terça-feira, julho 25, 2006

A VERDADEIRA ROSE DEWITT BUKATER

A VERDADEIRA ROSE DEWITT BUKATER
BEATRICE WOOD
James Cameron para fazer as personagens de Titanic inspirou-se em alguns passageiros, no caso da Rose inspirou-se em Josefa Peñasco e Roberta Maioni entre outras. Mas uma foi a grande inspiração de Cameron e pouca gente conhece. Beatrice Wood nasceu a 3 de Março de 1893, em São Francisco filha de uma família da alta sociedade americana. Desde cedo mostrou aos seus pais a sua forte oposição aos bons costumes tradicionais insistindo numa carreira pelas artes. Visto ser fluente em francês, os pais concordaram então em enviá-la para Paris onde foi estudar pintura na Académie Julian. Com a Primeira Guerra Mundial, Beatrice acaba por regressar aos Estados Unidos e depressa se tornou numa actriz da French Repertory Company em Nova Iorque, permanecendo aqui durante alguns anos: O contacto com as pessoas do meio artístico durante o período que aqui permaneceu influenciaram-na para toda a vida. No início dos anos 40 ela finalmente regressa a California, a Los Angeles, onde frequenta o curso de cerâmica da Hollywood High School. Este simples hobby tornou-se numa grande paixão. Em 1947 Beatrice abre mão da sua carreira para construir uma casa, muda-se então para Ojai na Califórnia para perto do indiano Jiddu Krishnamurti, para fazer parte da Theosophical Society - Adyar e da Happy Valley School, eventos que a influenciaram nas suas filosofias artísticas. Durante o resto da sua vida escreveu a sua autobiografia lançada com o título I Shock Myself. James Cameron inspirou-se em Beatrice Wood chegando a convidá-la para o papel de velha Rose, mas a sua idade avançada não o permitia. Em 3 de Março de 1998 a velha senhora tinha já a bonita idade de 105 anos. No dia 7 desse mês Beatrice premiou James Cameron nos prémios anuais com o seu nome. A 12 de Março de 1998, 9 dias depois do seu 105 aniversário, Beatrice Wood acaba por falecer.

quinta-feira, julho 20, 2006

CRITICA AO TITANIC
por Renato Doho
«Depois de toda a super-exposição e as enormes filas causadas nos cinemas o filme Titanic pode ser plenamente comentado e analisado. A super produção orquestrada por James Cameron se balança entre a coragem e a decepção. Acompanhando os trabalhos anteriores do diretor percebemos um fascínio por dois temas: a tecnologia vs. o homem e a humanização através do sacrifício; esse sacríficio é intimamente do próprio Cameron, um diretor que conseguiu conquistar seu espaço sem abrir mão de suas idéias, desafiando a tudo e a todos. A idéia de realizar uma produção custosa baseada na tragédia do Titanic, onde todos sabem seu final e ainda escalar um par central relativamente desconhecido é de enorme coragem. Desde os figurinos, passando por cenários, efeitos especiais, técnica e elenco, tudo se volta para um grande espetáculo, mas aí vem seus defeitos... O que antes era um diretor que colocava em filmes de ação uma ponta de humanismo agora é um filme que continua apenas com aquela ponta de humanismo ao invés de aumentá-la e explorá-la mais. O que era qualidade e diferencial se mostrou superficial. Temos amostras desse humanismo como no final de T2, a questão do casamento em True Lies, o mistiscismo em Segredo Do Abismo, a maternidade em Aliens, etc. Em Titanic todo esse potencial vira clichê. A cena da tentativa do suicídio de Rose é o início de sequências por demais batidas pelo cinema. Quantas vezes já vimos personagens em situações de risco entrarem num impasse, passar pela calmaria e normalidade e subitamente um imprevisto ocorre apenas para manter a atenção do espectador(refiro-me aqui ao escorregão final de Rose antes de ser salva)? Isso me faz lembrar de um uso diferencial dessa situação muito bem colocada e depois muito imitada: a sequência inicial do filme Risco Total. Logo após temos novamente a grande estória do amor entre diferentes, onde a classe social se fará impôr como obstáculo. Nesse ponto chamo atenção de que poderia-se fazer uma escalação de elenco diferenciada, colocando um ator conhecidamente bonito para o papel do noivo(e não Billy Zane que recentemente declarou abertamente ser homossexual) e um ator relativamente `não bonito` para o papel de Jack. Isso faria com que o amor demonstrado por Rose fosse mais do que físico, fazendo com que ela enfrentasse os obstáculos, já que esse é ponto que o filme tenta colocar: que ela se interessa por Jack pela sua sensibilidade e não pela aparência. É muito menos plausível colocar DiCaprio nesse papel, insinuando que Rose não se importaria pela sua condição social e não ligaria para sua aparência. Outro exemplo ruim dessa escolha é o desenho animado A Bela E A Fera, onde ao final o monstro vira humano, um belo príncipe, subvertendo toda a mensagem do filme: que o amor não vê a face. Seria muito interessante ver Titanic com Tom Cruise como o noivo e Steve Buscemi(apesar da idade) como Jack. O sucesso seria o mesmo? O personagem do noivo é outro ponto falho, ele é extremamente mal o filme todo numa visão maniqueísta radical, nunca se deslumbra qualquer chance de redenção, reforçando para a platéia que ele seja o vilão do filme. A ambiguidade é uma coisa em falta nesse filme já que o casal central não comete ao longo de sua duração nenhum ato ruim ou mal intencionado posicionando-os ao patamar de anjos. Uma grande falha do roteiro de Cameron é uma ideologia colocada sutilmente nas entrelinhas do enredo em que há uma exaltação da pobreza e um desprezo pela riqueza, fazendo surgir um pensamento não muito interessante onde o miserável é visto como alegre e feliz apesar de sua situação e o rico é visto como enfadonho e infeliz. Uma mensagem aos miseráveis do mundo, vindo de um milionário(James Cameron): vocês estão na lama, mas felizes; eu estou em minha mansão, mas triste - continuem assim! Coloca-se condição social como estado de espírito, coisa absurda! A cultura e educação são postos de frente contra os vícios(bebida e fumo) e a brutalidade. Seria interessante colocar violências domésticas pela bebedeira do lado miserável e orgias sexuais de grã-finos. Foi infeliz da parte do diretor cortar as cenas na sala de mensagens, onde veríamos que o iceberg fora relatado por outros navios, mas devido ao excesso de mensagens que o Titanic tinha que enviar aos familiares dos grã-finos, a mensagem foi ignorada. Isso ajudaria ainda mais a reforçar uma idéia que acho que poderia ter sido a principal do filme, fora a do amor que vence tudo: a arrogância humana da exaltação tecnologia e da ciência ao desafiar a natureza e consequentemente Deus. Visto que isso faz parte da obra de Cameron. Revendo pela memória o filme descubro que há muitos outros pontos discutíveis no filme, mas isso alongaria demais essa crítica, então resumo os pontos finais: *colocar humor na cena em que Rose tenta livrar Jack das correntes é de mau gosto e mal colocado(recurso horrível em 99% dos filmes americanos colocar humor numa situação tensa, é a chamada piada que alivia). *inserir um implausível tiroteio a bordo do Titanic, onde o noivo persegue o casal; seria a vontade de Cameron, seu vício? *Rose, já idosa, revelar que tinha a jóia tão procurada e logo a seguir jogar ao mar, fazendo não só que a cena seja ridícula como fazendo com que a veterana Gloria Stuart(ponto a favor do filme numa interpretação mínima mas comovente)passasse por isso. *outro humor desnecessário é o colocado nos músicos que tocaram até o final, transformando um pouco em ridículo o que poderia ser sério e emocionante. *colocar um final feliz onde poderia ser infeliz, reunindo elenco para a manjada cena(essa é quase 100% dos filmes comerciais)onde todos aplaudem o casal central. O filme é horrível? Não, talvez o mais fraco de Cameron por mostrar seus defeitos e revelar o pouco potencial que sugeria ser maior em filmes anteriores.»
Artigo retirado do site: http://www.cinemaemcena.com.br

sábado, julho 15, 2006

OUTRO JACK NO TITANIC
Trata-se de um desconhecido que nunca saberemos o nome. Thomas Hart de 49 anos, residência no número 51 da College Road, deveria estar a bordo do Titanic como fogueiro, ele terá bebido demasiado até ficar inconsciente nas vésperas de se apresentar no Titanic. Quando acordou ele apercebeu-se que o seu livro de embarque tinha sido roubado. No dia 6 de Abril de 1912, um homem apresentou-se no Titanic com o Certificado de Embarque com o nome Thomas Hart escrito a dourado. Este homem teria o turno de fogueiro das 20h à Meia-Noite no dia 14 de Abril.
A mãe do verdadeiro Thomas Hart foi notificada pela White Star Line que o seu filho tinha sido uma das vítimas do Titanic. A 8 de Maio de 1912 para espanto da pobre senhora o seu filho aparece em casa bastante bem de saúde. Thomas Hart nunca soube quem terá embarcado e falecido no seu lugar. Também nunca saberemos porque razão Thomas Hart não denunciou o roubo à White Star, visto ainda faltarem 4 dias para a partida do navio. Se o corpo do homem misterioso foi achado será um dos que nunca foi identificado. A 9 de Maio a mãe de Hart comunicou que o seu filho estava vivo e que alguém se tinha apropriado da sua documentação para embarcar no Titanic.
Esta história serviu sobretudo de inspiração ao Titanic de 1996 de dois capítulos feito para tv com Catherine Zeta-Jones. Jaime Perse um ladrão de Southampton tenta escapar da polícia britânica por ter roubado uma carteira, ele refugia-se num bar onde conhece um Merriam Dickie que lutou uma vida inteira por uma passagem para o novo mundo, ao seu lado está um empregado da White Star, uma pessoa nada confíavel que alicia Perse a embarcar com as histórias das jóias e riqueza a bordo no Titanic. Jaime Perse acompanha o bêbado Merriam Dickie pelas ruas até este ficar inconsciente e vê ali a oportunidade de mudar de vida. No dia seguinte Jaime Perse embarca com o falso nome de Merriam Dickie no Titanic.
Quem terá embarcado no Titanic? Com toda a certeza alguém desesperado por uma vida melhor, fosse ele passageiro à procura do Novo Mundo, ou tripulante em agonia por um emprego vítima da terrível greve do carvão.

sábado, julho 08, 2006

A MÚMIA DO TITANIC

A MÚMIA DO TITANIC
Há seis anos atrás, encontrei num livro entitulado «Os O.V.N.I. e os extraterrestres na História» a seguinte transcrição:
O misterioso naufrágio do «Titanic»
(...) Aquando do naufrágio, o Titanic, transportava 2208 passageiros, 40 toneladas de batatas, 1200 garrafas de águas minerais, 7000 sacos de café, 3500 ovos e... uma múmia egípicia.
Esta múmia pertencia a um coleccionador inglês, Lord Canterville, que a fazia transportar de Londres para Nova Iorque, onde estava a ser organizada uma exposição de antiguidades egípcias. Tratava-se da múmia de uma vidente que vivera na época de Amenófis IV e cujo túmulo fora descoberto em Tell el Amarna.
Esta, como a maioria das múmias egípicias, tinha numerosos amuletos. Sob a cabeça, nomeadamente, haviam colocado um amuleto que representava o deus Osíris e a inscrição «Acorda do sono em que estás mergulhado, o teu olhar triunfará de tudo o que tentarem contra ti.»
Por outro lado, o despojo antigo, sem dúvida por causa do seu excepcional valor, não havia sido posto nos porões das bagagens. Cuidadosamente fechada num sólido cofre de madeira, a múmia estava instalada por detrás da ponte de comando..
«Foi esta múmia», escreveu John Newbargton em Egipto Mágico, «que provocou a loucura do capitão Smith. Munida sem dúvida de um sistema de protecção com base em irradiação radioactiva, avariou igualmente todos os instrumentos do Titanic.»
Contudo não há qualquer confirmação da existência desta múmia a bordo, e pessoalmente nunca encontrei nada sobre Lord Canterville até hoje que se relacionasse ao Titanic.

domingo, julho 02, 2006

MEGA ACERVOS
Numa parceria do TITANICFANS com o site SEQUELA, o desafio está lançado. O TITANICFANS e o SEQUELA gostariam de receber os acervos de todos os titanicomaniacos. O objectivo final, para além de um ranking, é a parceria entre todos os fans, de forma a se conhecerem melhor e poderem posteriormente estabelecer trocas de material. Para isso, pediamos a todos que queiram participar o envio em ficheiro Word, de todo o material que possuem sobre o tema "Titanic" dividido da seguinte forma: - todo o "material oficial e original do Titanic" (maquetes, livros, cds, dvds, etc), noutro grupo o restante "material não oficial de mercado" (cópias de cds, fotocópias, recortes de artigos de revistas, documentários gravados da tv) e por fim um terceiro campo generalizado de "outros materiais relacionados" (maquetes artesanais, desenhos, trabalhos escolares, blogs, sites, etc). Todo esse material deverá ser enviado para titanicfans1912@gmail.com juntamente com o primeiro e último nome, idade, a cidade, estado e país a que pertencem, e um contacto de e-mail que deverão enviar com a indicação se desejam ou não que seja tornado público para futuras trocas de material entre parceiros e seus acervos. Caso desejem estabelecer contacto com algum proprietário de algum acervo que não tenha e-mail publicado, devem enviar o pedido para o e-mail dos acervos geral. O TitanicFans/Sequela se encarregarão de comunicar a situação ao propietário confidencial. Todos os acervos sem excepção serão publicados, o conteúdo dos acervos será da responsabilidade dos mesmos. Data limite para envio, Segunda-Feira, 31 de Julho de 2006. Os acervos serão divulgados a partir de Segunda-Feira 14 de Agosto de 2006. Aguardamos por vocês.

sábado, julho 01, 2006

O OUTRO LADO DE TITANIC

Leonardo DiCaprio e Kate Winslet ficaram famosos pelas personagens que desempenharam em Titanic. O romance que viveram a bordo do trágico paquete acabou por ser decisivo para o êxito do filme. Mas nem Leonardo DiCaprio nem Kate Winslet foram as primeiras escolhas da produção que numa fase inicial ofereceu as personagens a Matthew McConaughey e Gwyneth Paltrow. James Cameron também hesitou em colocar a canção My Heart Will Go On de Celine Dion no genérico do filme, sendo sensibilizado a custo pelo compositor James Horner que lá convenceu James Cameron que tinha perferido encomendar a Enya a trilha sonora. Celine Dion acabou por ficar e ganhar um Oscar. Com um orçamento de 200 milhões de dólares, as receitas já ascendem a 1900 milhões de dólares, com 11 Oscares, 14 nomeações, 4 Globos de Ouro e mais de 50 prémios diversificados arrecadados.