segunda-feira, maio 22, 2006

TITANIC
por Jefferson Krüger
Capítulo VIII – Jogos no Porão
No salão de jogos da terceira classe, Helena e Gabriel tentam aprender a jogar bocha. Um jogo muito apreciado pelos imigrantes europeus. Helena pega uma bola e tenta jogar.
HELENA
- Nossa como é pesada essa bola!
Ela tenta jogar a bola pelo pátio, mas acaba se desequilibrando. Gabriel a segura em seus braços.
GABRIEL
- Vá com calma senhorita Helena. Vejamos o que posso fazer.
Ele pega a bola.
HELENA
- A tá, até agora a pouco não sabia nem pegar na bola direito e acha que vai fazer uma bela jogada. Vamos lá bonitão quero ver se acerta a bola.
Ao mesmo tempo no corredor da terceira classe, Seal volta para sua cabine e avista uma porta entreaberta. No quarto está a cantar uma bela voz. Ele curioso dá suas espiadas.
SEAL (ao avistar algo interessante)
- Hum!
Ele avista uma moça se trocando, ela coloca sua meia calça e se prepara para sair. Ele se esconde no corredor transversal e espera. Ela apaga a luz e sai. (mostra-se apenas as pernas dela) Ele vai atrás dela.
Ela desce para o porão do navio, e percebe que está sendo seguida. Então decide ir mais afundo, ela vai direto para a sala de cargas, próximo a sala das caldeiras. Seal continua a seguir. Ela decide se virar. (agora é mostrado o rosto da mulher)
SARAH (nada surpresa)
- Quem eu vejo a me seguir! Eu já o esperava.
SEAL (surpreso)
- Olhe só, não me surpreendeu quando a vi vestir uma meia calça e uma langerie de luxo.
(pegando na perna de Sarah)
- Dê onde são estas? (se referindo as langeries)
SARAH (se insinuando)
- Venha cá pode ser que eu te conte!
(* a langerie usada por Sarah Khalil era produzida por Lady Lucille Duff Gordon)
Ele a beija loucamente. E a encosta na porta que leva as caldeiras. Ela começa a se entregar aos desejos do malvado senhor. A porta se abre e eles quase caem.
SARAH
- Espere, eu ao menos sei quem você é...
SEAL (calando-a com um beijo)
- Deixemos as formalidades, isso não interessa no momento, não acha bem?
Ela delira nos braços de Seal, que a encosta sobre o alambrado. Ela queima sua coxa na grade quente, mas a luxúria era tanta que ela não sentiu nada.
SARAH
- Você é um velho muit...
SEAL
- Perverso... Eu sei. (beijando-a novamente)
Mas o que estava ocorrendo lá embaixo, ela parecia ser uma moça de respeito, acuada e fugida de seu padrasto. Na verdade a senhorita Khalil era uma prostituta fugida de Israel, sua terra natal, perseguida por um gigolô que alegava ela ser propriedade dele. Mal sabia ela que ali no navio, seria vítima de coisas muito piores do que alegação de propriedade.
IMAGEM
Mas voltando aos jovens amantes. Esses estão a jogar um jogo mais inocente...
Gabriel então se prepara para jogar a bola. Ele escorrega na areia e cai de bunda no chão.
HELENA (rindo)
- Pois é posso ver que você conseguiu jogar a bola... hahaha... No seu pé.
GABRIEL (sorrindo e envergonhado)
- Você vai ver senhorita Helena vou te pegar, você terá que rir mais do que isso.
Ele então corre atrás de Helena, a pega pela cintura e começa a fazer cócegas nela. Os dois se divertem muito juntos. Nem parecem mais aqueles garotos solitários de antes, agora eles tem um ao outro como companhia. Eles nem percebem, mas o tempo correra rápido, já estamos na parte da tarde. Arthur aparece no portão da terceira classe.
ARTHUR (sorrindo)
- Posso ver que já encontrou companhia.
(para Helena)
- Qual sua graça?
HELENA
- Helena Watts.
ARTHUR
- Encantado. Meu nome é Arthur, sou irmão desse garotão aí. (sorrindo ainda)
GABRIEL (para Helena)
- Gostaria de vir comigo hoje à noite ao jantar de aniversário da senhorita Slavier?
- Soube que teremos até uma cantora.
HELENA
- Claro, estarei lá.
ARTHUR
- Como soube desse aniversário?
- Eu estava te procurando justamente para lhe comunicar esse evento de hoje.
GABRIEL
- Não se fala em outra coisa nesse navio. As senhoras passam comentando a festa de hoje à noite.
ARTHUR
- E perdão como você disse que era o sobrenome da senhorita?
GABRIEL
- Slavier, Bárbara Slavier.
ARTHUR (sorrindo)
- Baby...
No convés superior, o comissário de bordo bate à porta da Condessa de Rothes. Quem atente é Roberta. Ele pisca pra ela.
COMISSARIO
- Condessa trouxe alguns bombons para a senhora, é um presente do navio.
Ela recebe e agradece. Ele sai.
CONDESSA DE ROTHES
- Roberta pegue meu casaco, vou tomar chá com minhas amigas. Aproveito e levo esses bombons pra comermos lá.
ROBERTA
- Tudo bem senhora.
Roberta pega o casaco e a Condessa sai. Logo depois, o comissário entra na cabine e tranca a porta.
ROBERTA (sorrindo)
- Meu Deus!
Ele a pega pela cintura e a abraça com fervor. Então ele a deita em cima da mesa da sala de estar. Os dois trocam beijos e abraços.COMISSARIO (gritando)
- Eu amo você.
Inacreditável. Ele trouxe os doces apenas para que a Condessa se fosse e ele pudesse ficar a sós com a criada, e viver um romance açucarado com ela.

3 comentários:

Anónimo disse...

OI MEU BOM AMIGO MÁRIO...
REALMENTE O LOVEJOY TEVE UM FIM BEM TRÁGICO...
ELE MERECEU...
PARABÉNS PELO POST DA BRILHANTE!!!
AS HISTÓRIAS QUE SE DESENVOLVEM A BORDO DO NAVIO SÃO FASCINANTES...
BEIJINHOS
BOM FIM DE SEMANA!

Anónimo disse...

Parabéns Jefferson pela história.
Parabéns Mário pelo Blog.

Unknown disse...

ola!!!!!!!!
ADOREI SEU SITE,E FIQUEI BOBA COM TANTA COISA QUE VC POSSUI DO TITANIC.EU TAMBEM SOU MUITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOFA DO TITANIC,TENHO MUITAS COISAS
nao posso ver nada do titanic q eu quero.mas nem tudo eu consigo.que pena.bom,mas adorei mesmo.beijos