIS VELHOS DO TITANIC
Com a morte de Millvina Dean fechou-se um capítulo na História do Tianic, todos esperavamos vê-la nos 100 anos do Titanic, mas curiosamente, Millvina faleceu no mesmo dia em que o Titanic fora lançado ao mar em 31 de Maio de 1911. Millvina foi dos sobreviventes com maior longevidade e o post de hoje faz uma tabela daqueles que chegaram mais longe em vida e passaram a barreira dos 100 anos. Foram apenas 4 mas nas próximas publicações iremos falar de cada um deles. Segue abaixo em ordem de longevidade o dia de nascimento, o dia da morte e o tempo que viveram.
Mary Davies Wilburn - 17 Maio 1883 - 29 Julho 1987 - 104 anos, 2 meses, 12 dias
Marjorie Newell Robb - 12 Fevereiro 1889 - 11 Junho 1992 - 103 anos, 3 meses, 30 dias
Ellen Natalia Shine - 1891 - 5 Março 1993 - 102 anos (carece dia e mês de nascimento)
Edith Brown Haisman - 27 Outubro 1896 - 20 Janeiro 1997 - 100 anos, 2 meses, 24 dias

domingo, maio 31, 2009

MILLVINA DEAN
1912-2009
Morre assim a última sobrevivente do Titanic e também a mais nova sobrevivente do naufrágio (tinha apenas 8 semanas de vida). As últimas notícias que vinham do Reino Unido sobre o seu estado de saúde que se tinha agravado nós últimos dois meses como publicado ontem pelo TITANICFANS até vinham a confirmar uma excelente recuperação da sua parte, mas hoje ao fim de uma semana de hospitalização acaba por falecer. Millvina Dean foi sempre a única se não a mais activa dos sobreviventes sempre participando em campanhas sobre o naufrágio, falando em entrevistas, ao contrário de suas últimas companheiras Lillian Asplund (falecida em 2006) e Barbara West (em 2007) que sempre foram muito reservadas sobre as suas experiências a bordo do Titanic. Millvina Dean nestes seus últimos meses de vida esteve bastante activa leiloando até alguns objectos pessoais ligados ao navio para pagar o lar onde estava a residir devido a fractura do quadril. A expectativa do leilão foi excedida quando Millvina arrecadou uma boa quantia em dinheiro e alguns famosos de Hollywood como Leonardo DiCaprio e Kate Winslet fizeram doações. Millvina curiosamente se recusava a ver o filme de Cameron, porque ela dizia que se o visse iria ficar a pensar no que teria acontecido com o seu pai que morreu no naufrágio. O Titanic perde assim mais um importante marco na sua História junto consigo no fundo do oceano.

sábado, maio 30, 2009

UM SUSTO
A semana foi de grande expectativa mas Millvina Dean parece estar a recuperar bem. Tudo começou no passado mês de Abril a dia 18, surgiram as primeiras notícias que a última sobrevivente do Titanic não estaria se sentindo bem para se deslocar nesse dia a Southampton. Ao que parece tudo não passou de uma indisposição. Contudo todos ficaram em alerta ao longo da última semana. Na passada noite de sexta-feira dia 22 de Maio, Millvina Dean foi hospitalizada e as razões foram mantidas em segredo, mas tudo indicava que a situação era séria. Os jornais britânicos assim os transmitiram. Na noite de sábado surgiram as primeiras notícias que estaria "confortável", que tinha passado bem a noite anterior e que a sua condição de saúde era estável. No dia 24 os jornais Sunday Evening e Southampton Time indicaram que o seu estado de saúde permanecia na mesma. Na segunda-feira dia 25 o hospital onde Millvina se encontrava indicou que a velha senhora já estaria a comer por si mesma e já poderia receber visitas. Na quarta-feira 27,por fim foi noticiado que Millvina já estaria em recuperação e que em breve voltaria para o seu lar.
Millvina Dean tem sido sem dúvida uma grande sobrevivente! Votos de rápidas melhoras!

sábado, maio 23, 2009

TITANIC LISBOA

Majestoso, Histórico, Romântico, Objectos e Histórias Reais... Assim abre o site TITANICLISBOA, o site oficial da exposição internacional em Lisboa. Os preços variam entre os 14,50€ para adultos ao fim-de-semana e 12,50€ durante a semana se comprados os bilhetes online, nas bilheteiras da Estação do Rossio acrescem mais 0,50€. O preço vale a pena a visita. Como não poderia deixar de ser o TitanicFans vai lá estar em breve. Segundo indicações oficiais estão proibidos fumar, comer, beber, fotografar, filmar, usar equipamentos celulares, mochilas, carrinhos de bebé. Se necessitar de algum tipo de informação adicional, podem contactar a organização do evento pelo endereço de email: info@titaniclisboa.com ou pelo telefone: +351 213 468 369. Visitem o site que vos leva numa pequena visita guiada até à história do Titanic com fotos únicas dos objectos encontrados debaixo de 3.800 metros de água. Tudo isso e muito mais em TITANICLISBOA.

sábado, maio 16, 2009

TITANIC II
Desde há muitos anos que se sonha com a construção de um novo Titanic que cumpra a travessia até Nova Iorque deixada incompleta em 1912. Muito se tem especulado sobre um possivel navio de última geração maior do mundo, um TITANIC II! Quando Cameron construiu uma réplica como cenário a 90% do tamanho original, achou-se que tudo seria possível e até uma empresa em 1998 fez planos e lançou logotipos e preparou tudo para a construção desse navio, um navio que cujas pessoas olhassem para ele e dissessem "é o titanic" mas que fosse muito maior, o maior do mundo, e cujo conforto e ambientes de 1912 fossem aliados a tecnologia de ponta, mas os planos ficaram por aí mesmo. Assim os TitanicFans do mundo fazem as suas plantas de como seria o novo Titanic. Aqui ficam algumas imagens curiosasm, e comparem com o original. O modelo abaixo foi gentilmente cedido por Marcos Vinicius natural de Guarulhos, Brasil e também ele é fã do Titanic ao prestar criatividade com um modelo possível do Titanic II com 370m de comprimento, 18m de largura e 18 andares.

sexta-feira, maio 08, 2009

TITANIC ATRACA EM LISBOA

O Leonardo DiCaprio é capaz de não vir... Mas a Estação do Rossio acolhe em Lisboa, a partir de amanhã uma mostra itinerante que recorda a história do 'Titanic'. Sons, odores e uma parede de gelo, a simular o 'iceberg' que causou o naufrágio, juntam-se a 230 objectos recuperados das profundezas. Os portugueses poderão ver, pela primeira vez, o que 18 milhões já viram.
A tragédia é lendária, até já deu origem a um blockbuster de Hollywood protagonizado por Leonardo Di Caprio e Kate Winslet, mas só agora os portugueses vão poder ver aquilo que mais de 18 milhões de pessoas já viram: os artefactos resgatados dos destroços do Titanic, o luxuoso e moderníssimo transatlântico que em 1912 naufragou na sua viagem inaugural.
Trazida por uma empresa portuguesa (ver texto abaixo), a exposição interactiva que a partir de amanhã ficará patente em Lisboa, no Espaço Rossio - no segundo andar da estação ferroviária, mesmo em frente às bilheteiras -, reúne mais de 230 objectos para contar uma história que mergulha os visitantes em vários cenários da acção. Os bilhetes são réplicas dos cartões de embarque. E por quatro euros podem-se alugar audioguias que explicam todos os pormenores.
Logo à entrada, uma mala de mão, a insígnia de uma loja maçónica e um recibo de depósito de valores dão o mote para o que se segue: a vida e morte de alguns protagonistas desta viagem, entre eles, vários milionários das famílias Astor, Guggenheim, Widener e Strauss.
Subindo as escadas, como o fizeram os passageiros, chega-se a uma sala de iluminação ténue. Aí, acompanhada de pratos, óculos, molas de roupa e um fragmento do casco, a parte da frente de um dos subergíveis usados nas expedições é a peça central do capítulo que conta a aventura do resgate.
"O Nascimento de uma Lenda" é a etapa seguinte. Ao som de música irlandesa, e com algumas fotografias e desenhos exemplificativos, mostra-se como se construiu, por encomenda da companhia de navegação White Star Line, aquele que era considerado o navio mais seguro do mundo. "Não consigo imaginar qualquer desastre vital que possa afundar este navio", disse o Capitão Edward J.Smith, citado numa das paredes da sala.
Ao ritmo da orquestra, somos depois conduzidos pelo interior daquele palácio flutuante. Lá estão as imagens da sala de fumo e da famosa escadaria com cúpula de vidro, mais loiças do luxuoso restaurante À La Carte e as réplicas de camarotes de primeira e terceira classe. O Titanic tratava os passageiros como nenhum outro transatlântico: camas confortáveis, biblioteca, piscina, até campo de squash havia.
Algumas jóias e objectos de higiene pessoal encontram-se aqui, tal como as histórias azaradas do padre Byles e da família do engenheiro Frederick Goodwin, que deveriam ter ido noutro vapor mas foram transferidos para o Titanic , como tantos outros passageiros, por causa de uma greve de mineiros.
Descendo outra escada, a banda sonora sombria prenuncia a tragédia. Agora, estamos já na ponte e começamos a ler as mensagens de aviso de navios próximos: avistam--se icebergs. De repente, fica ainda mais escuro e o som torna-se glaciar. O casco do Titanic é rasgado a estibordo pelo gelo (que se pode tocar ali mesmo, na parede do fundo). Avaliam-se os danos. Tentam salvar-se passageiros. Contam-se os mortos, 1523, como o perfumista Saafeld (cujos frasquinhos de amostras ainda se podem cheirar) ou os três portugueses a bordo. O sino que fez soar o alarme vai estar, até Agosto, em Lisboa.
Visitada por mais de 18 milhões de pessoas em todo o mundo, "TITANIC – the artifact exhibition" passou já por mais de 70 cidades, deixando um legado importante em memória de todos aqueles que viveram os mais felizes e os mais dramáticos momentos em alto mar. Esta exposição é a única certificada pela RMS Titanic, a empresa que resgatou a 4 Km de profundidade do Atlântico Norte fragmentos daquele que é o mais famoso e fatídico barco da história.